09 Julho 2024
O mês de julho é marcado para o Mês de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas em todo o mundo, segundo lembra dom Adilson Pedro Bussin, bispo de Tubarão (SC) e presidente da Comissão Episcopal Especial de Enfrentamento ao Tráfico Humano da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O presidente da comissão faz um chamado a comunicar e participar “na sua comunidade, pessoalmente”, algo que também pode ser feito “também os meios de comunicação social que estão aí perto, as mídias”.
A reportagem é de Luis Miguel Modino.
O objetivo, segundo dom Adilson Busin é “que tudo aquilo que se refere ao enfrentamento ao tráfico de pessoas, possa ser levado ao conhecimento nas escolas, nas comunidades onde nós celebramos, nos locais também públicos”. Daí a importância de que “sejamos nós também agentes e comunicadores, assumindo esta missão de enfrentamento ao tráfico de pessoas de onde nós estamos para o mundo também ser um mundo melhor, sem esta chaga que nos diz o Papa Francisco”.
O Núcleo de Belo Horizonte da rede um Grito pela Vida elaborou um roteiro orante, intitulado “Cuidado com a vida, prevenção ao tráfico de pessoas”, para que ao longo do mês de julho em que se realiza a Campanha do Coração Azul, possa ser refletido, rezado, e assumido um compromisso maior, em vista do 30 de julho, Dia Mundial de Prevenção ao Tráfico de Pessoas, e a defesa e o cuidado da dignidade e da integridade de todas as pessoas.
Foto: Divulgação | CNBB
Não podemos esquecer que “homens, mulheres e crianças são comprados e vendidos como escravos pelos novos mercadores de seres humanos”, o que tem que nos levar “a nos colocar diante do Senhor na confiança de que Deus vai no ajudando a acender as luzes necessárias pelo caminho”. Para isso, foi elabora o roteiro orante, com uma oração inicial, uma apresentação da realidade, que iluminada pela Palavra de Deus leva à reflexão, partilha e propostas de ação entre os participantes.
Não esqueçamos as palavras do Papa Francisco: “Sabemos que é possível combater o tráfico, mas precisamos chegar à raiz do fenômeno, erradicando as suas causas (…) É um apelo para não ficarmos parados, mobilizarmos todos os nossos recursos na luta contra o tráfico e restituirmos plena dignidade a quantos são vítimas do mesmo. Se fecharmos olhos e ouvidos, se ficarmos inertes, seremos cúmplices”. Tomemos consciência disso, o tráfico de pessoas pode ser combatido, só temos que abrir os olhos e os ouvidos, deixar de sermos cúmplices.
Dom Adilson Busin (Foto: Luis Miguel Modino)
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Roteiro orante para refletir sobre o tráfico de pessoas em vista do 30 de julho - Instituto Humanitas Unisinos - IHU