26 Setembro 2016
Em sua primeira disputa eleitoral, a Rede Sustentabilidade, legenda criada há um ano pela ex-ministra Marina Silva, não conseguiu se apresentar para o eleitor como uma terceira via diante da polarização entre petistas e aliados do presidente Michel Temer, incluindo o PSDB. Apesar do bom desempenho de Marina nas últimas duas eleições presidenciais, seu partido apresenta até agora uma performance pouco significativa em quase todas as capitais onde disputa a prefeitura como cabeça de chapa.
A reportagem é de Pedro Venceslau, Guilherme Duarte e Valmar Hupsel Filho, publicada por O Estado de S. Paulo, 25-09-2016.
Segundo levantamento do Estadão Dados com pesquisas registradas no TSE, apenas um nome da sigla aparece com chance de vitória. Trata-se do atual prefeito de Macapá, Clecio Luís, que em março deixou o PSOL e migrou para a Rede.
Na mais recente pesquisa Ibope, divulgada no dia 15, ele apareceu na liderança com 27% das intenções de voto. Nas demais nove capitais, a Rede oscila entre traço e 4% nos levantamentos. Os casos mais dramáticos são os de São Paulo e Rio, onde o partido esperava estar entre as candidaturas competitivas.
Apesar da presença constante de Marina no (brevíssimo) horário eleitoral do partido, Ricardo Young, candidato a prefeito de São Paulo, registrou menos de 1% na última pesquisa Datafolha. Em 2010, quando estava no PV, ele ficou em 4.º lugar na disputa por uma vaga no Senado com 4.117.634 votos (11,2% dos válidos). Já o deputado federal Alessandro Molon, que deixou o PT em setembro de 2015, após 18 anos de filiação, está em uma situação um pouco melhor, com 2% na capital fluminense.
Tour. Pré-candidata à Presidência em 2018, Marina já visitou 42 cidades de 18 Estados durante a campanha para tentar alavancar os candidatos da Rede. Em sua primeira experiência eleitoral, o partido lançou 154 candidatos a prefeito e está presente em 820 cidades.
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Rede de Marina patina na estreia eleitoral - Instituto Humanitas Unisinos - IHU