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Eu, católico e doente, lhes digo que lutar contra a dor não é pecado. Artigo de Enzo Bianchi

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01 Abril 2025

"Deus não sabe o que fazer de nossa dor, ele não é um Zeus que precisa de nosso sangue e lágrimas. Dizer a alguém: 'Ofereça sua dor e doença a Deus' (infelizmente isso acontece) é uma blasfêmia", escreve o monge e teólogo italiano Enzo Bianchi, prior e fundador da Comunidade de Bose, em artigo publicado por La Stampa, 27-03-2025. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

Nos últimos três anos de minha velhice, experimentei muitas vezes a dor física, a dor vivida em meu corpo devido à doença e a tratamentos longos e pesados. Experimentei o que quase todos, mais cedo ou mais tarde em sua existência, experimentam penosamente, com sofrimento e, acima de tudo, esmagados pelo enigma do porquê. Sabemos que o ser humano é o homo patiens, que conhece o sofrimento e não pode escapar dele. O sofrimento pode ser moral, psíquico (não há como escapar do sofrimento por amor ou por um ideal do qual se quer dar testemunho em um mundo hostil), mas o sofrimento físico que agride o corpo em um determinado momento parece claramente estranho, mais difícil de entender e suportar.

Por que se sofre? Unde malum? De onde vem o mal?

As religiões, as espiritualidades e a filosofia tentaram dar uma explicação, mas na realidade continua sendo um enigma. No cristianismo, foi fabricada uma imagem de Deus, na verdade perversa, mas que atravessou os séculos e só recentemente foi lida não como a palavra de Deus, mas como uma palavra humana contra Deus. Todos nós temos em nosso íntimo um sentimento de culpa que emerge e assume as formas da doutrina católica: somos assaltados pelo mal e pela morte porque pecamos. Ainda em nossos dias, há autoridades eclesiásticas que explicaram primeiro o HIV e depois a pandemia como consequência do pecado dos seres humanos, principalmente por causa da liberdade sexual que foi instaurada, e assim, quando uma doença nos atinge, a primeira reação é: “O que eu fiz de errado?” Mas essa é uma doutrina típica de homens religiosos que fabricaram a imagem do Deus juiz implacável, um espião que olha para os pecados e os desenterra, um pouco como a ação de certos padres... Mas Jesus de Nazaré nos falou de outro Deus: um Deus que ama sem que tenhamos de merecê-lo, um Deus que antecipa o perdão de nossas culpas, um Deus que quer a vida e não a morte daqueles que pecam.

De onde vem o mal? Certamente não de Deus. Alguns propõem que venha de nós mesmos, de nosso comportamento, a começar pela maneira como vivemos na natureza e respeitamos o meio ambiente, até o mal que nos advém de nosso mau comportamento em relação aos outros por trilharmos caminhos de morte. Outros males vêm de nossa condição de seres humanos “mortais”, como os gregos diziam, seres humanos frágeis, que nascem, crescem, decaem e morrem em harmonia com todo o universo que vive esse ciclo de vida.

É claro que o sofrimento físico é escandaloso: o da criança que está morrendo, o do idoso doente....

Quanta dor física existe no mundo! E que fique claro: Deus não pode fazer nada! Ele não pode intervir, a não ser enviando o Espírito Santo, que permite ver pepitas de luz onde há apenas escuridão, que permite a esperança de que a dor física acabe e exista uma vida “outra”, em um mundo “outro”. Toda a pregação de Jesus, seu encontro com aqueles que sofrem, poderia ser resumida nesta mensagem: “Bem-aventurados vós que sofreis, mas vosso é o reino dos céus”.

Os cristãos, que muitas vezes se consideram como tal porque são movidos por um sentimento religioso genérico, oferecem a Deus sua dor, oferecem a Deus seu sofrimento. Mas Deus não sabe o que fazer de nossa dor, ele não é um Zeus que precisa de nosso sangue e lágrimas. Dizer a alguém: “Ofereça sua dor e doença a Deus” (infelizmente isso acontece) é uma blasfêmia. Há também aqueles que, na esteira de Nietzsche, afirmam que a dor tempera, faz bem, eleva o indivíduo acima da estéril cotidianidade, forja um espírito de luta, mas na realidade quase sempre embrutece, torna mais egoístas, mais fechados... e mais propensos à guerra! Essas afirmações deveriam ser excluídas de qualquer caminho de humanização: sofrer por amor faz sentido, sofrer para dar testemunho de Cristo faz sentido, o sofrimento físico não tem nenhum sentido! Digo e repito isso após experiências de dor.

É por isso que os cuidados paliativos são de suma importância, pois extinguem a dor e evitam qualquer tratamento obstinado. Infelizmente, esses cuidados não são acessíveis em todo o país, apenas em alguns lugares, nem todos podem ter acesso a eles, em parte porque ainda falta uma cultura da dor. No entanto, essa é a única maneira de humanizar a dor e, mesmo que esses tratamentos encurtem a vida, eles devem ser praticados para que a dignidade da pessoa doente seja respeitada e reverenciada.

Mas que a guerra contra a dor seja sem trégua!

Leia mais

  •  A dor física é insensata. Deus não espera o nosso sangue. Artigo de Enzo Bianchi 
  • “Viver sem dor é impensável”. Entrevista com David Le Breton
  • “O próprio Deus já presenciou e participou do sofrimento. Nesse sentido, Deus é mais pathos que logos”. Entrevista especial com Alonso Gonçalves
  • "O sofrimento não tem nenhum sentido. O problema é que ainda não temos uma cultura da dor". Entrevista com o monge Enzo Bianchi
  • O antídoto para o medo de Deus e da morte. Artigo de Enzo Bianchi
  • O sofrimento e a fé
  • Renúncia suprema. O suicídio em debate. Revista IHU On-Line, Nº 515
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