21 Fevereiro 2023
Uma singular performance circense ocorreu recentemente não muito longe de Roma.
A reportagem é de Loup Besmond de Senneville, publicada por La Croix Internacional, 20-02-2023. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
A cena foi bastante surpreendente. Nos arredores de Roma, em um bairro não muito longe do Vaticano, o Circo Rony Roller montou sua grande tenda.
Um imponente elefante, com sua tromba levantada, pairava sobre quatro pessoas deitadas no chão. Depois, ele repetidamente levantava uma de suas enormes patas cinzas após a outra a apenas alguns centímetros do chão e as movia para o outro lado das pessoas deitadas abaixo dele.
O ato do elefante é conhecido como “a passagem da morte”.
Uma das pessoas que participava desse ato era um homem de cabelos grisalhos que, digamos, não tinha muita experiência nisso. E por um bom motivo – tratava-se do cardeal Konrad Krajewski, o polonês de 59 anos que dirige o Dicastério para o Serviço da Caridade.
O cardeal convidou 2.000 sem-teto, migrantes e refugiados para irem a um dos circos mais famosos de Roma para “oferecer algumas horas de serenidade àqueles cujas vidas são difíceis”.
Os vídeos e fotos do elefante e do cardeal naturalmente circularam pelo Vaticano, provocando reações muitas vezes divertidas a respeito desse cardeal conhecido por surpreender as pessoas por sua originalidade. “Ele é um pouco impossível de controlar, ele simplesmente faz o que quer”, sorriu um monsenhor da Cúria Romana que trabalhou com Krajewski por muito tempo.
Nos últimos meses, esse mesmo cardeal polonês fez várias viagens de Roma à Ucrânia, muitas vezes entregando ambulâncias doadas pelo Papa Francisco às autoridades ucranianas. Em uma dessas ocasiões, o cardeal Krajewski passou por um tiroteio e foi forçado a se proteger. Ele certamente é alguém difícil de classificar, o tipo de pessoa que o papa de 86 anos parece gostar de modo particular.
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O cardeal e o elefante - Instituto Humanitas Unisinos - IHU