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A ONU divulga os novos números da população mundial e brasileira. Artigo de José Eustáquio Diniz Alves

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13 Julho 2024

"O mundo será um lugar melhor para se habitar se o decrescimento populacional dos países for acompanhado do aumento da renda per capita, de uma maior equidade social e de uma significativa redução da pegada ecológica e do déficit ambiental", escreve José Eustáquio Diniz Alves, doutor em demografia, em artigo publicado por EcoDebate, 12-07-2024.

Eis o artigo.

A Divisão de População da ONU disponibilizou no Dia Mundial de População, 11 de julho de 2024, as novas informações sobre a população mundial e os principais indicadores demográficos de todos os países e regiões do mundo. Estes dados são muito úteis para o conhecimento da dinâmica populacional nacional e internacional, mostrando os efeitos da pandemia da covid-19 e as projeções populacionais até 2100. Estes dados são fundamentais para o planejamento das políticas públicas, para a atuação da sociedade civil e para as decisões de investimentos da iniciativa privada.

O gráfico abaixo mostra os dados da população mundial, por grupos etários, entre 1950 e 2100. A população do planeta (em 1º de janeiro) era de 2,47 bilhões de habitantes em 1950, passou para 6,1 bilhões no ano 2000, deve atingir o pico populacional em 2084, com 10,3 bilhões de habitantes e diminuir ligeiramente para 10,2 bilhões de habitantes em 2100.

A população de 0 a 14 anos era de 858 milhões de pessoas em 1950, passou para 1,87 bilhão de habitantes no ano 2000, atingiu o pico em 2021, com 2,0 bilhões de pessoas e vai decrescer ao longo do século até atingir 1,68 bilhão de crianças e adolescentes em 2100. A população de 15 a 59 anos era de 1,4 bilhão de pessoas em 1950, passou para 3,7 bilhões no ano 2000, deve atingir o pico em 2067, com 5,8 bilhões de pessoas, para depois decrescer nas últimas 3 décadas do século, atingindo 5,6 bilhões de pessoas em 2100.

O único grupo etário que vai crescer continuamente durante todo o século XXI será o de 60 anos e mais de idade, que tinha apenas 195 milhões de idosos em 1950, passou para 600 milhões de idosos no ano 2000, chegou a 1 bilhão de pessoas em 2018, deve alcançar 2 bilhões de pessoas em 2048 e está projetado para chegar a 3 bilhões de idosos em 2100.

 

Pelas projeções da Divisão de População da ONU, a população total do mundo deve crescer 4,1 vezes entre 1950 e 2100, o grupo etário 0-14 anos deve crescer 2 vezes nos 150 anos em questão, a população de 15 a 59 anos deve crescer 3,9 vezes e a população de idosos de 60 anos e mais de idade deve crescer impressionantes 15,4 vezes no período. Isto quer dizer que a proporção de idosos na população total vai aumentar significativamente, caracterizando um profundo processo de envelhecimento populacional.

Em termos proporcionais, o grupo etário de 0-14 anos representava 34,7% da população total em 1950, caiu para 30,6% no ano 2000 e deve ficar em somente 16,5% da população total em 2100. O grupo etário 15-59 anos representava 58% da população total em 1950, subiu para 60,3% no ano 2000, chegou ao pico de 62,5% em 2010 e deve diminuir para 55% em 2100. Já o grupo de idosos de 60 anos e mais de idade que representava 7,9% da população total em 1950, chegou a 9,8% no ano 2000, atingiu 14% em 2023 e deve alcançar 30% da população total em 2100.

O gráfico abaixo mostra os dados da população brasileira, por grupos etários, entre 1950 e 2100. A população do Brasil (em 1º de janeiro) era de 52,6 milhões de habitantes em 1950, passou para 172,9 milhões no ano 2000, chegou a 209,9 milhões em 2022 (cerca de 6 milhões a mais do que indicou o censo demográfico brasileiro de 2022), deve atingir o pico populacional em 2042, com 219,3 milhões de habitantes e deve decrescer para 164 milhões de habitantes em 2100. Na segunda metade do atual século, o Brasil deve perder cerca de 50 milhões de habitantes.

A população brasileira de 0 a 14 anos era de 22 milhões de pessoas em 1950, chegou ao pico de 53,3 milhões de crianças e adolescentes em 1993 e deve decrescer ao longo do atual século até atingir 26,4 milhões de pessoas em 2100. A população brasileira de 15 a 59 anos era de 28,4 milhões de pessoas em 1950, passou para 108,4 milhões no ano 2000, deve atingir o pico em 2031, com 138,7 milhões de pessoas e deve decrescer para 80,4 milhões de pessoas em 2100. Portanto, a população em idade ativa de 15-59 anos deve perder cerca de 58 milhões de pessoas entre 1931 e 2100.

 

 

Pelas projeções da Divisão de População da ONU, a população total do Brasil deve crescer 3,2 vezes entre 1950 e 2100, o grupo etário 0-14 anos deve diminuir em cerca de 10% nos 150 anos em questão, a população de 15 a 59 anos deve crescer 2,8 vezes e a população de idosos de 60 anos e mais de idade deve dar um salto significativo de 31,2 vezes no período. Isto quer dizer que a proporção de idosos na população total do Brasil vai aumentar exponencialmente, caracterizando um profundo e rápido processo de envelhecimento populacional.

Em termos proporcionais, o grupo etário de 0-14 anos representava 42,5% da população total do Brasil em 1950, caiu para 30,2% no ano 2000 e deve ficar em somente 12% da população total em 2100. O grupo etário 15-59 anos representava 53,9% da população total em 1950, subiu para 62,7% no ano 2000, já atingiu o pico em torno de 66% na segunda década do século XXI e deve diminuir para 49% em 2100. Já o grupo de idosos de 60 anos e mais idade que representava 4% da população total em 1950, chegou a 7,7% no ano 2000, atingiu 15,3% em 2023 e deve alcançar 39% da população total em 2100.

Desta forma, os dados mundiais e brasileiros mostram duas megatendências demográficas: 1) o ritmo de crescimento da população está diminuindo e o futuro terá prevalência do decrescimento populacional; 2) haverá uma grande transformação da estrutura etária e um profundo e substancial incremento do envelhecimento populacional.

O decrescimento da população virá mais cedo no Brasil do que no mundo e, proporcionalmente, o Brasil terá um envelhecimento populacional muito mais rápido e profundo do que a média mundial. O número de idosos de 60 anos e mais de idade vai ultrapassar o número de crianças e adolescentes de 0 a 14 anos no ano de 2030 no Brasil e no ano de 2084 no mundo. Haverá uma inversão da pirâmide populacional.

Evidentemente, toda esta “revolução” demográfica traz desafios, mas também oportunidades. Como mostrei no artigo “A janela de oportunidade está se fechando e como enriquecer e envelhecer ao mesmo tempo”, publicado na Revista Longeviver (Alves, 2024), o fim do 1º bônus demográfico marca o término do período mais favorável ao crescimento econômico de qualquer país, mas não representa o fim da linha do progresso social. Com o processo de envelhecimento os países podem contar com o 2º bônus demográfico (bônus da produtividade) e com o 3º bônus demográfico (bônus da longevidade e da geração prateada).

O cenário do envelhecimento populacional com decrescimento demográfico é considerado por alguns autores e correntes ideológicas como “armadilha fiscal geriátrica” ou “inverno demográfico”. Mas esta visão pessimista – que de fato pode ocorrer nos países que não se adaptam à nova realidade demográfica – não prevalece naqueles países que constroem uma maior eficiência produtiva e que contam com o potencial contributivo da população da 3ª idade.

Como mostrei no artigo “O inverno demográfico da Romênia está se transformando em primavera social e ambiental”, publicado aqui no Portal Ecodebate (Alves, 26/06/2024), a Romênia estava com a população crescendo e com uma estrutura etária relativamente jovem na década de 1990 e apresentou redução da renda per capita do país. Mas nos anos 2000, mesmo com o decrescimento demográfico e o envelhecimento populacional, a Sérvia conseguiu aumento da renda per capita e melhoria nos indicadores ambientais.

A Romênia não é um caso isolado, pois países como Bulgária, Romênia, Sérvia, Países Bálticos, Portugal e vários outros transformaram o “inverno demográfico” em primavera social e ambiental. A Rússia, por exemplo, apresenta redução da população desde 1994 e tem conseguido registrar ganhos crescentes na renda per capita nos anos 2000. O Japão – que é um país muito rico – também apresenta decrescimento demográfico com melhoria da renda per capita e das condições ecológicas. Por fim, a China – que já apresenta decrescimento demográfico e perdeu o posto de país mais populoso para a Índia – é um dos países com maior crescimento da renda per capita na atual década.

O decrescimento demográfico e o envelhecimento populacional são tendências inexoráveis do século XXI, mas isto não implica necessariamente em retrocesso nos indicadores sociais. O mundo será um lugar melhor para se habitar se o decrescimento populacional dos países for acompanhado do aumento da renda per capita, de uma maior equidade social e de uma significativa redução da pegada ecológica e do déficit ambiental. Um mundo com menor quantidade de pessoas, pode ser um mundo com maior bem-estar humano e ecológico.

Não existem países ricos com estrutura etária jovem. Enriquecer e envelhecer são fenômenos sincrônicos. O futuro pode ser promissor para qualquer país se a sociedade civil, a iniciativa privada e as políticas públicas atuarem em conjunto para garantir uma educação universal e de qualidade, garantir uma saúde integral, garantir o pleno emprego e o trabalho decente e combater o etarismo.

O futuro de prosperidade depende de uma sinergia entre todos os grupos etários e da libertação do potencial produtivo e criativo da geração prateada que terá um peso cada vez maior na sociedade.

Referências bibliográficas

ALVES, JED. A janela de oportunidade está se fechando e como enriquecer e envelhecer ao mesmo tempo, Revista Longeviver, 1º trimestre de 2024. Leia aqui.

ALVES, JED. O inverno demográfico da Romênia está se transformando em primavera social e ambiental, Ecodebate, 26/06/2024, Leia aqui.

ALVES, JED. Demografia e Economia nos 200 anos da Independência do Brasil e cenários para o século XXI (com a colaboração de GALIZA, F), ENS, maio de 2022. Leia aqui.

Leia mais

  • O envelhecimento do envelhecimento no Brasil e no mundo. Artigo de José Eustáquio Diniz Alves
  • A feminização do envelhecimento populacional no Brasil e no mundo. Artigo de José Eustáquio Diniz Alves
  • As ondas do envelhecimento populacional no Brasil. Artigo de José Eustáquio Diniz Alves
  • Menos jovens e mais idosos no Brasil. Artigo de José Eustáquio Diniz Alves
  • População e transição demográfica no Brasil: 1800-2100
  • O envelhecimento da população idosa no Brasil
  • Tsunami grisalho. O envelhecimento populacional no Brasil
  • A revisão 2019 da ONU para as projeções populacionais do Brasil
  • Mais idosos do que jovens no eleitorado de 2022. Artigo de José Eustáquio Diniz Alves
  • O envelhecimento populacional compromete o crescimento econômico no Brasil?
  • O bônus demográfico no Brasil e no mundo segundo as novas projeções da ONU
  • Envelhecimento da população precisa ser priorizado nas políticas públicas
  • A pirâmide populacional brasileira por ‘classe’ social
  • O envelhecimento populacional segundo as novas projeções do IBGE
  • As diferentes velocidades do envelhecimento populacional
  • As projeções demográficas e o futuro da população mundial
  • Envelhecimento da população deve desacelerar crescimento econômico
  • Transição demográfica: Oportunidade de crescimento e redução da pobreza no Vale do Sinos
  • A Transição Demográfica nos 200 anos da Independência do Brasil
  • A contribuição do decrescimento populacional para o meio ambiente no século XXI
  • Bônus demográfico: os países enriquecem antes de envelhecer. Artigo de José Eustáquio Diniz Alves
  • O Índice de Envelhecimento no Brasil e no mundo

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