06 Dezembro 2017
Com lançamento no próximo dia 9 de dezembro, filme atesta que a fome não é resultado de uma fatalidade e que pode ser revertida com projetos de incentivo ao pequeno agricultor.
A reportagem é de Marcelo Menna Barreto, publicada por ExtraClasse, 05-12-2017.
Cena do documentário Histórias da fome no Brasil, dirigido por Camilo Tavares. Foto: Reprodução/Divulgação
Com roteiro e direção de Camilo Tavares, estreia no próximo dia 9 de dezembro, no tradicional cinema Odeon, no Rio de Janeiro, Histórias da Fome no Brasil. Idealizado por Daniel de Souza, presidente da Ação da Cidadania e filho de Herbert José de Souza, o Betinho, o documentário mostra uma cronologia da fome no país – do Brasil Colônia até as políticas públicas recentes que culminaram na saída do Brasil do Mapa da Fome divulgado pela ONU, assim como o seu enfrentamento por parte da sociedade.
O lançamento no Cinema Odeon, também conhecido como Centro Cultural Luiz Severiano Ribeiro e Odeon Petrobras, na Cinelândia, centro da capital fluminense, é, na opinião de Daniel de Souza, ao mesmo tempo, um alerta e um protesto: “com o risco de o país voltar ao Mapa da Fome da ONU”, desabafa.
O documentário será apresentado em todo o Brasil dentro da campanha Natal Sem Fome. A ONG Ação da Cidadania já está preparando a exibição no Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Roraima, Bahia, São Paulo, Maranhão e Distrito Federal. As sessões serão gratuitas e arrecadarão alimentos não perecíveis para o Natal sem Fome deste ano que, após dez anos voltou a ser realizado (confira a matéria Fome volta rondar o Brasil). A ideia, segundo Souza, é que as apresentações se iniciem, dentro do possível, em 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.
“A importância da superação da fome pode ser dimensionada quando consideramos que este flagelo, que perdurou durante séculos em nosso país, era considerado até recentemente como uma fatalidade e não se vislumbrava que seria revertido”, afirma o presidente da Ação da Cidadania. Segundo ele, o filme ainda aponta o pensamento daqueles que “nadaram contra a corrente”, como Josué de Castro, Dom Helder, Betinho e tantos outros, que acreditaram que a fome era um mal reversível, ocasionada pelos próprios homens e suas políticas.
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A fome no Brasil em documentário - Instituto Humanitas Unisinos - IHU