17 Junho 2025
Índice de Progresso Social avalia cidades brasileiras em Necessidades Básicas, Bem-Estar e Oportunidades
A reportagem é publicada por Sul21, 16-06-2025.
Porto Alegre aparece na 22ª colocação no Rio Grande do Sul e na posição 251 no Brasil no Índice de Progresso Social (IPS), indicador divulgado em maio pelo IPS Brasil. Segundo os elaboradores do estudo, o Índice de Progresso Social é uma metodologia que avalia a qualidade de vida da população no Brasil que leva em contas se as pessoas “têm o necessário para prosperar”.
O IPS avalia uma série de componentes e indicadores que tentam responder três perguntas:
— As necessidades essenciais estão sendo atendidas?
— As condições para o bem-estar estão garantidas?
— Existem oportunidades para todos alcançarem seu máximo potencial?
A área das necessidades humanas básicas tem como componentes Nutrição e Cuidados Médicos Básicos, Água e Saneamento, Moradia e Segurança Pessoal, sendo cada um desses itens subdivididos em indicadores como cobertura vacinal, mortalidade infantil, assassinatos de mulheres, abastecimento de água, entre outros.
A área de Bem-Estar avalia o Acesso ao Conhecimento Básico, Acesso à Informação e Comunicação, Saúde e Bem-estar e Qualidade do Meio Ambiente. Já a área de Oportunidades avalia Direitos Individuais, Liberdades Individuais e de Escolha, Inclusão Social e Acesso à Educação Superior. Cada indicador é avaliado como relativamente forte, neutro, fraco ou fraco.
Numa escala de 1 a 100, Porto Alegre registrou um IPS de 66,1, o que é considerado relativamente forte (confira aqui o detalhamento completo). Os principais componentes positivos da nota da Capital gaúcha foram Água e Saneamento, Direitos Individuais, Liberdades Individuais e de Escolha e Acesso à Educação Superior, todos considerados relativamente fortes.
Por outro lado, o destaque negativo ficou por conta dos componentes Moradia, Inclusão Social e Acesso ao Conhecimento Básico, todos considerados relativamente fracos. Entre os indicadores negativos da cidade, destacam-se a Evasão do Ensino Médio, Distorção Idade-Série no Ensino Médio, Famílias em Situação de Rua, Domicílios com Coleta de Resíduos Adequada, Assassinatos de Jovens e Índice de Vulnerabilidade Climática dos Municípios (IVCM), entre outros considerados relativamente fracos.
Na comparação com Curitiba (PR) e Florianópolis (SC), outras duas capitais da região sul, Porto Alegre aparece atrás. A capital paranaense registrou IPS de 69,89, sendo a 12 colocada no Brasil, enquanto a capital catarinense registrou IPS de 67,91, a 73ª posição no País.
Destaca-se que o resultado acontece mesmo Porto Alegre tendo uma renda per capita maior, R$ 59.135,5, do que Florianópolis (R$ 41.166,88) e Curitiba (R$ 53.967,74).
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