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10 Agosto 2013

"Hannah Arendt", de Margarethe von Trotta, em cartaz país afora, (Foto: Divulgação do filme) merece cada elogio ao apostar num cinema de ideias. O segredo de seu sucesso - além de mais um desempenho soberbo de Barbara Sukowa no papel-título - é ter circunscrito o arco temporal de sua narrativa essencialmente à reconstituição da gênese da obra mais célebre da pensadora retratada, "Eichmann em Jerusalém - Um Relato sobre a Banalidade do Mal", escreve Amir Labaki, diretor-fundador do É Tudo Verdade - Festival Internacional de Documentários, em artigo publicado no jornal Valor, 09-08-2013.

Eis o artigo.

"Hannah Arendt", de Margarethe von Trotta, em cartaz país afora, merece cada elogio ao apostar num cinema de ideias. O segredo de seu sucesso - além de mais um desempenho soberbo de Barbara Sukowa no papel-título - é ter circunscrito o arco temporal de sua narrativa essencialmente à reconstituição da gênese da obra mais célebre da pensadora retratada, "Eichmann em Jerusalém - Um Relato sobre a Banalidade do Mal" (Companhia das Letras).

O livro reúne a raríssima cobertura jornalística feita por Hannah Arendt (1906-1975) para o semanário americano "The New Yorker" do julgamento do criminoso nazista Adolf Eichmann (1906-1962), responsável pelo planejamento e execução da logística do transporte de judeus para os campos de concentração e extermínio. Capturado em 1960 em Buenos Aires por agentes do serviço secreto israelense, Eichmann foi levado a Israel, julgado e condenado em 1961 e executado por enforcamento no ano seguinte.

O filme de Margarethe captura com felicidade o desafio, para uma filósofa alemã mais afeita à reflexão abstrata sobre temas como o totalitarismo, de desenvolver uma narrativa factual jornalística em inglês dirigida ao grande público. Mas "Hannah Arendt" enfatiza sobretudo o intenso debate provocado pelas reportagens no interior da comunidade judaica, em especial as críticas quanto, primeiro, ao que foi considerada uma transferência (ainda que parcial) de responsabilidade para os próprios judeus pela execução do Shoah e, segundo, quanto à pretensa normalização da barbárie ao caracterizar, com a fórmula da "banalidade do mal", como rotineira e involuntária a atuação monstruosa de um de seus perpetradores.

A própria filósofa, no posfácio ao livro, já respondendo à saraivada de críticas, explicou cristalinamente sua formulação:

"Quando falo da banalidade do mal, falo num nível estritamente factual, apontando um fenômeno que nos encarou de frente no julgamento. Eichmann não era nenhum Iago, nenhum Macbeth e nada estaria mais distante de sua mente do que a determinação de um Ricardo III de 'se provar um vilão'. A não ser por sua extraordinária aplicação em obter progressos pessoais, ele não tinha nenhum motivação! (...) Para falarmos em termos coloquiais, ele simplesmente nunca percebeu o que estava fazendo".

O gênio de sua formulação superou as resistências iniciais, ancorando-se na consciência universal como nenhuma outra de suas sacadas. Mesmo um intelectual nada entusiasta da obra filosófica de Hannah como o historiador britânico Tony Judt (1948-2010) - por sinal, um judeu não crente como ela -, reconheceu a ideia como "sugestiva". É evidentemente com essa interpretação contemporânea que se sintoniza a dramatização de Margarethe von Trotta. Sua Hannah Arendt é uma heroína das ideias inicialmente incompreendida mas afinal vitoriosa.

A polêmica foi contudo reaberta, mantendo-nos dentro do campo cinematográfico, pela estreia no recente Festival de Cannes do documentário "O Último dos Injustos", de Claude Lanzmann, o mesmo diretor de "Shoah", o filme definitivo sobre o Holocausto. Lanzmann radicaliza a crítica a Hannah feita no calor da hora por ninguém menos que o filósofo britânico Isaiah Berlin (1909-1997) - também ele um judeu não religioso como ela. "Não estou pronto para engolir a ideia da banalidade do mal. Acho que é falsa", disse Berlin nas célebres entrevistas a Ramin Jahanbegloo, editadas por aqui pela editora Perspectiva.

"Os nazis não eram 'banais'", sustentou o autor de "Dois Conceitos de Liberdade". "Eichmann acreditava profundamente no que fez, aquilo estava, admitiu ele, no centro de seu ser."

A partir de uma longa entrevista com Benjamim Murmelstein (1905-1989), um rabino que serviu como o último "Ancião judeu" do falso campo modelo de Theresienstadt, Lanzmann vai além, metralhando tanto o processo Eichmann quanto a análise de Hannah.

O julgamento, diz Lanzmann, "é uma mentira totalmente escandalosa, um processo de ignorantes". Eichmann, segundo testemunha Murmelstein que bem o conheceu, era "um demônio", violento e corrupto, um antissemita absoluto. "Eichmann não foi um mero burocrata!", disse Lanzmann ao "The New York Times".

Para cineasta e entrevistado, Hannah teria comprado uma performance de Eichmann como funcionário cinzento, mero cumpridor de ordens, desinformado das consequências últimas de seu papel na máquina genocida do nazismo. Nada mais prepóstero, para ambos, do que a afirmação de Hannah de que Eichmann "nunca percebeu o que estava fazendo".

"O Último dos Injustos" é assim um autêntico anti-"Eichmann em Jerusalém". "A banalidade do mal não é mais que a banalidade de suas próprias conclusões", brande Lanzmann.

O conceito de Hannah Arendt, "que conhecia aquilo tudo muito de longe", é para ele "de uma imensa fragilidade". A questão que se impõe é se não se trataria de mais uma ideia fora do lugar, isso é, uma formulação original forjada equivocadamente a partir da experiência que julga examinar.

É pena que Lanzmann tenha descartado, na mesma entrevista recente ao diário nova-iorquino, qualquer intenção de assistir a "Hannah Arendt". "Acho que deve ser pesado", esnobou. Tomara que Margarethe von Trotta assista a "O Último dos Injustos". Não poderia haver maior homenagem ao legado de Hannah Arendt do que a continuação dessa batalha de ideias.


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