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Missa Solemnis de Beethoven. Não há coração que resista

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Por: Jonas Jorge da Silva | 04 Abril 2017

Ouvir a obra Missa Solemnis de Ludwig van Beethoven, em uma manhã de temperatura agradável, com o brilhante comentário de alguém que ama a música, é algo para marcar fortemente a memória. Com profundidade, elegância e simpatia, a professora de música Yara Caznok (UNESP-SP) esteve em Curitiba pela sexta vez, no último sábado, 01 de abril, para uma audição comentada desta obra, em atividade promovida pelo CEPAT, em parceria com o IHU.

A obra trabalhada, Missa Solemnis, composta entre 1819-1823, foi estreada em abril de 1824, em São Petersburgo, por iniciativa do Príncipe Nikolai Borisovich Galitzine. Nela está presente a marca de um dos compositores mais geniais de todos os tempos, muito rigoroso consigo mesmo, um grande perscrutador da plenitude, que com seu esforço e estudo deixou um legado de inestimável valor, capaz de tocar o coração humano de maneira ímpar, ou melhor, sem exageros, de forma irreparável.  


Foto: Ana Paula Abranoski

Se na contemporaneidade predomina os traços lineares no modo como se organiza a vida, ao ouvir a composição de Beethoven tudo isso se desfaz em um movimento de circularidade que, assim como uma oração, envolve o ouvinte a ponto de deslocá-lo de seu lugar comum. A música como arte tem dessas coisas, é capaz de conduzir o pensamento e as emoções para profundidades pouco exploradas no ambiente de irreflexão que os atuais centros urbanos se tornaram.

Aos que desejam atravessar a ponte, ou seja, deslocar-se ao mistério da transcendência, Missa Solemnis é catequética, mas, paradoxalmente, não doutrinal. Talvez dê para explicar esta constatação com a seguinte interpretação: assim como a potência imponderável da música, o coração humano também é insondável, não conjecturável, não passível de adestramento. Contudo, ao mesmo tempo, de forma livre e consentida, o coração humano quando tocado é capaz de produzir as mais belas certezas da vida. Nessa experiência, não basta só a doutrina, já que verbos não são suficientes. A gramática da fé se funda, por estranho que pareça, na ausência de gramática do Amor, que não possui fronteiras, apenas se manifesta ao ser humano.

Missa Solemnis, mais que uma mera obra funcional da missa católica, é um grande ato de respeito ao ser humano, às suas capacidades mais profundas. Na teia da música, entrelaça-se o todo da existência humana que, aberta à manifestação de Deus, revigora-se em um ambiente de recolhimento e acolhida da verdade revelada.

Em um profundo e belíssimo ato penitencial, a música leva o ouvinte a experimentar a misericórdia, a compaixão de Deus. O canto melismático conduz a dimensões pouco habituais no dia a dia. Diante da face misericordiosa de Deus, uma das experiências possíveis é a de sentir o desejo de buscar o centro da vida, reconciliar-se, religar-se, conectar-se, reconfigurar-se, refazer-se.  

A grandiosidade da música conduz ao silêncio. Na presença de Deus, a manifestação do louvor humano à sua Glória. Quanta alegria e quanto júbilo! É o brilho de Deus, o Absoluto, único capaz de completar as lacunas humanas. Sim, Ele é Onipotente! E este é o momento do reconhecimento, a partir da verdade que brota no coração: “Só Vós sois o Santo; só Vós o Altíssimo, Jesus Cristo; com o Espírito Santo, na glória de Deus Pai”, em um amém que transborda uma reconfortante certeza.

Esta certeza é também professada no Credo, com o belíssimo destaque dado por Yara Caznok ao mistério da encarnação: "Et incarnatus est de Spiritu Sancto" (E encarnou pelo poder do Espírito Santo). Quem não se enternecerá com aquilo que Deus fez por nós? Da crucificação à ressurreição, o conteúdo do que se professa é tão profundo, tão inconcebível humanamente, que só a música mesmo para introduzir o ouvinte neste mistério indescritível.

A reverência a Deus, Santo, Santo, Santo, é apresentada de forma íntima, em um movimento de abertura que expressa a plenitude de Deus sobre o céu e a terra. "Bendito o que vem em nome do Senhor"! Parece não haver coração que resista a esta reverência.

Enfim, uma súplica àquele que tira o pecado do mundo, o Cordeiro de Deus. Sua paz é cativante, gera compromisso, determinação e decisão. Quem se deixou tocar, deseja a paz, quer construi-la com tenacidade.

Como uma fina chuva em solo fértil, a obra de Beethoven irriga o coração humano, fazendo imergir a força transcendente da música. Não por acaso, ao final da audição, viu-se um público regozijado, que com fortes palmas agradeciam a oportunidade deste encontro com a música e a espiritualidade. À professora Yara Caznok, um muito obrigado! Seguramente, ouvir Beethoven ao seu lado fez toda a diferença.

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