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Scorsese. Uma filmografia atravessada pelo pecado e pela redenção

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10 Março 2017

"Entusiastas dos mistérios dolorosos, mas do que dos mistérios gozosos, os personagens de Scorsese são assombrados por um sentimento de culpa, que transforma o ato da penitencia num simples sofrimento imposto a si mesmo"

O comentário é de Thimothée Gérardin, jornalista e crítico de cinema, em artigo publicado por La Vie, 02-02-2017. A tradução é de Juan Luis Hermida.

Eis o artigo.

Para o cineasta, que queria ser padre na sua juventude, a religião é uma matriz. Muitos dos seus personagens sofrem e buscam a salvação, como padrão para achar a graça.

E é o mesmo cineasta que em 1988 provocou a ira da Igreja Católica e que em 2016 é recebido com bondade no Vaticano, diante de uma plateia de jesuítas cada um mais entusiasta do que o outro? Desde A última tentação de Cristo a Silêncio, a percepção do Martin Socrsese entre os católicos mudou drasticamente. A questão e saber se foi ele, o a Igreja que tem evoluído. Na verdade, se a saída de Silêncio marca o fim de um grande mal-entendido com o mundo católico, ele é revelador das contradições do cineasta, esse provocador do O lobo do Wall Street, que três anos mais tarde, se faz manso como um cordeiro na sala Paulo VI, na sombra da basílica de São Pedro de Roma. Um aparente paradoxo que convida a redescobrir, ao lado de filmes infernais, como Cassino ou Os infiltrados, uma obra atravessado pelo pecado e pela redenção.

Antes que nada, é culturalmente que a religião ocupa um lugar especial nos filmes do realizador ítalo-americano. A juventude é retratada em Mean Streets (Caminhos Perigosos), o filme que o fez conhecido em 1973, descreve o meio de onde vem o cineasta, o bairro Little Italy, em Nova Iorque, onde o prestigio da máfia compete com o da Igreja. Os dois personagens principais, Charlie e Johnny Boy, já fazem um resumem do universo scoseriano: de um lado o jovem idealista dividido entre a sua ambição e seus impulsos de caridade inspirado em São Francisco de Assis; do outro um jovem revoltado que não deixa de se arrepender constantemente para se meter numa nova encrenca, um pouco como o personagem do traidor Kichijiro em Silêncio. Mais vemos principalmente em Mean Streets  a origem do imaginário católico, às vezes sulpiciano, que alimenta toda a filmografia do Scorsese, seja para apresentar o Jack La Motta com os braços em cruz no ringue em Raging Bulls (Touro indomável), ou o Howard Hughes aureolado pelo farol de um cinema em Aviator (Aviador).

Entusiastas dos mistérios dolorosos, mas do que dos mistérios gozosos, os personagens de Scorsese são assombrados por um sentimento de culpa, que transforma o ato da penitencia num simples sofrimento imposto a si mesmo. Num curta-metragem de 1967 de nome The Big Shave, o cineasta coloca em cena um jovem fazendo a barba até sangrar em frente ao seu espelho. Podemos considerar este vídeo tão curto como o gênesis de uma obra violenta, inscrevendo no mesmo gesto a busca da pureza e da autodestruição sangrenta. É muito provavelmente aqui que Scorsese se desvia da sua inspiração cristã para oferecer uma visão mais pessimista da condição humana. “Muitas sextas-feiras santas e não o suficiente de Domingos de Páscoa”, é o comentário que cabe fazer ao principio de pai do ex-coroinha que se tornou diretor, relata Richard Schickel na Conversações com o Martin Scorsese (Sonatine edições, 2011). O catolicismo do Scorsese tem um efeito é de fato difícil de passar o limiar da Ressurreição: desviando do sofrimento, procuramos em vão o apoio da fé ou a radiação da graça.

Existem, no entanto, alguma luz nos seus filmes seja desta forma de filmar o homem na sua humildade de pecador. É isso o projeto do filme Touro Indomável, uma biografia do pugilista Jake LaMotta que o Scorsese fez saindo de um período sombrio da sua vida marcado pelo excesso de drogas. “Uma coisa eu se: eu estava cego, e agora vejo”: São João não foi citado em vão no inicio do filme, construído tudo como uma confissão. No camarim de um teatro, um Jake LaMotta envelhecido recita seu texto frente ao espelho. A história da sua vida, que não foi cruel somente no ringue, e que deriva numa reflexão injusta e que retorna ao espelho. Todo o catolicismo do Scorsese está contido nesta forma de utilizar as imagens e a definição da cena como uma ocasião para os personagens mostrar as suas feridas, seu sofrimento e ao mesmo tempo a sua busca por salvação.

Em soma, o catolicismo hesitante do Scorsese apresenta às vezes a condição do pecador como um caminho que conduz a Cristo, e às vezes como uma maldição. Esta hesitação tem influenciado profundamente o seu cinema como para dar às suas imagens uma ambivalência semelhante. Em efeito, se a representação pode dar a dor uma força dialética, como pode ser vista em Touro Indomável, ele também pode exibir e levar o homem a ruína. É o papel das memórias que assombram o personagem principal de À tombeau ouvert (Vivendo no limite), é a função do ajuste da cena em Silêncio: para fazer os cristãos virarem apóstatas, o inquisidor japonês lhes ordena de pisar sobre um ícone. E o Rodrigues não sofre nenhuma outra punição do que o espetáculo da tortura dos outros. Esta dimensão espetacular intencionalmente introduzida pelos carrascos é bem feita no filme que faz do Rodrigues o espectador passivo de tudo o que acontece, como uma cena ou tela. Em Scorsese há imagens amaldiçoadas como há imagens santas.

O mal-entendido em volta da Ultima Tentação de Cristo não escapa a esta ambiguidade de imagens

O filme descreve as últimas dúvidas do Cristo na cruz e a vida que um anjo lhe faz ver se ele se recusar ao tormento. Ele viu o sonho, que dura anos, até perceber que é a tentação final: o encontramos então sobre a cruz, pronto para o seu sacrifício. No papel, tudo está na ordem, mais na tela a questão é outra, e o fato de que o público tenha retido do filme só a sua dimensão carnal, fala muito sobre a maneira como Scorsese falha na abordagem frontal da questão da salvação, que, no entanto parece ser a sua obsessão. Que Jesus foi tentado pelo demônio, nenhum catecismo vai contestar. Mas o excesso de imagens dá a tentação um efeito de realidade, de encarnação, que falha no resto do filme.

Silêncio vale tanto para representar o impulso da graça, mas vertendo para o extremo oposto: é a historia de um personagem que se priva pouco a pouco de tudo o que o liga as imagens e que termina por rejeitar os símbolos da sua fé. O projeto de Silêncio remonta a década de 1990, e pode ser visto como uma resposta a seu filme de 1988: adaptações do romance que abordam na altura do homem o tema do martírio. E se o filme de 2017 utiliza menos artifícios, Scorsese não pode resistir à tentação da pirueta final – uma dose de liberdade com relação ao romance -, que deixa entender que a fé real, nesta historia, é aquela que fica em segredo, uma que não pode se manifestar. Que é uma interpretação otimista do romance e uma admissão de fracasso do cineasta. Como na Ultima Tentação, o núcleo do filme é o que não soube demonstrar.

A polemica da Ultima Tentação de Cristo

O filme A Ultima Tentação de Cristo saiu em 1988 precedido por uma reputação sulfurosa. E por boas razoes: é uma adaptação do romance de Nikos Kazantzákis, que tinha o nome no índex na sua saída no mercado em 1954. A historia da tentação é considerada como blasfemo, mas, mais do que isso, é o retrato de um Jesus dividido entre a sua natureza humana e a sua natureza divina que lembra ao Vaticano da heresia nestorianista. Para a adaptação ao cinema, a Igreja da França ficou preocupada principalmente com a representação na tela da tentação carnal. Num comunicado publicado alguns dias antes da chegada do filme, os cardeais Lustiger e Decourtray protestaram contra um filme que, “pelo poder realista da imagem”, tem o risco de atentar contra a fé dos cristãos. Algumas semanas mais tarde, os militantes fundamentalistas da Agrif provocaram um incêndio no Cinema Saint-Michel, o primeiro de uma série de três atentados que deixaram vários feridos.

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