“Geleira do Fim do Mundo” pode derreter mais rápido do que o esperado, apontam cientistas

Geleira do Fim do Mundo | Foto: Rodrigo Soldon / Flickr

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25 Setembro 2024

Cenário de derretimento extremo ainda não pode ser descartado, já que as emissões de gases de efeito estufa continuam batendo novos recordes a cada ano.

A reportagem é publicada por ClimaInfo, 25-09-2024.

A ação das marés na parte inferior da geleira Thwaites, na Antártica, irá “inevitavelmente” acelerar seu derretimento neste século, segundo um novo levantamento de cientistas da International Thwaites Glacier Collaboration (ITGC). Os pesquisadores alertam que o derretimento mais rápido pode desestabilizar toda a camada de gelo da Antártica Ocidental, levando ao seu eventual colapso.

A enorme geleira – que tem aproximadamente o tamanho da Flórida – desperta interesse especial dos cientistas devido à rapidez com que está mudando e ao impacto que sua perda teria sobre o nível do mar (razão pela qual é chamada de “geleira do Juízo Final”). Ela também atua como uma âncora, segurando a camada de gelo da Antártica Ocidental, explica a Bloomberg.

Os cientistas do ITGC disseram que um cenário de derretimento extremo ainda não pode ser descartado, já que as emissões de gases de efeito estufa continuam batendo novos recordes a cada ano. Combinado com o derretimento de outras partes da Antártica, da Groenlândia e de geleiras montanhosas ao redor do mundo, além da expansão térmica dos oceanos aquecidos, o derretimento da “geleira do Juízo Final” poderia elevar o nível do mar em 1,8 metros até 2100, destaca a Inside Climate News.

Muitas comunidades costeiras não seriam capazes de se adaptar a esse aumento do nível do mar nesse intervalo de tempo, e é provável que milhões de pessoas sejam deslocadas. Inundações costeiras extremas devastariam cidades baixas, bairros residenciais, terras agrícolas e ecossistemas naturais. E o aumento no nível da água poderia engolir completamente algumas pequenas ilhas em pouco tempo.

Glaciólogos reconheceram a vulnerabilidade única de Thwaites e outras geleiras na Antártica Ocidental na década de 1970, lembra a Science. O gelo preenche uma imensa planície que fica abaixo do nível do mar e inclina-se para o interior. Essa topografia gerou temores de que, uma vez que Thwaites recue de uma crista de rocha, ou soleira, que ajuda a desacelerá-la, águas oceânicas quentes invadam a região, corroendo a parte inferior da geleira e acelerando seu recuo.

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