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“Quem conhece os mecanismos da propaganda de guerra consegue resistir a ela”. Entrevista com Anne Morelli

Fonte: Pixabay

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23 Outubro 2025

A historiadora Anne Morelli (Bruxelas, 1948), professora honorária da Universidade Livre de Bruxelas, é uma das maiores especialistas europeias no estudo da propaganda de guerra e dos mecanismos de manipulação midiática. Seu ensaio Princípios elementares da propaganda de guerra, publicado há mais de vinte anos e agora reeditado em espanhol, tornou-se um clássico que resume, em dez regras simples, a lógica com a qual todos os lados justificam a violência.

Durante esta conversa com Nortes, fala em espanhol compreensível, salpicado de francês, italiano e até mesmo com algumas pinceladas de esperanto. Sua fala é pausada, às vezes hesitante, mas sua mistura de línguas confere às suas palavras uma dimensão universal, como se sua voz plural e sem fronteiras encarnasse a consciência europeia à qual sua obra apela.

A entrevista é de Ismael Juárez Pérez, publicada por Nortes, 19-10-2025. A tradução é do Cepat.

Eis a entrevista.

Um manual de autodefesa contra a propaganda

Seu livro resume a propaganda de guerra em dez princípios. Como surgiu a ideia de transformá-los em um manual tão breve e direto?

Durante a Primeira Guerra Mundial, começou uma propaganda muito profissional, com boatos, fake news. E hoje é ainda mais, porque é produzida por grandes empresas de comunicação. Por isso, é importante entender os mecanismos da propaganda, pois quem os conhece consegue resistir a ela. Penso que este pequeno livro é um manual de autodefesa frente à propaganda que encontramos todos os dias nos jornais ou nas redes. Hoje em dia, a propaganda é muito mais profissional do que há cem anos.

O livro parte do clássico ‘Falsehood in War Time’, de Arthur Ponsonby, escrito após a Primeira Guerra Mundial. O que lhe atraiu nessa obra e o que sentiu que era necessário atualizar?

Ponsonby era um aristocrata britânico que, durante a guerra, trabalhou no escritório de propaganda. Depois, horrorizado com as mentiras que viu, escreveu um livro para contar tudo isso. Causou um escândalo porque nos ambientes mais patrióticos ninguém queria reconhecer que havia acreditado em notícias falsas. Então, a partir de sua obra, elaborei meus dez princípios da propaganda de guerra para que meus alunos pudessem se lembrar deles facilmente. E comprovei que todos seguiam vigentes: do primeiro ao último. E são usados hoje, assim como em 1914, para orientar a opinião pública a favor das guerras atuais.

Todos os lados mentem da mesma forma

Você afirma que todos os lados, sem exceção, utilizam as mesmas estratégias de propaganda. Por que é tão difícil reconhecê-las, quando partem “dos nossos”?

Porque é difícil aceitar que nós também mentimos. O melhor método é não acreditar imediatamente no que se diz. Por exemplo: “o presidente da Venezuela é um narcotraficante”. Em seguida, penso: ah, este é o princípio número três, que consiste em apresentar o líder do inimigo como um monstro. O mesmo acontece com Putin, que é retratado com bigode, como Hitler. Cada princípio tem seu reflexo na atualidade. Se você os conhece, consegue ler o jornal ou ver televisão e reconhecê-los: “nós não começamos a guerra”, “defendemos valores morais”, “os outros só buscam interesses econômicos”... São frases que sempre são repetidas. Ontem e hoje.

Mas qual desses princípios você considera que são mais repetidos, hoje?

Aquele que divide o mundo entre os bons e os maus. Nós somos pacifistas, os outros imperialistas. Mas quando se olha para o mapa da Europa, nota-se que não são os russos que se aproximaram do espaço da OTAN, mas a OTAN ao de Moscou. A mesma coisa acontece com a China. Fala-se de “imperialismo chinês”, mas a China está cercada por bases americanas. No final, cada lado se apresenta como vítima e acusa o outro de ser o agressor.

“Uma mentira viaja mais rápido do que nunca”

Nos conflitos atuais, as redes sociais se tornaram um campo de batalha. Estamos mais informados ou mais manipulados do que antes?

Mais manipulados. Na Primeira Guerra Mundial, dizia-se que soldados alemães cortavam as mãos das crianças belgas, mas era preciso abrir o jornal para ler. Hoje, basta ativar o celular. As mentiras chegam sozinhas, todos os dias. Uma mentira agora se espalha mil vezes mais rápido.

Um dos mecanismos descrito em seu livro é a necessidade de uma causa nobre para justificar cada guerra.

Sim, porque as verdadeiras causas das guerras são econômicas. Envolvem conquistar territórios, obter matérias-primas, abrir mercados. No entanto, isto não pode ser dito aos soldados que vão morrer na linha de frente, então, inventam causas morais como a liberdade, os direitos humanos ou a civilização. O curioso é que ambos os lados usam as mesmas palavras. Nos monumentos aos caídos da Alemanha, lê-se “pelo direito e a liberdade”; e nos da Bélgica, lê-se a mesma coisa também. Todos morrem convencidos de que morreram por uma boa causa. Ninguém quer morrer por uma causa ruim.

E como se fabrica o inimigo?

Sempre é necessário desumanizá-lo. Na Primeira Guerra Mundial, os alemães apareciam nos cartazes como caricaturas, como macacos peludos, violentos, com dentes afiados. Quando o inimigo se torna um animal, pode ser morto sem culpa; qualquer coisa pode ser feita a ele. É um mecanismo muito primário, quase infantil: “eu não comecei, foi o outro”. Esta psicologia tão simples segue funcionando perfeitamente.

Educar contra a propaganda

Seu livro é usado hoje em escolas e nos meios de comunicação como ferramenta educacional. Como podemos ensinar as novas gerações a reconhecer a propaganda, sem cair no cinismo?

É verdade. O livro tem um aspecto muito pedagógico. Todos os anos, eu tinha mais de mil alunos do primeiro curso. Às vezes, anos depois, ainda me escrevem: “Professora, vi as notícias e era exatamente o princípio número quatro”. Isto me alegra, porque demonstra que lembrar os princípios ajuda a desenvolver o espírito crítico. Esse é o papel de um professor ou de um escritor: insistir na crítica e ensinar a olhar com distanciamento.

Esta nova edição em espanhol chega em um momento de guerras e polarização. O que acrescentou?

Eu poderia acrescentar algo novo a cada dia. A primeira edição tem vinte anos e, desde então, houve muitos exemplos. O conflito entre Palestina e Israel, no qual os palestinos são apresentados como não humanos; a guerra entre a OTAN e a Rússia, com suas campanhas de desinformação; ou o uso de drones, que já são armas ilegais. Penso que a cada dia há um novo caso que confirma os princípios presentes no livro.

Depois de tantos anos analisando os mecanismos da guerra, o que ainda lhe dá esperança na capacidade crítica dos cidadãos?

É preciso sempre ser otimista. Sou belga, mas tenho origem italiana. Em italiano, temos uma expressão: “seminare sotto la neve” – “semear sob a neve”. Significa semear mesmo quando parece que nada vai crescer, quando tudo está congelado e branco. Depois, vem a primavera, a neve derrete e então o que foi semeado brota. Eu acredito que este é o meu trabalho: semear sob a neve. Ainda que, agora, pareça inútil, as sementes do pensamento crítico sempre acabam germinando.

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