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“A rede que nos entusiasmava não existe mais”. Entrevista com Tomás Balmaceda

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27 Junho 2025

“Estou convencido de que graças aos ambientes digitais estamos vivendo uma transformação inédita em todos os âmbitos de nossas vidas”, diz Tomás Balmaceda, doutor em Filosofia pela Universidade de Buenos Aires e pesquisador do CONICET. Cofundador do Grupo de Inteligência Artificial, Filosofia e Tecnologia (GIFT), do Instituto de Pesquisas Filosóficas SADAF/CONICET, seu livro mais recente é Volver a pensar: Filosofía para desobedientes (Galerna 2024). Entre viagens e mais viagens, entre aulas e mais aulas, encontra tempo para pensar de que modo a teia de redes sociais, meios de comunicação e a ciência constroem e nos constroem.

A entrevista é de Débora Campos, publicada por Clarín-Revista Ñ, 16-06-2025. A tradução é do Cepat.

Eis a entrevista.

Você é doutor em Filosofia, professor e pesquisador. O que lhe interessou da tecnologia e como esses dois universos, que a princípio parecem tão opostos, se cruzam?

Por quase quinze anos, meu interesse acadêmico girou em torno da filosofia da mente. Em paralelo, também fui crescendo como jornalista orientado à cultura digital, primeiro no suplemento Sí!, do Clarín, e há uma década, aos domingos, no Viva. Eventualmente, esses caminhos se cruzaram e o interesse pelo “que está atrás da cena” da inteligência humana pavimentou o caminho para que eu me interessasse pelo que estamos falando quando falamos de máquinas que pensam.

A filosofia, desde as suas origens, ocupa-se das grandes questões humanas, e penso que está claro que a tecnologia reescreve muitas delas. Só os humanos são inteligentes? O que é o conhecimento? O que é a criatividade? Existe algo que nos torna únicos? As tecnologias não são neutras, estão carregadas de valores, decisões, visões de mundo. E se a filosofia não se envolve com isso, então com o quê?

Em uma entrevista, você dizia que sua geração acreditou que as redes eram potencializadoras da democracia, mas que agora as vê como um fator que a fragiliza. O que aconteceu?

Nós que crescemos no século XX ficamos fascinados com as redes sociais porque crescemos em uma cultura de meios de comunicação unidirecionais, onde alguns falavam e os outros escutavam. De repente, a internet nos prometia horizontalidade, autoexpressão, organização coletiva. Vivi na própria carne como essas plataformas transformaram minha vida profissional e afetiva e fui testemunha de como impulsionavam movimentos sociais poderosos como #NiUnaMenos ou #MeToo, que sem as redes não teriam tido essa força, nem esse alcance.

Mas a rede que nos entusiasmava não existe mais. Em algum momento, a lógica das plataformas mudou. Botões como o retweet ou o share e algoritmos de recomendação que priorizam o viral reconfiguraram o espaço público digital. Começaram a premiar o escândalo acima da argumentação, a polarização acima da ponderação. E o que antes era um fórum de discussão se tornou uma arena de combate.

Hoje, vejo com clareza que essa promessa de democratização não só ficou truncada, como se transformou em seu oposto. As redes não são neutras, são projetadas para estimular nossas vulnerabilidades cognitivas e emocionais. Por isso, não basta mais usá-las “bem”, é preciso repensá-las, criticá-las, desobedecer a suas lógicas mais nocivas. E voltar a pensar - como sociedade - que tipo de colóquio público queremos ter.

Outro aspecto das redes, conforme você observa, é que a sua lógica acabou permeando a forma de pensar e conviver. Você poderia me dar um exemplo disso e explicar por que isso aconteceu?

Penso que vemos isso todos os dias, ainda que nem sempre registramos. Um bom exemplo é como as redes modificaram a própria ideia de confiança. Por muito tempo, confiávamos nas instituições: meios de comunicação, universidades, especialistas... Hoje, ao contrário, muitas pessoas desconfiam delas, mas acreditam cegamente em um influencer desconhecido que “parece autêntico”.

Outro exemplo é a cultura do cancelamento. Ao contrário do escracho dos anos 1990, que tinha uma lógica de cunho político, o cancelamento é muitas vezes impulsivo, alimentado pelo próprio design das redes: a necessidade de reação rápida, a busca por likes, o pertencimento a uma manada digital. Essa lógica da hiperestimulação nos impede de pensar com profundidade e nos torna mais reativos do que reflexivos.

As redes e o uso da inteligência artificial podem acabar aniquilando a ideia de verdade como ordenadora do conhecimento e da informação?

Não acredito que a aniquilem por completo, mas, sim, estão enfraquecendo seriamente seu papel tradicional. As redes e a inteligência artificial não são simplesmente tecnologias neutras. São projetadas para capturar nossa atenção, não para garantir a veracidade.

Isso significa que aquilo que se difunde ou viraliza não é necessariamente o verdadeiro, mas o mais atraente, o mais indignante ou o mais emocional. E isso tem um efeito corrosivo sobre o lugar que a verdade ocupava em nossos colóquios públicos.

Além disso, os algoritmos que decidem o que vemos e o que não vemos operam com lógicas obscuras e enviesadas. Reproduzem padrões bem-sucedidos do passado, consolidam o status quo e tendem a reforçar nossas bolhas. Não buscam ampliar nossos horizontes, mas, sim, nos manter fisgados.

O uso da tecnologia, que nos orienta pelas ruas, escreve por nós, encontra o que precisamos e seleciona o que sabe que gostamos, está nos tornando menos inteligentes?

Eu não diria que está nos tornando menos inteligentes, mas que está nos transformando. Talvez não estejamos vivendo um declínio geral da inteligência, mas, sim, um redesenho de nossas capacidades cognitivas. Delegamos funções que antes exercíamos: recordar, orientar-nos com um mapa de papel, buscar bibliografias ou referências em livros, escrever... Parece que temos menos atenção sustentada, menos pensamento profundo e mais estímulos. Perder a nossa capacidade de leitura profunda não é apenas não ter mais uma habilidade intelectual, mas perder uma forma de pensar com outros tempos e sutilezas.

Além disso, vivemos em um estado de “agora perpétuo”, sempre atualizando, clicando, respondendo. Temos dificuldade de manter a atenção, ler um texto longo, tolerar o vazio. Essa intolerância temporal - a urgência constante de informação – corrói a nossa capacidade de reflexão. A inteligência, neste contexto, não é saber usar bem a tecnologia, mas saber quando não usá-la, como resistir ao seu automatismo, como exercer nossa autonomia frente ao conveniente. E aqui, acredito, a filosofia pode ajudar muito.

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