27 Fevereiro 2025
"Um gesto que não era, de forma alguma, previsto nem esperado, e que abre um fio de luz nas névoas do clima internacional de onde provêm tantos sinais ruins", escreve Tonio Dell'Olio, padre italiano, jornalista e presidente da associação Pro Civitate Christiana, em artigo publicado por Mosaico di Pace, 21-02-2025. A tradução é de Luisa Rabolini.
Era de se esperar que as Igrejas locais e seus pastores se reunissem em oração para implorar o dom da cura para o Papa Francisco. Mas o fato de os muçulmanos também lhe expressarem sua proximidade de forma oficial e pública não fazia parte do “protocolo”.
No que diz respeito às relações entre diferentes religiões, e graças a um processo que começou há anos, talvez desde aquele 27-10-1986 que inaugurou o “espírito de Assis”, os tempos mudaram. Assim, lemos hoje a carta endereçada a Francisco pela União das Comunidades e Organizações Islâmicas da Itália (UCOII). O texto enfatiza a importância do papel do Papa Francisco na promoção da paz, da justiça e do diálogo entre as diferentes religiões e culturas, especialmente em um momento histórico tão delicado.
A carta destaca como “a voz do Papa representa um farol de esperança e um símbolo de fraternidade para muitos, e como a União se une em oração para que possa voltar à forma o mais rápido possível”. Um gesto que não era, de forma alguma, previsto nem esperado, e que abre um fio de luz nas névoas do clima internacional de onde provêm tantos sinais ruins.