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Rio Branco (AC) é a capital mais avançada na transição religiosa. Artigo de José Eustáquio Diniz Alves

Foto: Pxhere

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30 Julho 2025

O exemplo de Rio Branco nega a tese de que os católicos teriam um piso em torno de 35% e os evangélicos um teto também em torno de 35%.

O artigo é de José Eustáquio Diniz Alves, doutor em demografia, publicado por EcoDebate, 30-07-2025.

Eis o artigo.

O Brasil está passando por uma transição religiosa que se desdobra em quatro vetores:

  • redução do percentual das filiações católicas,
  • aumento das filiações evangélicas,
  • crescimento do grupo sem religião e
  • aumento do percentual das outras religiões

Na média nacional, em 1991, as filiações católicas representavam 83,3% da população, com 9% de evangélicos, 4,6% dos sem religião e 3,1% das outras religiões. Em 2022, os números foram para 56,7%, de católicos, 26,9% de evangélicos, 9,3% dos sem religião e 7,1% de outras religiões.

Porém, a transição religiosa tem ritmos diferentes nas diversas escalas geográficas. Em duas Unidades da Federação (Acre e Rondônia) os evangélicos já ultrapassaram os católicos, assim como em 245 municípios. Entre as capitais estaduais, a única cidade onde os evangélicos superaram os católicos foi em Rio Branco, no Acre.

O gráfico abaixo mostra que, em 1991, o percentual de católicos em Rio Branco era de 82,4%, caiu para 61,5% em 2000, para 33,1% em 2010 e para 30,5% em 2022. No mesmo período, os evangélicos passaram de 9,9% em 1991, para 23,3% em 2000, para 39,8% em 2010 e para 47,1% em 2022. Portanto, a mudança de hegemonia entre católicos e evangélicos ocorreu em 2010 e foi ampliada em 2022. Em 2022, o percentual dos sem religião ficou em 14,8% e as demais religiões em 7,5%.

Percentagem da transição religiosa em Rio Branco (Fonte: IBGE).

O gráfico abaixo mostra a percentagem dos 4 grandes grupos religiosos, por grupos etários, em Rio Branco, em 2022. A percentagem de católicos na população total foi de 30,5%, mas de somente 24,2% entre o grupo etário 10-14 anos. O percentual de católicos se manteve abaixo de 30% até o grupo etário 30-39 anos. Mas entre os idosos, a presença dos católicos é maior, sendo 44,3% no grupo 60-69 anos, 50,4% no grupo 70-79 e 52,8% no grupo 80 anos e mais.

Os evangélicos que representam 47,1% na população total de Rio Branco em 2022, sobem para 53,5% no grupo etário 10-14 anos, se mantêm acima de 40% até o grupo 60-69 anos e só cai para menos de 40% nos grupos acima de 70 anos.

Entre os sem religião e ente as outras religiões, os percentuais são maiores para a população abaixo de 30 anos e menores na população idosa. Cabe destacar que os sem religião alcançam 22% no grupo 20-24 anos. Desta forma, os dados geracionais indicam que os evangélicos devem continuar crescendo com a sucessão das gerações.

Percentagem da transição religiosa em Rio Branco por idade (Fonte: IBGE)

O exemplo de Rio Branco nega a tese de que os católicos teriam um piso em torno de 35% e os evangélicos um teto também em torno de 35%. Na população da capital do Acre, em 2022, os católicos estavam com 30,5% e os evangélicos com 47,1%. No grupo etário 10-14 anos as diferenças são ainda maiores. Tudo indica que a transição religiosa continuará com redução das filiações católicas e aumento das filiações evangélicas.

Mas a cidade de Rio Branco marca uma característica que não é registrada na média nacional. Entre 1991 e 2010 o Índice de Entropia de Shannon estava subindo, o que significa maior pluralidade religiosa, como mostra a tabela abaixo. Mas entre 2010 e 2022 o Índice de Shannon diminuiu, o que mostra uma redução da pluralidade religiosa e uma maior concentração devido ao aumento do grupo evangélico, paralelamente à diminuição dos católicos, sem religião e outras religiões.

Percentagem da transição religiosa em Rio Branco na Entropria de Shannon (Fonte: IBGE)

O Índice de entropia de Shannon (ou índice de diversidade de Shannon) é uma medida usada para saber o quanto uma população é diversa. Ele foi criado originalmente para estudar a biodiversidade (como se distribuem as espécies em um ambiente), mas também serve para entender diversidade cultural ou religiosa.

Quanto mais igualitária a distribuição das categorias, maior a incerteza sobre qual categoria poderia ser encontrada se selecionasse um item aleatoriamente. Imaginando 4 categorias religiosas e cada uma com exatamente 25% da população, a escolha de uma pessoa aleatoriamente, seria muito difícil prever a religião dela, pois todas são igualmente prováveis. Essa é uma situação de alta incerteza e, portanto, alta entropia.

Quanto menos igualitária (mais desigual) a distribuição, ou seja, se uma ou poucas categorias são altamente dominantes, menor a incerteza. Imaginando que uma categoria religiosa tem 90% da população e as outras três dividem os 10% restantes, no caso de uma escolha de uma pessoa aleatoriamente, seria muito provável que ela pertencesse à categoria dominante. Há muito pouca surpresa ou incerteza. Essa é uma situação de baixa incerteza e, portanto, baixa entropia.

Evidentemente, ninguém sabe o que vai acontecer no futuro e se a transição religiosa continuará indefinidamente, com pisos e tetos, com maior ou menor pluralidade. Dado o tamanho territorial e as amplas desigualdades sociais e espaciais brasileiras, o mais provável é que teremos um quadro multifacetado.

Desta forma, se as tendências das últimas décadas for mantida a transição religiosa deve continuar se aprofundando em ritmo mais rápido em algumas regiões e cidades e em ritmo mais lento em outras. O caso de Rio Branco (AC) pode ser norma ou exceção. O futuro está aberto e novas pesquisas são necessárias para se avaliar toda a complexidade da transição religiosa brasileira.

Referências

ALVES, JED et al. Distribuição espacial da transição religiosa no Brasil, Tempo Social, revista de sociologia da USP, v. 29, n. 2, 2017, pp: 215-242 

ALVES, JED. Demografia e Economia nos 200 anos da Independência do Brasil e cenários para o século XXI, Escola de Negócios e Seguro (ENS), (com a colaboração de Francisco Galiza), maio de 2022.

ALVES, JED. A transição religiosa no Brasil: 1872-2049, Ecodebate, 09/06/2025

ALVES, JED. Transição religiosa em Japeri (RJ) e no Brasil, Ecodebate, 16/06/2025

ALVES, JED. A transição religiosa no Brasil é heterogênea com vários pisos e diversos tetos, Ecodebate, 21/07/2025

ISER. Censo 2022: reflexões sobre religiões e sociedade. Debate com José Eustáquio Alves e Paul Freston, mediado por Christina Vital, 03/07/2025 

Leia mais

  • Rio Branco/Acre: a capital mais adiantada na transição religiosa
  • Transição religiosa em Japeri (RJ) e no Brasil. Artigo de José Eustáquio Diniz Alves
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  • A transição religiosa no Brasil: 1872-2049. Artigo de José Eustáquio Diniz Alves
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  • O que os números do Censo de 2022 dizem sobre a pertença religiosa no Brasil? Artigo de Geraldo Luiz De Mori, SJ
  • A nova fotografia da religião no Brasil segundo o Censo de 2022. Artigo de Jeferson Batista
  • O acelerado crescimento dos templos evangélicos e a transição religiosa no Brasil. Artigo de José Eustáquio Diniz Alves
  • A expansão evangélica no Estado: do Executivo ao Judiciário. Entrevista especial com Ronaldo Almeida
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