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Sergei Rachmaninoff, músico da espiritualidade russa

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06 Abril 2023

Em 28-03-1943, o músico russo Sergei Rachmaninoff morria no exílio nos Estados Unidos. Mais conhecido no Ocidente por suas composições para piano e orquestra, ele também foi o autor de cantos puramente corais, de acordo com a tradição litúrgica russo-ortodoxa. De particular e reconhecido valor é a coleção chamada de Vésperas em memória de Stephan Smolensky, por sua vez um estudioso da música litúrgica ortodoxa que viveu entre 1848 e 1909. A musicóloga Kumush Imanalieva, professora na Itália, formada pelo Conservatório Tchaikovsky de Moscou, reconstrói o contexto de guerra em que a obra amadureceu e propõe um breve roteiro para a apreciação de alguns dos cantos litúrgicos mencionados.

O texto é publicado por Settimana News, 28-03-2023. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo. 

Com a eclosão da Primeira Guerra Mundial, Serghej Vasil'evic Rachmaninoff, pouco mais de quarenta anos, mas já um músico consagrado, vê a interrupção de todos os seus projetos artísticos e de vida: desmorona a sua atividade concertista como pianista e diretor de orquestra no exterior; as turnês dentro da Rússia também sofrem uma queda brusca.

Nas cartas da época, o compositor descreve cenas angustiantes de mobilização ao seu redor e expressa seu sentimento de angústia diante da trágica situação. “Sou tomado de terror e ao mesmo tempo assaltado pela profunda consciência que independentemente de quem for que entremos em guerra, não sairemos vitoriosos”, constata amargamente o compositor.

O sofrimento excruciante do povo do país que se encontra em situação tão infeliz não permite a Rachmaninoff compor novas músicas ou estudar piano: “Praticamente não estudo. Só suspiro! Quando tudo isso vai acabar?”, ele se pergunta em uma carta ao seu professor Siloti em setembro de 1914.

Enquanto a guerra não dá sinais de acabar, cerca de um ano depois, ocorre outro fato que afeta indiretamente a atividade de composição do músico. No início do verão de 1915, os bandos conhecidos na época como os "Cem negros" atacam e destroem alguns estabelecimentos administrados por alemães em Moscou, entre os quais as lojas de música e de edição musical: Zimmerman, Sejvang, Bessel e K, Eberg, Ditmar e Gutheil. Este último, que há tempo era editor de Rachmaninoff, decide vender a sua editora para S.A. Koussevitzky, conhecido músico russo e fundador das Edições Musicais Russas (RMI). Depois de comprar a editora Gutheil, Koussevizkij convida Rachmaninoff a mudar para as edições russas, recebendo a aprovação do compositor.

A primeira obra publicada por Rachmaninoff com a RMI é Vsenoščnoe bdenie (ou, em uma versão abreviada do título, Vsenoščnaja) op.37, traduzida como Vésperas. A tradução literal do título é Vigília de toda a noite, segundo o Ofício da Vigília ou Grande Vigília. De fato, esse tipo de ofício divino, que era celebrado antes do domingo e na véspera de algumas festividades, incluía não só as Vésperas, mas também as Matinais e a Hora ‘Prima’. Essa prática de origem bizantina, introduzida na Rússia no século XI, incluía tanto hinos e salmos não variados, ou seja, que eram propostos constantemente, quanto outras variáveis dedicadas às festividades específicas.

A obra constitui uma coleção de peças para coro a capela e vozes solistas para uso do rito ortodoxo, colocando-se em continuidade com a Liturgia de São João Crisóstomo op. 31, composta por Rachmaninoff em 1910. As Vésperas trazem a dedicação a Stepan Vasil'evič Smolenskij, estudioso do antigo canto religioso russo e diretor da escola secundária do Sínodo de Moscou.

A composição pode ser dividida em duas partes precedidas pelo prólogo (Canto 1): do canto 2 ao canto 6 temos propriamente as Vésperas, do 7 ao 15 as Matinais. Na tradição ortodoxa da Igreja Russa, as Matinais e a Hora ‘Prima’ de fato seguiam diretamente as Vésperas. O último Canto (15) faz parte da Hora ‘Prima’.

Aqui está a sequência da coleção:

1. Vinde venerar Deus
2. Abençoai a minha alma, Senhor
3. Abençoado é o homem
4. Luz calma da glória
5. Deixai partir agora
6. Alegrai-vos, Virgem
7. Seis Salmos
8. Louvai o nome do Senhor
9. Abençoado sois, Senhor
10. Tendo presenciado a ressurreição
11. Magnificat
12. Glória
13. Dia da nossa salvação
14. Ressurreição dos mortos
15. Hino à mãe de Deus

Do ponto de vista musical, essa obra evoca três âmbitos distintos do canto religioso, cada um dos quais com a sua própria configuração histórica: znamennuj raspev (o canto religioso russo), kievskij raspev (o canto religioso de Kiev) e grečeskij raspev (o canto greco-ortodoxo).

Todas as três tradições antigas são baseadas em uma notação que pode ser comparada em seus procedimentos à notação neumática, típica do canto gregoriano.

Proponho, portanto, ouvir aqui o Canto da Benção inicial da Grande Véspera: vinde, vamos nos ajoelhar diante do Senhor (2',17").

Vou reproduzir, para melhor compreensão, o texto da Bênção inicial das Vésperas da liturgia ortodoxa (em tradução livre):

Levantai-vos! Senhor, abençoe-nos.
Glória à Santíssima Trindade, consubstancial, vivificante e indivisa, em todos os tempos, agora e sempre e pelos séculos dos séculos.
Amém.
Vinde, adoremos o Rei, nosso Deus.
Vinde, adoremos a Cristo, o Rei e nosso Deus, e prostremo-nos diante dele.
Vinde, adoremos o próprio Cristo, Rei e nosso Deus, e prostremo-nos diante dele.
Vinde, adoremos e prostremo-nos diante dele.

Essa é a peça de abertura de todo o ciclo. Representa o majestoso hino que prossegue em graus conjuntos, precedido por duas exclamações de "Amém". Introdução emocionante.

Além disso, convido a ouvir o Canto 5: Agora, Mestre, envie seu servo em paz, correspondente à oração latina, Nunc dimittis (4'.03").

Agora, ó Soberano, dispensa o teu servo, segundo a tua palavra, em paz, porque os meus olhos viram a tua salvação, que preparaste à vista de todos os povos: luz para a revelação das nações e glória o teu povo Israel.

Pelas memórias do compositor, ficamos sabendo que sua passagem musical preferida se situa no final desse quinto canto, quando os baixos entoam uma melodia que desce lentamente na indicação de pianíssimo até um profundo som de si bemol.

Quando Rachmaninoff tocou essa passagem ao piano para o diretor do Coro do Sínodo, Nikolai Danilin, que havia sido encarregado de dirigir a primeira apresentação – em 10 de março de 1915 em Moscou –, ele exclamou surpreso: “Onde no mundo vamos encontrar baixos assim?!?”. No entanto, foram encontrados baixos capazes de atingir tal profundidade. Das memórias do compositor aflora uma passagem a esse respeito: “Conhecia as vozes dos meus camponeses e estava absolutamente convencido de que poderia fazer qualquer pedido aos baixos russos! O público sempre prendia a respiração, ouvindo o coro descer tão baixo."

A descida gradual acompanhada pelo esmorecer da intensidade do som, para o autor, significava a reconciliação com a vida, antes do fim. Não por acaso, de acordo com algumas testemunhas, o compositor havia manifestado o desejo de que esta música acompanhasse seu próprio funeral. Uma das igrejas de Moscou, a Vsech Skorbjaščich Radoste, todos os anos apresenta as Vésperas tanto no dia do nascimento de Rachmaninoff (01/04) quanto no dia de sua morte (28/03). Um trecho comovente.

Por fim, recomendo ouvir o Canto 7: ou seja, Seis salmos (3',22").

Glória a Deus nos céus, paz na terra, benevolência entre os homens. (três vezes)
Senhor, descerra os meus lábios, e minha boca proclamará teu louvor (três vezes).

Nessa escuta podemos destacar um traço muito caro a Rachmaninoff: trata-se da descrição sonora dos sinos. Desde tenra idade o compositor era atraído pelo toque dos sinos das igrejas e dos mosteiros ortodoxos. De fato, a imitação das suas sonoridades é recorrente em inúmeras composições instrumentais. Aqui assistimos ao efeito do som dos sinos produzido apenas pelas vozes. Um canto de alegria contida.

Os últimos números que fecham a composição monumental são 13, 14 e 15. Destaco que no Ofício tradicional o número 13 "Dia da nossa salvação" e 14 "Ressurreição dos mortos" nunca são executados juntos: é um ou o outro canto. Rachmaninoff manteve ambos.

O coro conclusivo "Hino à mãe de Deus" que faz parte, como já observamos, da Hora ‘Prima’, conclui as Vésperas com um final breve e majestoso.

As Vésperas de Rachmaninoff, apesar de não terem tido, por razões óbvias, um grande sucesso de interpretação durante o período soviético, têm sido cada vez mais executadas nas últimas décadas na Rússia, tanto em forma de concerto como em ambientes eclesiásticos.

Pelo caráter profundamente original – tal a evocar os mais remotos cantos da antiga tradição religiosa russa – as Vésperas de Rachmaninoff representam uma verdadeira pedra angular: uma das páginas da espiritualidade russa mais inspirada e sincera.

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