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19 Julho 2023

"Segundo os documentos consultados, a Nunciatura com Pio Laghi primeiro e com o Núncio Calabresi desde 1981, levou à atenção do governo 3.115 casos de pessoas desaparecidas [na ditadura militar argentina]. Certamente havia muitos, muitos milhares mais", escreve Fabrizio Mastrofini, jornalista e ensaísta italiano, em artigo publicado por Settimana News, 16-07-2023. 

Eis o artigo.

Eu já falei em outra oportunidade sobre os dois volumes intitulados La verdad los hará libres, obra monumental com acesso a arquivos até então sigilosos, que examina a atuação da Igreja Católica na Argentina de 1966 a 1983. Anos em que houve também a ditadura militar com o golpe de estado de 1976 e a repressão violenta contra os opositores políticos, resultando em uma verdadeira época de prisões sumárias, torturas e assassinatos, como documentaram as associações de defesa dos direitos humanos e, de forma mais veemente, as Mães da Praça de Maio primeiro e depois as Avós da Praça de Maio.

Os dois volumes lançados até agora (o terceiro e último está previsto até o fim de 2023), elaborados por um grupo de trabalho coordenado pelo teólogo Carlos Galli, nos possibilitam, pela primeira vez, acesso direto a toda a documentação do arquivo do episcopado argentino, dos arquivos da Secretaria de Estado e da Nunciatura Apostólica.

La verdad los hará libres traz à luz documentos sigilosos sobre a atuação da Igreja Católica na Argentina durante a 'Guerra Suja'. (Foto: Divulgação)

Como o núncio se comportou?

A vastidão dos temas abordados, a dimensão dos dois volumes (mais de 1.600 páginas), torna necessariamente parcial qualquer artigo de resumo.

Portanto, depois de convidar as pessoas interessadas a procurar os dois volumes para uma leitura direta, convém – ao retornar ao tema – focar um aspecto específico, ou seja, entender qual foi o papel do núncio apostólico durante os anos da ditadura militar.

De 1974 a 1980 o núncio apostólico foi Dom Pio Laghi e da leitura da documentação emerge como ele desempenhou um trabalho de pressão junto ao governo, diferente da imagem de um diplomata complacente ou, até mesmo, delator.

Em particular, no segundo volume, que examina as atividades da Conferência Episcopal e da Santa Sé em relação à ditadura e ao “terrorismo de Estado”, o núncio aparece como um diplomata que sabia quais eram os crimes que estavam sendo cometidos.

Deve-se notar que o núncio se reportava constantemente à Santa Sé – ao Conselho de Assuntos Públicos da Igreja, portanto ao secretário de estado Villot e a Mons. Casaroli – e o Vaticano também sabia, assim como os bispos argentinos, tanto que, para facilitar os contatos com o governo, foi criada uma comissão conjunta episcopado-junta militar.

Uma citação, dentre as tantas possíveis nesse segundo volume, é suficiente para esclarecer a situação. “Nos diversos depósitos de arquivo da Secretaria de Estado – escrevem os autores – identificamos 80 cópias de listas de pessoas desaparecidas enviadas periodicamente pela Nunciatura ao Ministro do Interior entre julho de 1976 e 30-04-1982. A primeira foi entregue em mãos ao Ministro do Interior de parte do núncio Pio Laghi em 13 de julho de 1976: ‘ao ministro (aqui cita-se diretamente o relatório do núncio) entreguei algumas folhas nas quais havia transcrito, segundo a categoria a que pertenciam, os nomes dos presos, dos sequestrados, dos desaparecidos, cujos familiares haviam entrado em contato com a Nunciatura. Chamei a atenção do ministro para alguns casos que me pareceram particularmente urgentes ou dignos de consideração’” (p. 747-748).

A palavra aos números

De grande interesse – sempre considerando que o tema é vasto e pela necessidade de espaço é preciso escolher – o gráfico apresentado na página 755 do segundo volume que indica quantos casos foram levados à atenção das autoridades governamentais e quantas respostas a Nunciatura obteve. Os números falam por si. Em 1976, a Nunciatura registrou 302 casos de pessoas detidas, desaparecidas, sequestradas, e as respostas foram 15; em 1977 estamos em 156 contra 9 respostas; em 1978 são 182 contra 22; em 1979 são 115 contra 31; em 1980 são 297 contra 57; em 1981 são 297 contra 51 e em 1982 são 205 contra 68.

Muito interessante a leitura da reconstituição, documentos em mãos, do encontro entre Dom Pio Laghi e general Videla, presidente da República, ocorrido em 27 de agosto de 1976. O núncio expressa sua preocupação com as denúncias de desaparecimentos e detenções arbitrárias e, por sua vez, o general essencialmente não responde, mas o faz de tal maneira que o núncio sai da reunião escrevendo ao Vaticano que “Videla me deu a impressão de ser bem-intencionado, que conhece os graves problemas que foi chamado a resolver, mas não quer usar a mão do déspota, porque teria o efeito contrário”.

A diplomacia à obra

Continuando a leitura, vemos que a abertura da linha de crédito para o governo muda lentamente. Por exemplo, em 08-03-1977, o núncio envia um relatório à Secretaria de Estado sobre uma reunião confidencial com o almirante Massera, chefe do Estado-Maior da Marinha e um dos responsáveis pelo golpe.

Massera revela ao núncio as divisões internas da Junta Militar, quem está do lado de quem, com nomes e sobrenomes, mas, no fim da conversa, o núncio fica com a dúvida de que o almirante sobre os casos dos desaparecidos (particularmente focados naquele momento nos dois jesuítas Jalics e Yorio) sabia mais do que foi dito ao diplomata.

O volume também recolhe as diferentes atitudes dos bispos argentinos, dentro da Conferência Episcopal, entre uma linha a favor do governo, uma prudente, uma terceira decididamente contrária.

Mas certamente há um aspecto a assinalar, ou seja, a eficácia da política persuasiva implementada pela Junta Militar. Entre os bispos, até os mais moderados como o cardeal Aramburu ou o cardeal Primatesta – e em geral os bispos que fazem parte da Comissão Permanente da Conferência Episcopal – estavam convencidos de que a ditadura não tinha alternativa. Ou seja, se o governo não conseguisse normalizar o país, toda a Argentina acabaria nas mãos dos comunistas.

E as comunicações enviadas à Santa Sé também foram afetadas por essa orientação, a ponto de receber sugestões inspiradas pela prudência de parte do Vaticano. Prudência que significava: abster-se de declarações públicas de críticas à Junta por parte dos bispos, mesmo em casos de ingerência na pastoral e em casos de assassinatos brutais de sacerdotes (por exemplo, em 04-07-1976, foram mortos três sacerdotes e dois seminaristas palotinos que trabalhavam na paróquia de San Pricio em Buenos Aires). “Por um lado – lê-se no Relatório sobre esse aspecto – os bispos concordavam que era necessário combater a guerrilha de esquerda, portanto a finalidade perseguida pelo governo, mas não podiam aceitar os métodos usados para esse fim e que eram de seu conhecimento” (p. 175).

Obviamente, há muito mais nos dois livros e, no segundo volume, entra-se em detalhes das reuniões entre a comissão conjunta bispos-governo para o respeito aos direitos humanos. Pode-se ver a atuação da diplomacia vaticana de três papas Paulo VI, alguma coisa de João Paulo I e depois de João Paulo II e as negociações com o Chile para as questões de fronteira e depois a guerra das Falkland-Malvinas que marca o destino da Junta militar.

Segundo os documentos consultados, a Nunciatura com Pio Laghi primeiro e com o Núncio Calabresi desde 1981, levou à atenção do governo 3.115 casos de pessoas desaparecidas. Certamente havia muitos, muitos milhares mais. E também a recente descoberta de um depósito do Arquivo dos Direitos Humanos, na sede da Conferência Episcopal, com vários milhares de documentos, quando for examinado permitirá ulteriores avaliações históricas e eclesiais.

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