Pela 1ª vez, Brasil registra áreas áridas de deserto

Desertificação no Jaguaribe - Novembro/2018 | Foto: Fundação Funceme - Flickr

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14 Novembro 2023

Análise de pesquisadores do CEMADEN e do INPE identificou formação de áreas com clima árido, similar a desertos, no norte da Bahia nos últimos 30 anos.

A reportagem é publicada por ClimaInfo, 13-11-2023. 

A intensificação da mudança climática, associada à perda de vegetação natural, está tornando áreas do Semiárido ainda mais secas, com a disponibilidade de água em condições similares àquelas encontradas em regiões desérticas. A conclusão é de uma nova análise de cientistas do CEMADEN e do INPE e divulgada pelo UOL.

Os autores utilizam o cálculo de aridez da Convenção da ONU para o Combate à Desertificação (UNCCD), que leva em conta a média de chuvas em um intervalo de 30 anos e a evaporação potencial. Considerando esse cálculo, a análise identificou áreas consideradas áridas no norte da Bahia, no coração do Semiárido nordestino.

“Nosso levantamento utilizou dados até 2022, e no novo mapa aparecem essas áreas áridas, mais precisamente na região norte da Bahia. A gente nunca tinha visto isso antes, essa é a primeira vez”, destacou Javier Tomasella, pesquisador do INPE e coordenador do estudo.

À CNN Brasil, Tomasella apontou as mudanças climáticas das últimas décadas como um fator crucial para o surgimento dessas áreas áridas na região nordestina. “No Brasil, principalmente no Nordeste, a temperatura está aumentando muito, consequentemente, aumenta o processo de evaporação, fator que também está atribuído ao aquecimento global”, disse.

Além do clima mais quente e seco, outro problema agravado pela mudança climática é a desertificação. Uma das áreas que mais sofrem com esse processo é a de Gilbués, localizada ao sul de Teresina, no Piauí. As mudanças começaram a acontecer entre os anos 1940 e 1950 como reflexos de práticas nocivas da agropecuária e da mineração. Nas últimas décadas, a escassez de chuvas e o clima mais seco pioraram o problema.

O Globo destacou as imagens de Gilbués, comparando-as como um cenário digno do planeta Marte.

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