06 Março 2023
Em 2022, quase 6,8 milhões de brasileiros - o equivalente a toda população do Maranhão - que pediram demissão de forma voluntária, um terço do total de desligamentos registrados no País, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) compilados pela LCA Consultores.
A reportagem é de Luiz Guilherme Gerbelli e Renée Pereira, publicada por O Estado de S. Paulo, 06-03-2023.
No Brasil, o movimento - que ficou conhecido globalmente por grande renúncia - foi marcado, sobretudo, pelos mais escolarizados e jovens. Entre os trabalhadores com pós-graduação, a demissão voluntária superou os 50% para essa faixa de escolaridade. “Boa parte desse movimento está atrelado a esse processo de normalização, com as pessoas voltando a ter empregos mais condizentes com a sua formação”, afirma Bruno Imaizumi, economista da LCA e responsável pelo levantamento.
Em 2020, por exemplo, quando a economia foi abalada pelos impactos provocados pela pandemia de covid, os desligamentos voluntários representavam 25,7% do total. “Há dois ‘Brasis’ no mercado de trabalho formal. A grande maioria tem uma mão de obra pouco qualificada, mas quem tem um pouco mais de qualificação tem um pouco mais de poder de barganha”, diz Imaizumi.
Junta-se a tudo isso uma questão geracional, em que os jovens seguem uma filosofia de propósito e “fit cultural”. Ou seja, não basta ter um emprego. A cultura organizacional da empresa precisa estar de acordo com a sua personalidade e crenças.
A íntegra da reportagem pode ser lida aqui.
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A grande renúncia. Quem são os brasileiros que pedem demissão do emprego mesmo sem ter outro trabalho em vista - Instituto Humanitas Unisinos - IHU