26 Setembro 2017
"O alarme tocou para todos". Esse foi o primeiro comentário do bispo luterano Heinrich Bedford-Strohm, presidente da Igreja Evangélica na Alemanha (EKD), poucas horas depois da contagem dos votos das eleições gerais que viram pela primeira vez, desde a Segunda Guerra Mundial, a entrada de um partido de extrema-direita e xenófobo no Bundestag: a "Alternative für Deutschland" (AfD). É um sinal de alarme “para todos aqueles que, em uma Alemanha aberta ao mundo, se preocupam com a vida coletiva pacífica e solidária do país”, prosseguiu Bedford-Strohm. Preocupado com a linguagem que marcou a campanha eleitoral, "ao som de gritos e insultos, fruto - declarou o bispo - de uma cultura política falha", Bedford-Strohm, no entanto, saudou a elevada afluência às urnas.
A informação é publicada por NEV, 25-09-2017. A tradução é de Luisa Rabolini.
"Todos são agora chamados a ajudar, para que vozes que excluem e que estão cheias de ódio, não envenenem a vida do país. Agora é esperar para ver se um partido animoso como o AfD será capaz de se inserir de forma construtiva nos processos de trabalho parlamentares em nível federal, e se será capaz de se distanciar das posições radicais das suas correntes da extrema direita", conclui o bispo.
A AfD conseguiu ontem 12,6% dos votos e, com 94 deputados no Parlamento, torna-se a terceira força política no país.
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Eleições na Alemanha. "É um sinal de alarme", avalia presidente das igrejas protestantes - Instituto Humanitas Unisinos - IHU