Igrejas são alvo de incidentes criminosos nos EUA

Com base em documentos, reportagens da mídia e registros oficiais, a organização Family Research Council (FRC) documentou 415 atos hostis contra templos e congregações em 43 Estados da Federação estadunidense em 2024, afetando 383 igrejas.

A reportagem é de Edelberto Behs, jornalista.

Os incidentes vão de vandalismo, incêndio criminoso, ameaças com armas e
bomba até agressões físicas. Desde janeiro de 2018, a FRC registrou 1.384 incidentes contra igrejas.

“Embora as motivações para muitos desses incidentes permaneçam desconhecidas, o aumento de crimes contra igrejas está ocorrendo em um contexto em que menos americanos estão frequentando serviços religiosos ou se identificando com uma fé específica”, observa o relatório da FRC.

Segundo o Instituto Gallup, menos de um terço da população dos EUA frequenta com regularidade cultos religiosos. Pesquisadores afirmam que “menos americanos compartilham um entendimento comum sobre o que os prédios das igrejas representam”.

O relatório ressalva, no entanto, que nem todos os crimes contra igrejas são motivados pelo ódio ao cristianismo. Vândalos parecem ser motivados por ganho financeiro por meio de roubo; adolescentes se envolvem, muitas vezes, em incidentes por um passatempo destrutivo.

O vandalismo foi o crime mais frequente, com 284 casos. Igrejas relataram janelas quebradas, estátuas destruídas, propriedades danificadas e roubo de materiais valiosos, como fiação de cobre e aparelhos de ar-condicionado.

A Primeira Igreja de Cristo, de San Diego, Califórnia, relatou que um invasor saqueou o escritório e arrancou tubos de órgãos de seus encaixes, provocando um prejuízo de 10 mil dólares (cerca de 54 mil
reais).

O relatório registra 55 incêndios criminosos ou sob suspeição; também informa a ocorrência de 14 ameaças de bomba, a maioria delas eram boatos. Também cresceram os incidentes com armas de fogo, de 12 casos em 2023 para 28 em 2024.

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