13 Agosto 2025
A reportagem é de Jesus Bastante, publicada por Religión Digital, 12-08-2025.
"Noi sono chiesa (Nós Somos a Igreja, em tradução)" oficialmente convidado para o Vaticano. Pela primeira vez, o movimento que defende uma reforma profunda na Igreja Católica participará com oito delegados dos eventos organizados pela Santa Sé, que incluirão um encontro com o Papa Leão XIV. Algo que nem sequer aconteceu com Francisco.
O encontro, como o grupo anunciou em um comunicado, será o encontro das "equipes sinodais e órgãos participativos do Sínodo Mundial", que será realizada de 24 a 26 de outubro de 2025. O convite, como parte dos eventos do Jubileu, é estendido pelo Secretário Geral do Sínodo, Cardeal Mario Grech.
No comunicado, Noi sono chiesa elogia a "grande continuidade" entre os pontificados de Leão XIV e o de Francisco, já que ambos assumem "posições muito comprometidas e claras sobre as questões candentes da guerra e da paz, da proteção ambiental e do ecumenismo, ao mesmo tempo em que dão continuidade aos processos de reforma dentro da Igreja".
Assim, Noi sono chiesa "deseja ao Papa Leão confiança em Deus, serenidade, energia e apoio para que possa cumprir da melhor forma as altas exigências de seu cargo", ao mesmo tempo em que acolhe "com grande satisfação" que Prevost "continue sem demora o processo sinodal global iniciado pelo Papa Francisco", incentivando os católicos "a buscar soluções descentralizadas".
Entre os desafios para o futuro, Noi sono chiesa defende "realizar as mudanças estruturais necessárias, preservando a unidade da Igreja Católica universal, tendo em conta as diferenças culturais e as condições de vida, o que implicará conceder maior liberdade de decisão às Igrejas locais", partindo "da igual dignidade batismal de todos, trata-se da participação prática do Povo de Deus, sobretudo da plena igualdade das mulheres em todos os serviços e funções".
E, afirma o movimento, "a discriminação contínua contra as mulheres não tem justificativa bíblica ou teológica. Igualmente urgente é uma revisão global da violência sexual e a eliminação do clericalismo". Nesse sentido, enfatiza, "é necessário tomar decisões pioneiras o mais rápido possível".