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Mozart, explorador da alma humana para além dos clichês

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01 Junho 2024

Menino-prodígio, popstar do século 18? É comum encaixar o compositor nessas gavetas. Festival de Würzburg mostra outras facetas e, partindo da culpa e redenção nas óperas mozartianas, traça pontes até a sociedade atual.

A reportagem é de Gaby Reucher e Augusto Valente, publicada por Deutsche Welle, 28-05-2024. 

A Flauta Mágica é uma das óperas mais adoradas do mundo; o rondó Marcha turca e a serenata musical KV 525 são famosos até como toque de celular. Costuma-se apresentar seu compositor, Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791), como popstar da música clássica: criatividade transbordante, luminoso, despreocupado.

Contudo mesmo suas obras mais leves geralmente abrigam um nível de profundidade, muitas vezes são testemunhos de conflitos psíquicos. E, como lembra a especialista mozartiana Evelyn Meining, "ele era uma criatura que trabalhava duro, compunha noite e dia".

Como diretora artística do Festival Mozart de Würzburg, na Baviera, ela quer promover uma nova imagem do compositor, liberta dos clichês, pois "Mozart é mais do que um bombom de Salzburg [a Mozartkugel] e mais do que um toque de celular". E certamente mais do que uma peruca empoada.

Em seus poucos anos de vida, o músico austríaco compôs cerca de 600 obras, entre as quais 41 sinfonias e 21 óperas, além de concertos, missas, peças de câmara e canções. "Contemplando a dimensão de sua obra gigantesca, numa vida tão breve, tem-se uma ideia de quantas horas e anos ele passou solitário, compondo", aponta Meining.

Menino-prodígio, rebelde, morte como indigente e posteridade

Desde pequenos, Wolfgang e sua irmã igualmente talentosa Anna Maria, "Nannerl", eram exibidos nas cortes como crianças-prodígio. O pai, Leopold, viajava com ambos por toda a Europa, numa sacolejante carruagem puxada a cavalos. Mais tarde Wolfgang desenvolveu uma ojeriza às figuras de autoridade, acabando por abandonar o serviço do arcebispo de Salzburgo a fim de seguir a carreira como autônomo em Viena.

Para os parâmetros da época, ele ganhava bem, mas os gastos sempre superavam o faturamento. Pouco antes da estreia da Flauta Mágica, adoeceu gravemente e, em dezembro de 1791, morreu, com pouco mais de 35 anos e, sem dúvida, uma multidão de composições inéditas na cabeça.

Ao contrário de outras figuras máximas da arte mundial, sua última morada nunca se transformou em local de peregrinação, pois foi sepultado como indigente, em meio a uma tempestade, numa vala comum cuja localização exata logo se perdeu.

"Mozart era diferente, não era como a média de seus contemporâneos", afirma Evelyn Meining, que também é professora de gestão cultural. Seu talento o impelia a criar sem parar, um gênio sem botão de desligar, que não sabia fazer uma pausa. E sua música vive de contrastes: luz e sombra, solidão e alegria plena.

Ele descreveu seus estados de espírito paradoxais em numerosas cartas à esposa, Konstanze. Em 1790, escreve: "Se a gente pudesse ver dentro do meu coração, me daria quase vergonha. Tudo é frio para mim, frio como gelo".

Entre as numerosas obras sacras do católico Amadeus Mozart, a última é o Réquiem KV 626, que ficou inacabado. No cristianismo, culpa e redenção ocupam um papel importante, e o compositor também se ocupou intensamente desses temas em suas óperas: no fim de Don Giovanni, o libertino protagonista, incapaz de remorso ou contrição, é arrastado para o inferno pela estátua do comendador que ele assassinara, após seduzir sua filha.

"Ninguém sabe traduzir a alma em sons tão bem quanto Mozart", afirma a especialista Meining. Assim ele continua ressoando na posteridade. E como a voz é o melhor espelho da alma, em 2024 o foco do festival de Würzburg são as óperas, canções e obras corais mozartianas.

"Assim fazem todas": jogo de desilusão e perdão

Grande exemplo de culpa e redenção transformada em teatro e música é a ópera Così fan tutte (Assim fazem todas), composta sobre um libreto do poeta italiano Lorenzo da Ponte e estreada em 1790: dois casais se enredam num caos de sentimentos quando o abastado – e cínico – Don Alfonso desafia os jovens amigos Ferrando e Guglielmo a testarem a fidelidade e devoção de suas noivas, as irmãs Dorabella e Fiordiligi.

A quinta – e essencial – engrenagem desse mecanismo de equívocos e ardis é a esperta e amoral criada Despina. Na superfície, é uma comédia irreverente em torno da quebra de votos – mas também uma exploração do caminho até a resignação filosófica que se sucede à perda dos ideais, a desilusão.

O terceto de despedida de Don Alfonso com as protagonistas femininas trata de desejos e anseios. Através de dissonâncias, Mozart carrega justamente a palavra "desir" (desejo) com uma grande tensão.

O musicólogo Ulrich Konrad, especialista em Mozart, descreve esse momento como um "incomparável símbolo sonoro". Para o jornalista musical e autor Wolfgang Stähr, as "contradições do sentimento humano nunca foram expressas dessa forma em música, antes".

Até fins do século 18, o perdão era um tema central da opera seria: os poderosos perdoavam os pecadores contritos, honra e fama eram atributo dos nobres. Così fan tutte parodia tais noções: todos os participantes, não importa de que classe social, têm sua parcela de culpa. E no fim todos se perdoam mutuamente – ou será que não?

"É preciso não se deixar enganar por essa superfície, que aparentemente desemboca num final feliz", alerta Meining. "Mozart mergulha por baixo dela, nas camadas profundas da condição humana." Para o grande maestro Nikolaus Harnoncourt (1929-2016), Così fan tutte era a ópera mais triste da história da música.

Da culpa alemã até uma sociedade de paz

Em suas óperas, Mozart retrata seres humanos que fracassam, expondo suas culpas sem, no entanto, condená-los. E não por acaso, em 2024 o slogan do Festival Mozart de Würzburg é Culpa e perdão, Mozart explorador de almas (Schuld und Vergebung, Seelenforscher Mozart). "Anticonvencional e aberto a experimentos", o maior evento da Alemanha dedicado ao compositor explora facetas sempre novas. E também procura pontos de contato com o presente.

Nesse espírito foi criado o projeto "Hell ist die Nacht" ("Clara é a noite"), que trata da culpa dos alemães no nazismo. Em 16 de março de 1945, portanto já no fim da Segunda Guerra Mundial, num intervalo de 20 minutos uma chuva de bombas da Força Aérea Real britânica destruiu 90% de Würzburg.

Cerca de 500 pessoas encontraram proteção no abrigo aéreo do Convento das Irmãs do Santo Redentor. Quase 80 anos depois, o local é palco de uma instalação músico-teatral: com poesia, relatos de testemunhas da época e, naturalmente, também música de Mozart, a culpa dos alemães é tematizada.

"Mesmo depois da Segunda Guerra, muitos alemães afirmavam que nada sabiam da perseguição dos judeus. E, claro, uma guerra também não é coisa de poucos", questiona Evelyn Meining. Perante o recrudescimento do extremismo de direita e das guerras em curso, esse tema volta a ser dolorosamente atual.

A instalação no convento também trata do caminho para uma nova vida, como sociedade pacífica. Assim, "aqui, partindo da culpa, pode começar um novo caminho para o futuro, com uma conduta responsável como sociedade e como indivíduos", exorta a diretora Evelyn Meining. A responsabilidade cabe a cada um.

Festival Mozart de Würzburg vai de 24 de maio a 23 de junho de 2024.

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