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01 Novembro 2024

É a Palavra de Deus que nos obriga a sair do torpor cultural anestesiante do supermercado consumista global, para nos chamar ao nosso destino de povo.

O comentário é de Cesare Baldi, presbítero da Diocese de Novara, na Itália, e diretor do Instituto Pastoral da Universidade Católica de Lyon, na França.

O artigo foi publicado por Viandanti, 01-10-2024. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto.

A noção de “povo de Deus” para expressar a realidade eclesial foi estabelecida na Igreja Católica durante o último concílio ecumênico, e o Papa Francisco a reafirma com insistência, mas ainda não nos parece suficientemente aprofundada em nível teológico, sendo pouco assimilada em nível pastoral e substancialmente desconhecida em nível jurídico.

Tomar consciência de uma nova identidade

A constituição dogmática Lumen gentium a propõe como conceito determinante para descrever a própria Igreja. Depois de apresentar o mistério da realidade eclesial no primeiro capítulo, ela dedica o segundo justamente à noção de “povo”, como conceito-chave para expressar o desígnio universal de salvação: “Aprouve a Deus salvar e santificar os homens, não individualmente, excluída qualquer ligação entre eles, mas constituindo-os em povo” (LG 9).

Acreditamos que uma pastoral do povo de Deus é possível e realizável, mas demanda um certo número de mudanças na práxis eclesial atual, de modo a permitir a efetiva assunção da chamada “eclesiologia de comunhão”, que surgiu precisamente no último Concílio e foi reafirmada em diversas ocasiões pelos papas e sínodos como “ideia central e fundamental dos documentos do Concílio” [1].

Tal visão teológica se centra precisamente na passagem de uma Igreja identificada como “sociedade perfeita” hierarquicamente ordenada para uma “Igreja-comunidade”, sinal e instrumento de comunhão com Deus e de unidade do gênero humano (cf. LG 1).

Ora, para realizar tal mudança de paradigma, é preciso que todo o povo de Deus tome consciência da nova identidade, assuma-a e vista-a, habite-a.

Para que isso ocorra, acreditamos que são necessárias pelo menos três condições: a primeira é que nos reconheçamos como um povo de irmãos e irmãs, segundo a conhecida frase evangélica que nos convida a nos considerarmos assim e a não chamar nenhum de nós de “pai” (cf. Mt 23,9).

A segunda é que assumamos uma consciência coletiva, fundamentada na estrutura comunitária sinodal do nosso “fazer igreja”. Ou seja, devemos aprender a sentir o que somos, um agregado de identidades dispersas que se tornaram “povo” (cf. 1Pd 2,10).

A terceira é que superemos a perspectiva consumista que polui as relações internas do nosso povo, para as fundarmos em relações de solidariedade e de participação livre, plenamente conscientes de que todos compartilhamos a mesma herança (cf. Ef 3,6).

Três indicações que emergem facilmente no sentimento comum dos fiéis e até nas conversas que ouvimos na sacristia.

Uma frase sintomática

“Padre, gostaria que se celebrasse uma missa em tal dia. Quanto lhe devo?” Nessa simples frase, aparentemente inócua e pronunciada com naturalidade, reside o motivo do atual declínio da Igreja Católica e reemergem precisamente as três condições que acabamos de elencar, mas de forma negativa, isto é, como obstáculos à realização de uma pastoral do povo de Deus.

A primeira já pode ser percebida no título com que o fiel se dirige ao sacerdote: “padre”. Trata-se de uma expressão que ouvimos muitas vezes em línguas e latitudes díspares e que pronunciamos sem prestar atenção à incoerência com o texto do Evangelho, no qual Jesus diz expressamente: “Aqui na terra, não chameis a ninguém de pai, pois um só é vosso Pai, aquele que está nos céus” (Mt 23,9).

Embora se trate de um imperativo e, portanto, de um mandato, o uso do título “padre” se difundiu ao longo dos séculos, como exceção à injunção evangélica, em favor de uma forma deferente de respeito pela figura sacerdotal. Contudo, permanece subentendida – e é isso que nos preocupa – a visão de uma Igreja em que os “pais” são bem diferentes dos “filhos”, os sacerdotes dos fiéis, o clero do “povo”, entendido como uma massa a ser guiada e governada.

Como é que uma visão de Igreja que não só divide os pais dos filhos, mas também os pais/padres entre si (distinguindo três graus do sacerdócio: diaconato, presbiterado e episcopado) e também os filhos entre si (separando os “mais consagrados”, ou seja, os religiosos, dos leigos), pode ainda corresponder plenamente ao enunciado de Jesus: “Vós sois todos irmãos” (Mt 23,8)? Da fraternidade evangélica, passamos à estruturação hierárquica por meio de um processo preciso que tentaremos identificar e que nos impede de nos reconhecermos como parte de um mesmo povo.

Detalhe “irrelevante”?

O segundo sinal contido na frase emblemática citada acima está no verbo “fazer celebrar”. Em vez de considerar a celebração como uma ação coletiva comunitária, a expressão trai uma visão em que quem celebra é o sacerdote, aquele a quem se dirige e a quem se deve pagar pelo serviço.

Deveria ser óbvio que uma missa não se “faz celebrar” por alguém, mas é “celebrada” junto com alguém, porque – ensina-nos o Papa Bergoglio – “é a Igreja, Corpo de Cristo, o sujeito celebrante, não só o sacerdote” [2]. Porém, isso não é óbvio; pelo contrário, na linguagem atual parece exatamente o contrário, e essa confusão doutrinal é aceita como uma imprecisão, uma espécie de simples erro expressivo.

A falta de uma consciência de povo se fundamenta justamente, por um lado, nessa falta de clareza doutrinal dos fiéis, evidenciada pelas recentes pesquisas sociológicas sobre o mundo católico [3], e, por outro lado, em uma igualmente preocupante falta de formação daquele clero que deveria iluminar, sustentar e confirmar os fiéis, compartilhando seu destino de povo. A divisão entre quem oficia e quem presencia, atores e público, sacerdotes e fiéis, constitui assim a segunda característica-chave que impede uma pastoral de povo e o desenvolvimento consequente de uma consciência comum.

Clientes e fornecedores

O terceiro sinal problemático, contido no pedido de fazer celebrar uma missa, é aquele com que o fiel conclui seu pedido ao sacerdote: “Quanto lhe devo?” Também nesse caso, a expressão pode nos parecer normal, pois se refere a uma oferta que “normalmente” corresponde a tal pedido.

Porém, se não nos contentássemos com tal normalidade e analisássemos mais a fundo as raízes dessa expressão, descobriríamos pelo menos dois aspectos problemáticos. Um de ordem canônico-doutrinal, sobre a relação entre o sacramento (a missa) e a intenção da pessoa que o solicita; o outro de ordem sociológico-pastoral, sobre o processo de monetização ou de comercialização do sagrado.

Esse processo é ainda mais inerente à nossa sociedade de consumo, em que a Igreja, na pessoa do sacerdote, é vista como uma instituição de serviço, assim como um hospital, uma academia de ginástica ou um centro comercial, à qual se pede uma atividade em troca de um pagamento em dinheiro: quanto lhe devo?

Cada vez que pronunciamos essa frase, revestimo-nos mais ou menos conscientemente do papel de clientes, que se relacionam com um fornecedor. Na Igreja, contudo, essa relação não é apenas enganosa, mas também francamente escandalosa.

O ministro ordenado não é o fornecedor do sagrado como o padeiro nos fornece o pão. Separado do resto do povo, o clero se torna vítima da lógica binária de cliente-fornecedor típica da atual mentalidade consumista que o marginaliza entre os fornecedores de bens efêmeros, dos quais se pode facilmente prescindir.

Três funções pastorais

Estratificação, dispersão e marginalização: eis os três elementos obscuros escondidos na frase aparentemente inócua mencionada acima. Constituem três graves obstáculos a superar, se quisermos pôr em prática uma pastoral do povo de Deus. Eles afetam diretamente os pilares do agir eclesial, as três tarefas pastorais que o Papa Ratzinger sublinha como expressões inseparáveis ​​da natureza eclesial: o anúncio da Palavra de Deus (martyria), a celebração dos sacramentos (leiturgia) e o serviço da caridade (diakonia) [4].

O serviço da caridade refere-se à função régia (munus regendi), que costuma ser lida como um ofício de governo, em vez de concretizar o convite evangélico a reunir e guardar o rebanho na caridade, visto que falta no Código de Direito Canônico um livro específico sobre o exercício dessa função (tal como existe para as outras duas).

O ofício sacerdotal (munus sanctificandi) é exercido na liturgia e na celebração dos sacramentos, que absolutamente não são apanágio exclusivo do clero, mas separamos os fiéis dos “celebrantes”, e a participação deles na liturgia não é indispensável (cf. cân. 837, § 2).

Por fim, o anúncio da Palavra de Deus refere-se à função profética, que, em vez de ser vivida de forma comunitária e sinodal, é interpretada como função de ensino (munus docendi), separando o único povo de Deus em duas partes distintas, uma que ensina, outra que aprende, mesmo que todas juntas possuam a infalibilidade “in credendo”.

Em suma, ainda são muitos e pouco visíveis os detalhes que traem uma perspectiva societária, divisionista e hierárquica de uma ótica comunitária, inclusiva e igualitária. Na verdade, é a Palavra de Deus que nos obriga a sair do torpor cultural anestesiante do supermercado consumista global, para nos chamar ao nosso destino de povo, unido pelo amor divino por amor ao humano.

Notas

[1]. João Paulo II, Encíclica Ecclesia de Eucharistia sobre a Eucaristia na sua relação com a Igreja, n. 34, que por sua vez se refere ao Sínodo dos Bispos de 1985.

[2]. Francisco, Carta Apostólica Desiderium desideravi sobre a formação litúrgica do povo de Deus, n. 36.

[3]. Veja-se a pesquisa a esse respeito de F. Garelli, "Gente di poca fede: il sentimento religioso nell’Italia incerta di Dio" (Bolonha: Il Mulino, 2020). Ou em particular, sobre o tema da falta de clareza doutrinária, "La santa ignoranza. Religioni senza cultura", de O. Roy (Milão: Feltrinelli, 2017).

[4]. Cf. Bento XVI, Encíclica Deus caritas est sobre o amor cristão, n. 25.

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