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12 Dezembro 2022

Um sem-teto, um mendigo, um desabrigado dorme em um banco, envolto em um cobertor de onde saem dois pés descalços: e nesses pés estão as marcas dos pregos. É o Ressuscitado, aquele que disse que o que fizermos ou não fizermos pelos últimos entre nós, nós teremos feito a ele.

A reflexão é do historiador da arte italiano Tomaso Montanari, professor da Universidade Federico II de Nápoles. O artigo foi publicado no caderno Il Venerdì, do jornal La Repubblica, 09-12-2022. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto.

O ódio aos pobres (negros e brancos, estrangeiros e italianos, “peso residual” e “capazes de trabalhar”...) que emana de uma parte significativa da classe política italiana (de direita, de centro, de centro-esquerda) é um dos aspectos mais desconcertantes da degradação cultural e ética que aflige a Itália.

E o mais desconcertante é a despersonalização, a abstração: não queremos ver os corpos e os rostos desses pobres. Não queremos conhecer as histórias e as aspirações, as narrativas e as explicações. Talvez porque seria impossível não sentir ao menos um pouco de solidariedade, de fraternidade, de ternura para com quem tem olhos, boca, coração como nós: nós que temos o “mérito” de ter nascido em famílias ricas, brancas, seguras.

Ao longo dos séculos, os artistas mostraram aos seus ricos patronos a dignidade e a grandeza dos rostos e dos corpos dos pobres: de Orcagna a Masaccio, de Lotto a Caravaggio, dos Bamboccianti aos irmãos Louis, Antoine e Mathieu Le Nain, de Murillo a Ceruti, de Courbet a Van Gogh.

Timothy Schmalz, “Homeless Jesus”, bronze, múltiplos, primeiro exemplar fundido em 2013

Talvez não seja comparável a eles o escultor canadense do nosso tempo Timothy Schmalz, mas seu “Homeless Jesus” (presente por meio de alguns múltiplos em muitas cidades do mundo: de vez em quando, vou encontrar o de Florença, no pequeno claustro da Badia) tem o grande mérito de usar a linguagem muda da arte para nos jogar na cara o que não queremos ver.

Um sem-teto, um mendigo, um desabrigado dorme em um banco, envolto em um cobertor de onde saem dois pés descalços: e nesses pés estão as marcas dos pregos. É o Ressuscitado, aquele que disse que o que fizermos ou não fizermos pelos últimos entre nós, nós teremos feito a ele. Não vemos seu rosto: porque o rosto é o de cada pobre. E porque, mesmo assim, não olharíamos para ele: nunca fazemos isso, nem mesmo quando jogamos algumas moedas a contragosto.

A nossa estátua retrata um estágio extremo de uma condição na qual um em cada dez italianos se encontra hoje: a pobreza absoluta. Mas fala de cada um dos graus de privação e miséria que afetam outros 20% dos italianos (11,84 milhões em 2021): um em cada três italianos é pobre ou corre o risco de sê-lo. E fala também dos políticos, que sacam seu “ser cristão” como uma arma e depois atacam os pobres cristos de todas as formas.

É uma peça de bronze inerte, mas mexe com a nossa alma e desperta a nossa indignação: é uma obra de arte. E faz isso muito bem.

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