Estados Unidos pedem à União Europeia para adiar lei antidesmatamento

(Foto: Reprodução | WWF Brasil)

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25 Junho 2024

Governo Biden argumenta que legislação que obriga comprovação de que importações como chocolate, móveis e produtos pecuários foram feitas sem destruir florestas prejudicaria seus produtores.

A informação é publicada por Clima Info, 25-06-2024.

A lei antidesmatamento da União Europeia (UE) acaba de encontrar mais uma pedra de tropeço no seu caminho: o governo norte-americano. Depois de reações dos países latino-americanos, asiáticos e africanos, e dentro da própria UE, sobre a carga administrativa que a nova lei impõe aos agricultores e ao setor florestal, agora é vez dos Estados Unidos (EUA) unirem-se ao coro dos insatisfeitos. Em carta enviada no final de maio à Comissão Europeia – e revelada pela imprensa na semana passada – os norteamericanos pediram que a UE adie o início de sua implementação, previsto para 30 de dezembro deste ano.

A lei em questão, aprovada há dois anos, obriga produtores de commodities a comprovar que seus produtos vêm de terras livres de desmatamento após 2020, incluindo uma declaração com dados de geolocalização – algo que agora os EUA dizem não conseguir fazer. Madeira, papel e celulose são os setores que seriam mais afetados por essa regulamentação e, segundo a Associação Americana de Florestas e Papel (AF&PA), é impossível cumprir a regra porque papel e celulose são feitos de sobras de serraria e resíduos florestais misturados de diferentes fontes. A UE importou cerca de US$ 3,5 bilhões (R$ 19 bilhões) em produtos florestais americanos em 2022, de acordo com dados da Comissão de Comércio Internacional dos EUA.

Para os produtores brasileiros, que criticaram a medida por não abrir exceção para o desmatamento legal previsto pelo Código Florestal, trata-se de um aliado de peso para jogar para a frente o início do combate obrigatório ao desmatamento dentro das cadeias de fornecimento.

A notícia foi dada pela Reuters e pelo Financial Times, cuja matéria foi traduzida pela Folha de S. Paulo e repercutida por Capital ResetBarrons e Bloomberg, entre outros.

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