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“O amor rompe com a lógica do individualismo, do medo”. Entrevista com Lucila Rodríguez-Alarcón

Fonte: Pixabay

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06 Novembro 2025

Em tempos de polarização, tensão e desconfiança, falar de amor soa quase provocativo. Para Lucila Rodríguez-Alarcón, autora do ensaio Activistas del amor e fundadora da Fundação Por Causa, esta palavra não pertence apenas à esfera íntima. É também uma ferramenta política, uma força transformadora capaz de reparar os laços sociais desgastados e abrir um caminho diferente frente à cultura do ódio e a divisão.

Por mais de uma década, Rodríguez-Alarcón pesquisou as narrativas sociais que condicionam nossa forma de olhar o mundo. A partir dessa experiência, chegou a uma conclusão tão simples quanto revolucionária: sem amor - sem cuidado mútuo, sem empatia ativa, sem construção coletiva - não há futuro possível. Com Activistas del amor, propõe uma mudança de paradigma: tirar a palavra “amor” da esfera privada e devolvê-la ao espaço público.

A entrevista é de Arantza García, publicada por Ethic, 05-11-2025. A tradução é do Cepat.

Eis a entrevista.

Como nasce ‘Activistas del amor’? Em que momento surge a ideia de escrevê-lo?

O livro é, na verdade, uma pesquisa que começou há mais de dez anos, quando fundamos a Por Causa. Em 2012, o cenário midiático estava mudando em ritmo vertiginoso: irromperam as plataformas, os smartphones, a sobrecarga de informações... A mudança foi tão brutal que os meios de comunicação tradicionais não sabiam muito bem como reagir.

Nesse contexto, nós nos perguntamos como fazer para que os conteúdos sociais tivessem um lugar relevante no consumo midiático. Inicialmente, pensamos que bastava empacotá-los melhor, mas logo percebemos que não era uma questão de design, mas de compreensão. Não estávamos interpretando o que as pessoas sentiam e, portanto, não conseguíamos nos conectar emocionalmente com elas.

Desde então, passamos uma década tentando entender o que está acontecendo conosco como sociedade, como nos sentimos e como isto condiciona a nossa capacidade de envolvimento em causas sociais. Activistas del amor é o resultado de todo esse processo, um ensaio que reúne as conclusões e aprendizados desses anos, bem, de toda a minha vida, na verdade.

Vivemos tempos turbulentos, repletos de notícias negativas, crises e incertezas. Dá a sensação de que o mundo se tornou um lugar excepcionalmente hostil. Você compartilha dessa ideia?

Acho que o que mudou não foi tanto o mundo, mas a forma como o percebemos. Coisas terríveis sempre aconteceram. Mas, desde que o mundo se tornou global, vivemos hiperconectados, recebemos constantemente informações sobre tragédias e conflitos em lugares muito distantes. E, além disso, os meios de comunicação priorizam o horrível: a última notícia costuma ser um assassinato, uma guerra ou uma catástrofe, não o nascimento de uma criança em um hospital reconstruído. Essa supersaturação de negatividade nos gera uma constante sensação de exceção, como se estivéssemos em estado permanente de alerta. Contudo, isto não é verdade; tragédias sempre existiram. E isso nos destrói emocionalmente. Ficamos sem esperança.

Neste contexto de polarização, você reivindica o amor.

Todos. A Fundação Por Causa, Ethic também... Todos viemos do mesmo germe, daquele momento em que houve uma crise econômica brutal e, de repente, percebemos que ou colaboramos ou não sobrevivemos. O amor sempre me influenciou, mas a reivindicação dele surgiu quando comecei a encontrar muita resistência a esta palavra em ambientes profissionais.

Havia colegas que acreditavam em mim, que confiavam em mim e que me diziam: “Até aqui, eu te segui, mas não conte comigo para a palavra amor”. E eu me perguntava: por quê? O que acontece conosco como sociedade para que falar sobre o amor gere rejeição, enquanto falar de ódio parece perfeitamente legítimo? Então, decidi que tinha de fazer disto uma bandeira, porque se tiram de nós esta palavra, tiram a capacidade de trabalhar com este conceito de forma construtiva.

Talvez o disruptivo esteja em retirá-lo da esfera privada e transformá-lo em uma ferramenta social.

Exatamente. O amor não pode ser reduzido ao sentimental, nem ao casal, nem à família. É uma capacidade neurológica que todos possuímos, um estímulo que gera bem-estar. Contudo, o sistema relegou essas ferramentas ao terreno do banal, ao entretenimento ou ao espaço doméstico, quando na realidade são essenciais para o equilíbrio social. E isso não é por acaso. A esfera privada tem um ponto de banalidade. Um sistema baseado no controle de massas não pode permitir que o amor - com seu potencial transformador e colaborativo - se torne um princípio organizador.

Como define o “ativismo do amor”?

Para mim, o amor é a compreensão de que o bem comum é a base do bem individual. E não o contrário. A origem de qualquer bem individual é gerada no bem comum. Ativismo do amor é nunca esquecer isto. Porque o sistema nos pressiona constantemente a nos separarmos, a competirmos, a nos fecharmos e a ficarmos sós. No entanto, se você consegue se manter fiel a essa ideia - de que seu bem-estar passa pelo bem-estar dos outros -, mesmo que o caminho seja mais difícil, você acaba encontrando uma paz interior muito profunda. É um ativismo exigente porque vai contra a corrente, mas também muito reparador.

Há também uma perspectiva de gênero em seu discurso. Historicamente, o amor tem sido associado ao feminino.

bell hooks explica que, durante séculos, os únicos que falaram do amor foram os homens, mas sempre a partir de sua posição de poder. Para as mulheres, associaram o amor à submissão, não à ação política. O sistema construiu hierarquias piramidais também por meio das emoções. Fez da colaboração uma fragilidade e do controle uma virtude.

Neste momento, muitas forças coexistem e é também por isso que o sistema está tão tensionado agora, porque a sensação de que as coisas não estão bem é generalizada. Não se sabe muito bem qual caminho tomar, mas, sim, existem intuições. Eu espero que o livro ajude muitas pessoas que possuem essas intuições a encontrarem o caminho, pois com certeza o possuem na ponta dos dedos ou no limite de seu pensamento.

A sociedade, sobretudo as pessoas jovens, e penso que os millennials também, estão pedindo uma ruptura e, verdadeiramente, o amor é rupturista. No sentido mais literal. O amor rompe com a lógica do individualismo, do medo. Eu dizia isto, outro dia, em uma conversa com uma ministra: não use “empatia”, use “amor”. A empatia soa melíflua; o amor é uma palavra grande, poderosa, corajosa.

Você analisou bastante as gerações jovens. Como observa a relação delas com tudo isto?

Penso que as novas gerações são mais conscientes do que pensamos. As mulheres millennials, por exemplo, são a geração do Me Too, e isto criou um senso de comunidade muito forte. Nos homens, no entanto, vejo mais desorientação: buscam espaços de pertencimento e, muitas vezes, são encontrados em discursos baseados no ódio, porque o ódio também une. É uma forma de companhia, mas destrutiva. Muitos jovens se sentem sós, e os dados sobre saúde mental refletem isto. Sabem que precisam de vínculos, mas nem sempre identificam que a resposta está no amor, no cuidado mútuo.

Seguimos fazendo essa distinção entre homens e mulheres.

É o que a estrutura social promove. A mulher não é penalizada por ter sentimentos, mas também lhe foi permitida ser mais sensível e estabelecer mais relações. De fato, eu acredito que o futuro é feminino. Penso que as grandes lideranças que podem nos tirar desta situação são, principalmente, mulheres.

Conte-nos algum exemplo de ativismo do amor que, de modo especial, tenha marcado e inspirado você.

O mais importante para mim é como Manuela Carmena venceu as eleições em um ambiente muito polarizado. Ela não só teve um discurso construtivo, como também expressou seus sentimentos: compaixão, carinho… Existem outros políticos que incorporam o amor em seus discursos: Jacinda Ardern, que foi primeira-ministra da Nova Zelândia; José Mujica; Zohran Mamdani, candidato a prefeito de Nova York; Claudia Sheinbaum, a presidenta do México…

Todos possuem um discurso diferente, de sentimentos, de cuidar das pessoas. Neste momento, temos exemplos claros no mundo de que o ódio não serve para nada. O que importa mais é um sistema, um estado, um modelo em que as pessoas estejam bem.

O que espera que os leitores levem de seu livro?

Sobretudo, a esperança. Este livro é um grito de esperança. Fico emocionada quando leitores de diferentes idades, profissões e contextos me escrevem dizendo que se reconheceram em suas páginas. Uma bibliotecária me disse, há pouco, algo que me tocou profundamente: que Activistas del amor é como o Indignai-vos, de Stéphane Hessel, mas adaptado a nosso tempo. Espero que sim. Espero que desperte o entusiasmo e a paixão necessários para reconstruir, pouco a pouco, um modelo mais humano e solidário. As mudanças não precisam ser rupturistas no sentido destrutivo. Podemos transformar por dentro, com amor, sem romper, sem devastar, mas avançando.

Leia mais

  • “O amor é a experiência da impossibilidade, e é por isso que o capitalismo não consegue apropriar-se totalmente dele”. Entrevista com Jorge Alemán
  • O amor é a verdadeira revolução: palavra de um grande filósofo, Alain Badiou
  • Por que o amor é a forma mais elevada de pensamento. Artigo de Vito Mancuso
  • Amor em tempos de ódio e intolerância
  • A pessoa, a prática do amor e o cuidado da Casa Comum
  • Simone Weil: na dança do amor, a distância e a separação
  • O legado de Maturana: sem cooperação, amor e alteridade não há futuro
  • Bento XVI: “O amor na verdade – caritas in veritate – é um grande desafio para a Igreja”
  • “Na nossa sociedade há muito pouco desejo e muita obediência aos mandatos de desempenho e produtividade”. Entrevista com Amador Fernández-Savater
  • “As ideias que não tocam os corpos deixam o mundo igual”. Entrevista com Amador Fernández-Savater
  • O amor decidirá tudo: Pedro Arrupe recuperou a 'mística dos olhos abertos' inaciana. Artigo de Kevin F. Burke
  • Fé, amor e gratuidade nas relações humanas e ecológicas (Lc 17,5-10). Artigo de Gilvander Moreira
  • Amar os pobres é um ato revolucionário: uma aproximação à Dilexi Te sobre o amor para com os pobres. Artigo de Izidorio Batista de Alencar

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