“Fluidez de gênero? As irmãs religiosas precisam ouvir antes de julgar”. O apelo da nova presidente das irmãs superioras da Itália

Foto: Delia Giandeini | Unsplash

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05 Junho 2023

As palavras de Micaela Monetti à revista mensal do Osservatore Romano: “A questão está nos desafiando com questões fortes e certamente desorientadoras”

A informação é publicada por Open, 02-06-2023. A tradução é de Luisa Rabolini.

“A questão do gênero é um tema que é particularmente importante para mim”. Quem afirma isso não é um político, nem um ativista, nem um homem ou uma mulher do mundo do espetáculo. É a Irmã Micaela Monetti, nova presidente da União das Superioras Maiores da Itália (USMI). Em entrevista ao jornal mensal do Osservatore Romano, Donne Chiesa Mondo, antecipada pelo Vatican News, a freira afirma: “Há um mundo cada vez mais fluido. Devemos acolher o convite feito pelo Papa para ouvir antes de julgar e rotular”.

Muito provavelmente, a referência é à célebre frase proferida pelo Papa Francisco em 2013: "Se uma pessoa é homossexual e busca o Senhor e tem boa vontade, quem sou eu para julgá-la?", havia se perguntado o Pontífice alguns meses depois da sua instalação no Vaticano. Agora a Irmã Micaela vai ainda mais longe, enfrentando a questão da fluidez de gênero, ou seja, daqueles que não se reconhecem na dicotomia dos gêneros masculino e feminino. “Geralmente é no período do juniorado, na fase dos votos perpétuos, que surgem aquelas que são verdadeiras surpresas também para as formadoras - continua a nova presidente da Usmi -. É um campo que nos desafia com questões fortes e certamente desorientadoras. Não tenho as respostas, mas é necessário viver essa realidade e buscar juntos o desígnio de Deus. Não podemos contornar essa realidade, precisamos de proximidade”.

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