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“A violência relacionada às armas é um problema também espiritual”. Entrevista com Shane Claiborne

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07 Novembro 2024

Pastor evangélico e autor de livros que defendem a não violência e a solidariedade, Shane Claiborne é uma figura do cristianismo social. Morando num bairro pobre da Filadélfia, ele compartilha aqui a sua luta contra a cultura da violência ligada às armas, um flagelo estadunidense.

A entrevista é de Henrik Lindell, publicada por La Vie, 05-11-2024. A tradução é do Cepat.

Shane Claiborne é uma das referências do cristianismo radical e pacifista nos Estados Unidos. De origem evangélica, este pastor lidera um ministério ecumênico, trabalhando, por exemplo, com o movimento Catholic Worker na Filadélfia. Um dos seus livros foi traduzido para o português: A revolução irresistível. Gente comum, vida radical (São Paulo: Garimpo Editorial, 2014).

Eis a entrevista.

Diante dos tiroteios que frequentemente enlutam o seu país, o porte de armas tornou-se uma questão eleitoral. Kamala Harris propõe especialmente a proibição dos rifles de assalto em nível federal, mas os republicanos a acusam de ser liberticida. Qual a sua opinião sobre esta violência?

Cerca de 120 pessoas morrem todos os dias em nosso país devido à violência ligada às armas. Isso são cerca de 44.000 pessoas por ano. Desde o ano em que nasci, 1975, perdemos mais vidas em decorrência desta violência do que baixas estadunidenses nas muitas guerras que este país travou desde a sua criação. Somos o único país desenvolvido do mundo que tem mais armas em circulação do que seres humanos!

Para mim, como cristão, esta questão não é uma questão de direita ou esquerda, mas de bem ou mal. Nós devemos proteger a vida. Às vezes me dizem que não se trata de um problema ligado às armas, mas relacionado ao que as pessoas têm no coração. Eu respondo que pode ser as duas coisas. Mas é evidente que devemos, de agora em diante, restringir o acesso às armas para que o ato de matar se torne mais difícil. Isto precisa mudar.

Com um amigo, Michael Martin, você lançou uma iniciativa para recolher armas e transformá-las em ferramentas de jardinagem. Por que esta iniciativa?

Para mostrar que as coisas podem ser diferentes. Como cristãos, devemos tentar imaginar um mundo melhor. Acredito que uma mudança na opinião pública é possível nos Estados Unidos. Vemos isso entre os jovens cristãos. Muitos deles querem acabar com esta violência. Eles também são contra a pena de morte. As estatísticas mostram que os crentes “milenaristas”, nascidos depois de 1980, querem regras que sejam mais favoráveis à vida em geral. Tendo aprendido a se proteger numa escola caso um atirador entrasse, um problema que os seus pais enfrentaram menos, esta violência é muito real para eles e já não suportam as desculpas. Eles estão tirando os Estados Unidos da sua letargia.

Tomemos como exemplo a NRA (National Rifle Association), o lobby das armas. Esta associação é realmente muito influente em termos políticos. Mas 60% dos proprietários de armas discordam das suas posições extremistas. E 90% dos proprietários de armas não fazem parte dela. A NRA reivindica 5 milhões de membros. Mas uma organização como a Moms Demand Action (“Mães exigem ação”, uma organização que faz campanha por regulamentações mais rigorosas sobre as armas de fogo, nota do editor) reúne pelo menos 6 milhões de membros. O que nos falta é a lei do bom senso.

Você mora, com a sua família, e toca seu movimento cristão The Simple Way em Kensington, um bairro muito pobre no norte da Filadélfia. Você já testemunhou algum tiroteio lá?

Sim, claro. Certa vez, um jovem foi morto a tiros em frente à nossa casa. Foi justamente porque é tão comum que começamos a recolher as armas e a transformá-las em algo útil. Mas, nos últimos anos, tivemos mais mortes relacionadas com armas de fogo do que nunca na Filadélfia e especialmente em Kensington (que é um dos bairros mais violentos dos Estados Unidos, nota do editor). No nosso país, temos o direito de usar armas que chegam a disparar 100 balas por minuto. O rifle de assalto AK-47 (Kalashnikov, nota do editor) ainda é legal. Entretanto, o legislador tem o prazer de ter introduzido uma lei que proíbe o porte de facas cuja lâmina exceda os 10 cm! Houve uma época em que tínhamos uma lei que proibia a compra de mais de uma arma por mês – ou seja, 12 por ano no máximo –, mas foi revogada por ser muito restritiva. No entanto, hoje, muitos proprietários de armas querem leis mais rígidas na Pensilvânia contra as armas de assalto.

Você mesmo vem de uma formação cristã onde é normal ter porte de arma. O que o fez mudar de ideia?

Eu sou do leste do Tennessee. Meu pai era militar. Eu estava confortável com a combinação de Deus e armas. Eu também era a favor da pena de morte. Mas quanto mais me aproximava de Jesus, mais perturbado ficava com as contradições que via na Igreja, especialmente no que diz respeito à violência. O que quero dizer com isto é que não se trata apenas de um problema político. É um problema também espiritual.

Os cristãos, especialmente os evangélicos, são o maior grupo de pessoas que possuem armas. Metade dos evangélicos possui armas, enquanto dois terços dos estadunidenses não. Ou seja, nesta questão somos um obstáculo à vida, embora nos autodenominemos pró-vida. Porque não basta ser apenas pró-nascimento. Devemos também garantir que a criança possa viver e crescer! Eu tenho uma pá feita de uma arma. A culatra serve como alça. Às vezes mostro para meus amigos evangélicos e digo: é assim que uma arma fica quando ganha vida nova!

Em seu livro Beating Guns, publicado em 2019, você denuncia uma série de mitos relacionados às armas nos Estados Unidos. Mas você também parece estar sugerindo que uma arma é inerentemente má, especialmente para um cristão. O que quer dizer?

Uma arma e uma cruz nos dão duas versões de poder muito diferentes. A cruz nos diz que estamos prontos para enfrentar a morte. A arma diz que estamos prontos para matar. A cruz nos diz que devemos amar o nosso inimigo. A arma nos diz que devemos nos defender. Em algum momento chegamos a um ponto em que devemos aceitar que é impossível obedecer a dois senhores.

Na nossa cultura estadunidense, a violência muitas vezes leva à redenção. Mas você não encontrará nenhum vestígio dessa ideia nas palavras de Jesus. Matar alguém é sempre errado, seja nas ruas ou na prisão. A violência é sempre a doença, nunca o remédio.

O profeta Isaías disse que o Senhor “será o juiz das nações, o árbitro de muitos povos” e que “o povo transformará as espadas em enxadas (…). Uma nação não levantará mais a espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerra” (Is 2, 4). O profeta Miquéias tem palavras semelhantes. Ao contrário do que às vezes ouvimos, estes profetas não estavam desenhando o futuro. Eles falavam a verdade e queriam mudar o futuro fazendo-nos entender que as coisas podem ser diferentes! A paz não começa com os reis e presidentes, nem com os legisladores. A paz começa com pessoas que não suportam mais a guerra. E é isso que estamos começando a ver nos Estados Unidos. Agora há uma opinião pública massiva contra a violência das armas. Essas pessoas acabarão sendo ouvidas pelos políticos.

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