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"A autossuficiência é o ídolo do nosso tempo". Entrevista com Arturo Sosa, superior geral da Companhia de Jesus

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21 Março 2017

Em 14 de outubro último, Padre Arturo Sosa Abascal, venezuelano, foi eleito Superior Geral da Companhia de Jesus. Trigésimo sucessor de Santo Inácio de Loyola, o primeiro não-europeu, ele tem 68 anos, é formado em teologia e filosofia e fez doutorado em ciências políticas: em seu país, foi professor universitário, reitor da Universidade Católica de Táchira e diretor do Gumilla, o centro de pesquisa e ação social da Companhia de Jesus. Depois de dirigir (1998-2004) os jesuítas venezuelanos na qualidade de superior provincial, foi nomeado consultor-geral pelo padre geral, e, em 2014, delegado para as Casas e as Obras interprovinciais da Companhia, em Roma.

Tivemos um encontro com ele para perguntar sobre sua nova missão e sobre o presente momento histórico.

A entrevista é de Cristina Uguccioni, publicada por Vatican Insider, 19-03-2017. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis a entrevista.

Que sentimentos têm acompanhado estes primeiros meses de trabalho no comando dos jesuítas?

"Primeiro, o desejo de conhecer em profundidade a Companhia como um todo e o serviço que ela oferece ao mundo e à Igreja: o conhecimento capilar que estou adquirindo é essencial para realizar a tarefa que me foi confiada. Além disso, eu sinto dentro de mim a responsabilidade de implementar o resultado do discernimento amadurecido durante a congregação geral. Ele nos orienta em uma direção precisa que eu citei em minha primeira homilia, após a eleição: oferecer a nossa contribuição para algo que parece impossível hoje: uma humanidade reconciliada na justiça, que conviva pacificamente em uma casa comum bem cuidada, onde haja espaço para todos".

Papa Francisco, que falou na reunião de sua 36ª Congregação Geral, disse: “A Igreja está contando com vocês, e continua a se dirigir para vocês com confiança, especialmente para alcançar aqueles lugares, tanto físicos como espirituais, aonde outros não chegam ou têm dificuldade em chegar”. Quais são os lugares para os quais o senhor entende estar destinado?

"Os locais físicos são aqueles geograficamente distantes e de difícil acesso, onde a Igreja ainda não está presente, ou está presente com pequenas comunidades que necessitam de apoio. Depois, há aqueles que o Papa Francisco chama de "periferias", e estas estão em todo o mundo: são os lugares onde se concentram desconforto, pobreza, abandono, marginalização, aviltamento do ser humano. Há, finalmente, os locais de conhecimento em que se elabora o pensamento que orienta e molda as sociedades, e que nós podemos ajudar a iluminar com o anúncio do Evangelho".

Em sua homilia, após a eleição, o senhor afirmou que é necessária "uma extraordinária profundidade intelectual para pensar criativamente sobre as maneiras pelas quais o nosso serviço pode ser mais eficaz à missão de Jesus Cristo". Por que quis destacar o caráter essencial da profundidade intelectual?

"Porque essa é a contribuição que a Companhia não pode negar à Igreja e ao mundo. Desde as origens, os jesuítas cultivaram, junto com a profundidade espiritual, a propriedade intelectual. Nós jesuítas nos dedicamos ao estudo em muitos campos do saber, não para conseguir títulos de prestígio, mas porque estamos convictos de que somos chamados a oferecer bons pensamentos, aptos a apoiar a missão da Igreja com inteligência, pensamentos que permitem incidir na cultura e compreender melhor o tempo em que vivem os homens e as mulheres destinatários do anúncio do Senhor".

Que peculiaridade deve ter o discernimento para ter valor real?

"O discernimento é um processo belo e complexo que envolve totalmente a vida da pessoa, e não deve ser confundido com o simples pensar e remoer para si mesmo antes de tomar decisões. O ponto crucial do discernimento - pedra angular não somente da espiritualidade inaciana, mas de toda a vida da Igreja - é ouvir o Espírito Santo. Para poder ouvi-lo, existem algumas condições que resumo brevemente: em primeiro lugar, temos de acreditar que Deus se comunica conosco, e que se comunica através do Espírito: essa fé permite assumir a postura necessária para a escuta. A segunda condição é a de saber como entender a linguagem do Espírito: esta surge de oração, vivida não como um momento ocasional, mas como uma dimensão permanente da existência. Jesus nos Evangelhos é um homem que reza, que escuta o Pai e toma as decisões na intimidade dessa relação".

E a terceira condição?

"É aprender a ouvir dentro de si os movimentos do Espírito. Para que isso aconteça é necessária uma liberdade interior, ou seja, o não-apego às próprias ideias ou àquelas do grupo a que pertencemos. E, depois, é necessário entender quais são os sinais: o Concílio Vaticano II falou dos "sinais dos tempos", isto é, os sinais da passagem de Deus na história de cada indivíduo e da humanidade. Essa leitura não é fácil, exige muita atenção ao que está acontecendo dentro de si mesmo e na comunidade: Papa Francisco muitas vezes fala sobre o discernimento comum, porque não afeta só o indivíduo, mas também a Igreja, como corpo de Cristo".

Neste processo, que espaço ocupa a familiaridade com os Evangelhos, à qual reiteradas vezes nos convida o Papa Francisco?

"Ela ocupa o lugar central: a recomendação de Santo Inácio é contemplar na oração as cenas dos Evangelhos, a pessoa de Jesus e assimilar Seus sentimentos e Seu estilo".

Há alguma passagem nos Evangelhos que lhe é particularmente cara?

"Para a minha vida, os Evangelhos continuarão a ser uma fonte permanente de inspiração. A minha preferência recai sobre todo o Evangelho de João, de que gosto muito: é uma fonte inesgotável, à qual frequentemente recorro".

Em sua primeira homilia, após a eleição, o senhor também afirmou que "a Companhia de Jesus poderá desenvolver-se somente em colaboração com outros, ao se tornar a mínima Companhia colaboradora". E também afirmou que o objetivo é "aumentar a colaboração, não apenas procurar outras pessoas que colaborem conosco, com as nossas obras, pois não queremos perder o prestígio da posição de quem tem a última palavra". Por que ressaltou esse ponto?

"Quando falamos de "nossa missão", nós jesuítas podemos correr o risco de esquecer que ela não é só nossa, mas de toda a Igreja. Anunciar o Evangelho a todas as nações é realmente uma responsabilidade confiada pelo Senhor àqueles que o seguem. Assim, a cooperação é crucial: nós a praticamos já em muitos países do mundo; no meu discurso eu quis ressaltar a sua importância. A expressão "mínima Companhia", criada por Santo Inácio, faz alusão a reconhecer-se como pequena porção da Igreja que está envolvida na anunciação. E na obra de tornar o mundo mais humano e justo".

Qual o ídolo que o senhor considera mais perigoso no Ocidente contemporâneo?

"A autossuficiência, a ideia de saber e ter que fazer por si só, seja como indivíduos, seja como sociedade. O Ocidente tem a certeza de que poderá alcançar a felicidade por si só, a plenitude da essência humana, prescindindo dos outros. Por esta razão, ergue muros em vez de pontes, e tenta se isolar, retirar-se em si mesmo. Essa atitude é um grande perigo. A persuasão de ser capaz de construir o humano de forma completamente autônoma, sem a necessidade de aprender e receber dos outros, leva a desrespeitar povos e culturas diferentes, bem como a desrespeitar a criação, que é a casa comum. A autossuficiência fecha a possibilidade do diálogo intercultural e interreligioso e bloqueia o caminho também ao futuro. É um ídolo que isola e termina por paralisar".

Esse ídolo está seduzindo também o resto do mundo?

"A globalização em curso nos leva a pensar isso, porque se caracteriza por globalizar um único modo de vida ditado pelos países ricos ocidentais, uma homogeneização que apaga as diferenças e impõe um único pensamento. O destino desse fenômeno é o empobrecimento do ser humano. Mas esse processo não é irreversível, também pode tomar outra direção: nós podemos avançar no sentido de uma globalização que se baseie na diversidade como riqueza e como característica peculiar da humanidade e da criação, uma diversidade a ser preservada, cultivada e que devemos alcançar para construir um futuro melhor e mais justo para todos".

O que é a doença mais grave do continente europeu e da qual se tem menos consciência?

"A doença mais perigosa, também por ser a menos reconhecida, é justamente a autossuficiência. Ela provoca paradoxos que sequer percebemos. Basta pensar à questão dos imigrantes. Todos os países europeus sabem, teoricamente, que para manter seu estilo de vida, os seus níveis de produção, precisam de pessoas jovens em condições de realizar o trabalho exigido pelo mercado; no entanto, embora cientes dessa necessidade, fecham as portas aos imigrantes que, com o seu trabalho, contribuem para melhorar a vida não só de suas famílias, mas de toda a sociedade europeia. Esse paradoxo que permeia toda a Europa, muitas vezes se esconde sob a máscara do nacionalismo ou do medo do que é diferente".

O Ano da misericórdia e o magistério do Papa Francisco desenharam os traços e indicaram a urgência de uma cultura da compaixão. Quais são os primeiros tijolos para construí-la?

"O primeiro, essencial, é reconhecer a fraqueza humana - a pessoal, a coletiva e também a da Igreja – e a necessidade de perdão. O segundo tijolo, igualmente fundamental, é começar a ser misericordioso. Jesus disse: "Se trouxeres a tua oferta ao altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão e, depois, vem e apresenta a tua oferta". (Mt 5,23-24). Quando pedimos ao Senhor para sermos perdoados, devemos estar dispostos a mostrar misericórdia para com os nossos irmãos".

Pensando em sua vida, quem gostaria de agradecer?

"Penso, em especial, a dois grupos de pessoas, de quem recebi muito: o primeiro é a minha grande família (tenho cinco irmãos), na qual, por exemplo, aprendi a ser sensível com os outros e com os seus problemas e a agradecer pelo que recebia a cada dia, incluindo as pequenas coisas. Depois tem a Companhia de Jesus, pela qual tenho profunda gratidão. Entrei no Colégio Jesuíta de Caracas com 5 anos e sai com 18; depois, pelos 50 anos seguintes, vivi com os jesuítas. É a minha família, e à Companhia devo tudo o que sou hoje".

As gerações mais jovens vivem em um contexto cultural que enaltece o “por si só”, sem laços ou dívidas com ninguém, um contexto que torna a autossuficiência um ídolo, como o senhor acabou de dizer. Qual é o primeiro passo para reviver a gratidão?

"Temos que dar o exemplo, antes de tudo na família, porque é ali que você começa a aprender a dar graças: um adulto que tem a memória do que recebeu dos outros e de Deus (começando com a própria vida), que mostra que não é e não se sente autossuficiente, que reconhece receber não por seu próprio mérito, mas pela generosidade dos outros e de Deus, oferece às crianças um exemplo insubstituível. Acostuma-as a considerar a gratidão uma dimensão constitutiva da existência".

Quais são as formas mais invisíveis da pobreza espiritual?

“Existem muitas. Acredito que o sinal distintivo que as une é, novamente, a autossuficiência, o ter fé apenas em si mesmo, a ausência de confiança nos outros e em Deus. O egoísmo, o presunçoso fechamento sobre si mesmo, a desconsideração pelos outros e por Deus são, em minha opinião, as características peculiares da maior pobreza espiritual”.

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