• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

A atividade humana está colocando nosso planeta em perigo?

Mais Lidos

  • O futuro depende do modo como a Igreja se organiza e se adapta, diz o sociólogo

    Para onde vai a Igreja Católica? Entrevista especial com Carlos Eduardo Sell

    LER MAIS
  • Vozes de Emaús: Pobreza, genocídio e raça no Brasil: há horizonte de esperança possível? Artigo de Lusmarina Campos Garcia

    LER MAIS
  • Nas ruas dos EUA, o levante contra Trump. No céu do Oriente Médio, a chuva da guerra. Destaques da Semana no IHU Cast

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    Solenidade da Santissima Trindade - Ano A - Deus Trindade se revela relação, compaixão, misericórdia

close

FECHAR

Revista ihu on-line

A extrema-direita e os novos autoritarismos: ameaças à democracia liberal

Edição: 554

Leia mais

Arte. A urgente tarefa de pensar o mundo com as mãos

Edição: 553

Leia mais

Zooliteratura. A virada animal e vegetal contra o antropocentrismo

Edição: 552

Leia mais
Image

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • X

  • IMPRIMIR PDF

  • WHATSAPP

close CANCELAR

share

18 Abril 2024

O organismo geológico internacional rejeita reconhecer o Antropoceno — este período definido pelo impacto humano no clima e no ambiente — como uma nova época, decisão que alguns cientistas consideram uma oportunidade perdida de reconhecer o impacto humano na Terra.

A reportagem é de Julie de La Brosse, publicada por La Croix International, 17-04-2024.

“Quando comecei a trabalhar em geologia, era uma forma de escapar às complexidades do mundo vivendo no passado”, diz o paleobiólogo polaco Jan Zalasiewicz. Quarenta anos depois, ele se encontra no centro de uma polêmica ferozmente atual. Após anos de esforços, ele acaba de ver a sua proposta de reconhecer o Antropoceno como uma nova época geológica rejeitada pela União Internacional de Ciências Geológicas (IUGS).

No domínio da ciência, onde debates e controvérsias acalorados são comuns, isto nunca antes teve um impacto tão mediático. Durante semanas, os dois campos — pró e contra-Antropoceno — batalharam através de artigos publicados e apelos às mais altas autoridades geológicas globais, com o primeiro acusando o último de sabotar a sua proposta com base no ceticismo climático, enquanto o último criticou o primeiro por falta de seriedade, acusando-os de antropocentrismo, a crença ética de que só os humanos possuem valor intrínseco.

Tudo começou em 2001, quando o químico e meteorologista holandês Paul Crutzen, vencedor do Prêmio Nobel, anunciou num congresso científico internacional que um novo capítulo na história da Terra tinha começado com a transição do Holoceno, a época geológica que abrange os últimos 12.000 anos, para o Antropoceno. “A pegada humana no ambiente global tornou-se tão grande e intensa que rivaliza com algumas das grandes forças da natureza”, escreveria mais tarde na revista Science.

Um conceito fértil

Os cientistas e a imprensa perceberam a ideia rapidamente. Tornou-se tema de estudo entre pesquisadores das ciências sociais e exatas, ajudando a popularizá-lo. "Para compreender os anos de debate que se seguiriam, é preciso lembrar que Crutzen não é geólogo. O termo emerge das ciências do sistema terrestre, que analisam as mudanças globais que afetam a habitabilidade da Terra", explica o historiador da ciência Sébastien Dutreuil, pesquisador do CNRS, Centro Nacional de Pesquisa Científica da França.

Foi só no fim dos anos 2000 que alguns geólogos, incluindo Zalasiewicz, começaram a explorar a realidade geológica do Antropoceno. Em 2009, o paleobiólogo foi nomeado por um subcomissão da Comissão Internacional de Estratigrafia (ICS) — encarregado pela IUGS de desenvolver a linha do tempo que divide a história de 4,6 bilhões de anos da Terra — para liderar um Grupo de Trabalho sobre o Antropoceno (AWG).

Durante 15 anos, cerca de 30 investigadores eminentes especializados em geologia, ciências naturais, arqueologia e até ciências sociais trabalharam para determinar se e quando o Antropoceno começou. Procuraram definir um marco temporal (o início do período) e um sítio sedimentar de referência, dentro do qual pudessem ser registradas as cicatrizes da humanidade na Terra.

Microplásticos, pesticidas e outros restos da combustão de petróleo ou carvão... Todos os marcadores sedimentares da atividade humana foram examinados e analisados como evidência potencial de uma mudança de época. Em 2018, Zalasiewicz chegou a sugerir que os ossos de galinha, cujos números e tamanhos explodiram devido à domesticação, poderiam tornar-se “os fósseis desta época em que os humanos dominavam o planeta”.

Debates vibrantes e apaixonados

A data de início do período também gerou debates vibrantes e apaixonados. Seria 1780, marcando a Revolução Industrial, como sugeriu Crutzen? O início da agricultura, há oito mil anos? 1945, com o uso da bomba atômica? Ou 1610, quando a descoberta da América pelos europeus começou a deixar a sua marca no planeta?

No verão de 2023, os esforços do AWG finalmente culminaram. O grupo anunciou com grande alarde que o Lago Crawford, no Canadá, havia sido escolhido como local de referência global para o Antropoceno e definiu 1952 como o início do período. “Devido aos numerosos testes nucleares entre 1945 e 1963, a partir de então, uma camada uniforme de plutônio pode ser encontrada sedimentada na superfície da Terra”, explica a geoquímica Catherine Jeandel, membro do AWG.

Esta proposta foi finalmente rejeitada no início de março pelo subcomissão do ICS, numa votação – 12 contra, 4 a favor – que foi imediatamente contestada pelo seu presidente Zalasiewicz. Recusando participar no que considerou uma votação prematura, o paleobiólogo recorreu mesmo à IUGS para que a decisão fosse anulada. No entanto, poucas semanas depois, a prestigiada instituição decidiu ratificar esta decisão e dissolver o grupo de trabalho do Antropoceno, reconhecendo ao mesmo tempo que “esta noção está agora bem estabelecida no domínio público”, fora da geologia.

“O problema é que os proponentes do Antropoceno agiram como se a sua proposta já tivesse sido validada pela comunidade geológica, o que é completamente falso”, afirma o investigador do CNRS Thomas Servais, membro do IUGS, que acredita que desde o início eles "foram mais motivados pela necessidade de reconhecimento da mídia do que por uma abordagem científica genuína".

Um debate tendencioso desde o início

Substantivamente, os membros da subcomissão consideram o período demasiado curto para ser validado. “Para entender o que estamos discutindo é preciso ter em mente que a época geológica atual, o Holoceno, é a mais curta da história, durando até agora 11,7 mil anos”, esclarece Servais. “Na melhor das hipóteses, poderíamos considerar os testes radioativos como um ‘evento geológico’, a par, por exemplo, do meteorito que atingiu a Terra levando à extinção dos dinossauros, mas certamente não como uma ‘época’”, acrescenta o paleontólogo Vincent Geult.

Para a maioria dos geólogos, este trabalho, saturado de interesses políticos, foi tendencioso desde o início. “Fomos convidados a resolver um debate que não nos cabia decidir. Geologia não é arqueologia; não se trata de simbolismo”, salienta Servais. Huault concorda: “Este debate é nada menos que mais um sinal do nosso antropocentrismo, que perpetua o mito da onipotência humana”.

A etimologia da palavra Antropoceno (do grego antigo antropos, "ser humano", e kainos, "novo") não significa "a era do homem", mas "o novo homem, como se fôssemos capazes de perturbar apenas o clima, mas também as placas tectônicas", continua o paleontólogo.

"Oportunidade perdida"

Ainda assim, para muitos cientistas, incluindo alguns geólogos, esta decisão representa uma oportunidade perdida para reconhecer o impacto da atividade humana no funcionamento do nosso planeta. “Em última análise, o aspecto mais lamentável deste caso é que o grupo de trabalho sobre o Antropoceno teve uma abordagem muito interessante do ponto de vista da relação entre as ciências e as sociedades, que foi além da simples resposta binária a uma afirmação puramente geológica”, reflete o filósofo Pierre de Jouvancourt, que escreveu uma tese sobre o assunto. “Sem falar que, ao aterem-se ao raciocínio como geólogos, estes indivíduos, regularmente acusados de ceticismo climático como Claude Allègre, contribuirão para promover esta tese”, acrescenta a filósofa Catherine Larrère.

Isto não desanima Zalasiewicz e os seus colegas. A La Croix, ele confidencia que o grupo de trabalho continuará a sua luta contra todas as probabilidades, como um órgão independente. “O Antropoceno, como uma nova fase muito distinta da história planetária, é uma realidade. Ainda há muito a estudar e esclarecer sobre este tema”. O paleobiólogo polaco está longe de terminar as manchetes.

Leia mais

  • Colapsologistas, antropólogos, climatologistas: os novos pensadores dos seres vivos
  • Então, estamos ou não no Antropoceno?
  • Rejeição do Antropoceno vira “novela” e causa comoção entre cientistas
  • O que é o Antropoceno?
  • O lago Crawford, no Canadá, será o principal marcador para identificar o início do Antropoceno
  • O Antropoceno e as humanidades. Artigo de Ricardo Abramovay
  • Do “museu do Antropoceno” ao “asilo da biodiversidade”
  • Antropoceno ou Capitaloceno?
  • O Antropoceno tem início com o grande crescimento demoeconômico pós-1950. Artigo de José Eustáquio Diniz Alves
  • O Antropoceno e a longa batalha pelo amanhã
  • Antropoceno: principais conceitos
  • Os negacionistas do clima
  • O apocalipse dos insetos no Antropoceno. Artigo de Ian Angus
  • Humano: uma categoria em disputa na era do antropoceno. Entrevista especial com Mateus Uchôa

Notícias relacionadas

  • A biologia tem sua versão social

    Alicia Massarini iniciou Biologia na Universidade de Buenos Aires (UBA), porque possuía o interesse de conhecer como o conhecimen[...]

    LER MAIS
  • Em 2050, serão necessários quase 3 planetas para manter atual estilo de vida da humanidade

    LER MAIS
  • Para onde foram as andorinhas é lançado na Internet

    LER MAIS
  • Físico explica por que ação humana é decisiva na atual era geológica, o Antropoceno

    LER MAIS
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados