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Páscoa - Ano C - A fé no Ressuscitado inspira compaixão e cuidado com a vida

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    MPVM - 4º domingo de Páscoa – Ano C – A missão de cuidar da vida e cuidar da humanidade

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Por: MpvM | 17 Abril 2019

"A ressurreição de Jesus não foi uma experiência de retorno à vida como ela é. Mais do que isso, foi uma experiência que fez vislumbrar um outro modo de ser: a vida nova que dá seus sinais agora, mas que se realizará plenamente na instauração definitiva do Reino de Deus.(...).

"O grande desafio do cristão, da cristã é, portanto, escutar esse anúncio e assumir em si a ressurreição de Jesus com todas as consequências e compromissos que ela acarreta! Estar atento, atenta, à discreta caridade de Espírito do ressuscitado que entre nós, em nós e no mundo, vai conduzindo a criação toda para a sua realização definitiva: o Reino de Deus."

A reflexão é de Ceci M. C. Baptista Mariani, leiga. Ela é doutora em Ciências da Religião pela Pontifícia Universidade Católica de são Paulo - PUC-SP e mestra em Teologia Dogmática pela Pontifícia Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção. É professora no Programa de Pós-graduação em Ciências da Religião e na Faculdade de Teologia da PUC-Campinas. Membro da Sociedade de Teologia e Ciências da Religião - SOTER, conselheira do Regional São Paulo e coordenadora do Grupo de Trabalho “Espiritualidade e Mística”.

Leituras de referência
1ª Leitura - At 10,34a.37-43
Salmo - Sl 117,1-2.16ab-17.22-23 (R.24)
2ª Leitura - Cl 3,1-4
Evangelho - Jo 20,1-9 (Mateus 28:1-6; Marcos 16: 1-7; Lucas 24: 1-12)

O grande desafio do cristão, da cristã, é assumir em si a ressurreição de Jesus com todas as consequências e compromissos que ela acarreta!

A ressurreição de Jesus foi um acontecimento surpreendente. Os discípulos de Jesus, como quase todos os judeus de sua época, esperavam para o fim dos tempos a “ressurreição dos justos”. Mas a ressurreição antecipada de uma pessoa, antes de chegar o fim dos tempos, não estava na expectativa dos discípulos. Nada na tradição religiosa deles os tinha preparado para essa novidade.

A ressurreição de Jesus não foi uma experiência de retorno à vida como ela é. Mais do que isso, foi uma experiência que fez vislumbrar um outro modo de ser: a vida nova que dá seus sinais agora, mas que se realizará plenamente na instauração definitiva do Reino de Deus. A ressurreição é um acontecimento escatológico, “ou seja, como irrupção dos últimos tempos nos quais Deus vem julgar o mundo, instaurar seu Reino, manifestar sua glória – sinal de sua vinda iminente, sinal carregado de um apelo de Deus à ‘conversão’ para se preparar para sua vinda, seu julgamento, seu Reino”. (MOINGT, 2010, p.321)

Paulo testemunhou isso de maneira exemplar. A compreensão de si como um homem novo, renovado pelo encontro com o ressuscitado, denota a percepção que a ressurreição de Jesus foi revelação do mistério de Deus para a renovação da vida. O encontro com o ressuscitado fez dele um “homem novo”. Aos colossenses, orienta: “Se ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas do alto (...). Pois morrestes, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus. Quando Cristo, vossa vida, se manifestar, então vós também sereis manifestados com ele, cheios de glória.” (Cl 3,1a.3-4)

Conforme testemunham os evangelhos, a ressurreição de Jesus não é um evento pontual, o retorno de uma pessoa à vida, mas um acontecimento que operou uma passagem, abriu as portas dessa vida para a vida definitiva proposta a toda a criação por Deus. Um jeito novo de Jesus estar entre os seus, implicou o desvelamento de quem ele é e da verdade sobre sua missão no mundo. E também, como consequência dessa revelação, a possibilidade de uma vida nova para os seus seguidores. A ressurreição é algo que aconteceu a Jesus, mas que não se limitou a ele. Foi um evento dado à experiência dos discípulos e oferecido ao mundo para a salvação de toda a criação.

O relato do sepulcro vazio de João vai indicar o processo pelo qual passam os discípulos até se darem conta da ressurreição de Jesus. Maria Madalena vai ao túmulo, entende que roubaram o corpo do Senhor. Corre até os discípulos, está perplexa! Os primeiros sinais da ressurreição de Jesus são os panos de linho que recobriam o corpo de Jesus por terra e o sudário enrolado num lugar a parte. Discretos sinais de uma realidade absolutamente nova que deveria se descortinar para os discípulos na medida que fosse concedido a eles reler a escritura iluminados pela luz do Espírito. (Jo 20, 9-10)

O mistério da páscoa é maior que nossa capacidade de compreensão. Nem as nossas categorias, nem nossa imaginação pode abarcá-lo. Somente nos deixando animar pelo Espírito do Deus Vivo, poderemos captar o sentido profundo da ressurreição de Jesus.

Em narrativas paralelas à de João sobre o túmulo vazio nos sinóticos, uma mensagem importante é recebida pelas mulheres que foram ungir o corpo de Jesus: não se deve procurar a Jesus entre os mortos, ele ressuscitou, deve ser encontrado entre os vivos. “Ide contar aos discípulos que ele ressuscitou dos mortos, e que ele vos precede na Galileia. Ali os vereis” – diz o anjo à Maria Madalena e à outra Maria que foram ver o sepulcro no primeiro dia da semana. (Mt 28,1-7)

Para encontrar o ressuscitado é preciso voltar à Galileia e seguir os seus passos, interpreta o teólogo Antonio Pagola: “viver curando os que sofrem, acolhendo os excluídos, perdoando os pecadores, defendendo as mulheres e abençoando as crianças; é preciso fazer refeições abertas a todos e entrar nas casas anunciando a paz; é preciso contar parábolas sobre a bondade de Deus e denunciar toda religião que vá contra a felicidade das pessoas; é preciso continuar anunciando que o reino está próximo. (PAGOLA, 2010, 513-514). A ressurreição se experimenta na prática.

Diante do ressuscitado, os seguidores de Jesus vão fazer a releitura de sua vida. A recordação de sua prática e de suas palavras lhes transmite alegria, paz e um grande ânimo que os impulsiona ao anúncio do evangelho a todos os povos. Compreendem que a sua missão é anunciar a boa nova da vitória da vida sobre a morte, que não se realiza a partir de uma intervenção divina estrondosa, mas a partir da fé no poder transformador do amor e do perdão atestado por Jesus.

Jesus não se manifestou - conforme o discurso de Pedro em Cesárea, proferido aos amigos do centurião Cornélio - a todo o povo, mas a algumas testemunhas designadas de antemão por Deus (AT 10, 41). Isso indica, afirma o teólogo Joseph Moingt (2010, p. 320), “que Jesus ressuscitado não busca uma revanche póstuma, nem retoma uma carreira pública, mas simplesmente se faz reconhecer por alguns daqueles que poderiam identificá-lo porque já haviam crido obscuramente nele, crido que ele tinha ‘as palavras de vida eterna’ (Jo 6,68).” É a essa gente simples que acolheu o chamado de segui-lo, que comeu e bebeu com ele, que Deus confiou a anúncio da salvação.

O grande desafio do cristão, da cristã é, portanto, escutar esse anúncio e assumir em si a ressurreição de Jesus com todas as consequências e compromissos que ela acarreta! Estar atento, atenta, à discreta caridade de Espírito do ressuscitado que entre nós, em nós e no mundo, vai conduzindo a criação toda para a sua realização definitiva: o Reino de Deus.

Entre os seguidores de Jesus, alguns testemunham de maneira especial a fé na sua ressurreição, isto é, a revelação de Deus no exercício do amor gratuito, desinteressado. Esse é o caso de Madre Tereza de Calcutá (1910-1997), por exemplo.

É conhecido o trabalho dessa religiosa junto aos leprosos na Índia, país em que a doença era uma das mais propagadas. Os leprosos escondiam a doença pela marginalização que ela lhes impunha. Procuravam os leprosários já em estado crítico. Conta-se que certa vez, um senhor, observando o cuidado que Madre Teresa dispensava a um leproso – as irmãs tinham também aos seus cuidados uma abrigo para leprosos - diz a ela, admirado: “-Eu não tocaria em um leproso nem por mil libras esterlinas!” A resposta desconcertante dada por Madre Teresa a esse senhor está entre as suas frases mais conhecidas: “-Se for por mil libras esterlinas, nem eu tocaria em um leproso. Mas eu faço de boa vontade e por amor.” (DE ROMA, Giuseppino, 2013, posição 539)

O seu testemunho de vida, a maneira como entende e vive a caridade, expressa a fé na salvação de Deus realizada em Jesus. A caridade, ela compara, “é como uma chama viva: quanto mais seco o combustível, mais viva é a chama. Da mesma maneira, quando se veem livres de todas as razões terrenas, nossos corações entregam-se ao serviço livre. O amor de Deus deve engendrar um serviço total. Quanto mais repugnante seja o trabalho, maior deve ser o amor, que socorre o Senhor disfarçado com os farrapos do pobre... (MADRE TERESA, 1978, p.214)

A fé no ressuscitado, aprendemos com o testemunho bíblico dos discípulos de Jesus e também do de Teresa de Calcutá, inspira compaixão e cuidado. Promove em nós o florescimento do amor-ágape, amor com o qual Deus ama toda a criação, dado a conhecer por Jesus, o crucificado ressuscitado.

Referências bibliográficas

DE ROMA, Giuseppino, Madre Teresa: o segredo de um sorriso. São Paulo: Editora Cidade Nova, 2013 (eBook).
MADRE TERESA. A alegria da doação. São Paulo: Ed. Paulinas, 1978.
MOINGT, J. Deus que vem ao homem: do luto à revelação de Deus, v.I. São Paulo: Loyola, 2010.
PAGOLA, José Antonio. Jesus: aproximação histórica. Petrópolis/RJ: Vozes, 2010.

 

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