Paraná foi atingido por três tornados com ventos de até 330 km/h

Foto: Jonathan Campos/AEN | FotosPúblicas

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11 Novembro 2025

O Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) atualizou na 2ª feira (10/11) os impactos após a passagem de três tornados pelo estado. Inicialmente, avaliou-se que os ventos que destruíram Rio Bonito do Iguaçu chegaram a 250 km/h. Ontem, porém, o órgão divulgou que o tornado que devastou a cidade chegou ao nível 3 na escala internacional Fujita – com ventos de cerca de 300 a 330 km/h.

A reportagem é publicada por Climainfo, 11-11-2025.

“As condições atmosféricas – com grande aporte de calor e umidade, além da intensificação e mudança na direção dos ventos com a altura – criaram um ambiente favorável à formação de tempestades severas e tornados no estado”, diz o comunicado do Simepar.

O fenômeno do último fim de semana pode ter sido um dos tornados mais fortes já registrados no território brasileiro. Cerca de 90% da área urbana de Rio Bonito do Iguaçu, no Centro-Sul do estado, foi destruída, deixando seis pessoas mortas, 750 feridos e mais de 1.000 desalojados, contam Veja e CBN. A Secretaria de Saúde do Paraná (SESA) anunciou que 22 pacientes permaneciam internados em hospitais até ontem, segundo o g1.

Equipes da Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Sanepar, Copel e Secretaria de Saúde do estado estão trabalhando para restabelecer serviços essenciais e atender a população da cidade, mostra o R7. A prova do Enem, que seria aplicada no domingo (9), foi adiada.

O Governo do Paraná anunciou a liberação de R$ 50 milhões em auxílio às vítimas afetadas pelo tornado, com pagamento de até R$ 50 mil por família atingida. De acordo com Band e Folha, o planejamento para reconstrução de casas, escolas e a sede da APAE de Rio Bonito do Iguaçu já está em andamento – cerca de 200 engenheiros estão atuando na cidade desde domingo.

Segundo o Simepar, além do fenômeno em Rio Bonito do Iguaçu, houve outros dois tornados no estado: em Guarapuava, com ventos de 250 km/h (F2 na escala Fujita), que atingiram principalmente o distrito de Entre Rios e causaram uma morte; e em Turvo, com ventos de até 200 km/h (também nível F2).

Apesar de serem considerados eventos naturais, os tornados têm se tornado cada vez mais intensos devido às mudanças climáticas, salientam especialistas. O Brasil de Fato ouviu o climatologista José Marengo, coordenador-geral de Pesquisa e Desenvolvimento do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN).

Segundo Marengo, a rapidez que os tornados têm se formado tem dificultado o monitoramento do fenômeno – que é feito através de acompanhamento de massas de ar. Com as mudanças climáticas, observa-se o deslocamento cada vez mais rápido dessas massas em relação aos pontos de alta e baixa pressão.

Os tornados no Paraná também foram notícia nos Metrópoles, Rede Onda Digital, O Sul, Correio Braziliense, UOL, Globo e Diário do Nordeste.

Em tempo

As Filipinas acabaram de presenciar uma das tempestades mais fortes do ano a atingir o país. Mais de 1 milhão de pessoas foram evacuadas antes do supertufão Fung-wong atingir o arquipélago no domingo (9). Quatro pessoas morreram, sendo duas soterradas e duas por afogamento e queda de destroços. Os deslizamentos de terra também isolaram pelo menos quatro cidades. A tempestade é a 21ª do ano no país e aconteceu uma semana depois da passagem do tufão Kalmaegi, que matou 224 pessoas, detalha a Reuters. Com previsão de se deslocar em direção à Taiwan, os ventos do Fung-wong caíram para entre 120 km/h e 150 km/h na 2ª feira (10).

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