Área urbana no Brasil com risco de inundações e deslizamentos soma 3 cidades de São Paulo

Foto: João Miguel Rodrigues / unsplash

Mais Lidos

  • O drama silencioso do celibato sacerdotal: pastores sozinhos, uma Igreja ferida. Artigo de José Manuel Vidal

    LER MAIS
  • O documento que escancara o projeto Trump: um mundo sem regras, sem Europa e sem democracia. Artigo de Maria Luiza Falcão Silva

    LER MAIS
  • “A esquerda é muito boa em apontar injustiças, mas isso pode ser uma desculpa para não fazer nada”. Entrevista com Rutger Bregman

    LER MAIS

Assine a Newsletter

Receba as notícias e atualizações do Instituto Humanitas Unisinos – IHU em primeira mão. Junte-se a nós!

Conheça nossa Política de Privacidade.

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

21 Mai 2024

Situação é mais grave nas favelas, onde a cada 100 hectares urbanizados nesses aglomerados, 17,3 ficam em áreas suscetíveis a inundações, mostra levantamento do MapBiomas.

A informação é publicada por ClimaInfo, 21-05-2024.

Uma área de 4.700 km2 – equivalente a 3 vezes o tamanho da cidade de São Paulo (que tem cerca de 1.500 km2) e quase do tamanho do Distrito Federal – está sob risco de enchentes ou de deslizamentos em todo o país. Os dados são do MapBiomas e se referem ao ano de 2022. Não há dados mais recentes, mas a tendência segue de aumento na ocupação, dizem os pesquisadores.

Carlos Madeiro destaca no UOL que o Brasil permitiu que áreas fossem ocupadas de forma desordenada nos últimos 40 anos. Sem uma política habitacional adequada e adaptada aos aspectos climáticos, moradias surgiram em locais que deveriam ter construções proibidas por oferecer riscos, segundo o MapBiomas. Assim, entre 1985 e 2022, a expansão das áreas urbanizadas em áreas com risco de cheias aumentou 2,7 vezes. E São Paulo é hoje o estado com mais áreas nessa condição: 631 km².

A situação é mais grave nas favelas. A cada 100 hectares urbanizados nesses aglomerados, 17,3 ficam em áreas suscetíveis a inundações. “As favelas, que são áreas mais vulneráveis, são empurradas para terrenos menos valiosos e, por sua vez, mais suscetíveis a riscos. Isso acontece em todo o Brasil, de Norte a Sul”, destacou Julio Pedrassoli, pesquisador do MapBiomas.

Na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, uma em cada 5 residências ficam em áreas suscetíveis a enchentes, mostra um relatório da Associação Casa Fluminense repercutido pelo g1. E no Recife, um relatório do Instituto para Redução de Riscos e Desastres (IRRD), Instituto Keizo Asami (iLIKA) e Academia Pernambucana de Ciências (APC) aponta que 44% do território tem risco alto para inundações, destaca a Algomais.

E são as regiões costeiras do Brasil as mais vulneráveis a inundações e deslizamentos, diz o especialista em recursos hídricos Osvaldo Rezende, professor da Escola Politécnica da UFRJ. Segundo Rezende, de forma geral, a região costeira tem uma propensão muito grande a sofrer inundação, desde Macapá, capital do Amapá, até Pelotas, no Rio Grande do Sul, detalha a Agência Brasil.

Leia mais