10 Outubro 2022
Acusações formais foram protocoladas contra quatro padres, dois seminaristas e o cinegrafista que haviam sido presos pela polícia nicaraguense junto com Dom Alvarez, em agosto passado, dentro da Cúria da Diocese de Matagalpa: conspiração contra a integridade nacional da Nicarágua e propagação de notícias falsas sobre o Estado e a sociedade. As acusações, apresentadas pelo procurador em 21 de setembro, só foram divulgadas nas últimas horas.
A reportagem é de Marco Pellizzoni, publicada em Settimana News, 07-10-2022. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
O processo deveria ser aberto na sexta-feira, 7 de outubro, na capital do país. Entre os acusados, o reitor da Universidade João Paulo II, Ramiro R. Tijerino.
A polícia nacional, liderada pelo sogro do presidente Ortega, F. Diaz, acusa Dom Alvarez e seus colaboradores de tentar organizar grupos armados a fim de desestabilizar o país e atacar as autoridades institucionais. No entanto, nenhuma acusação foi formalmente formulada contra o bispo de Matagalpa, que ainda está em prisão domiciliar em Manágua.
O presidente Ortega recentemente atacou, com violência, a Igreja Católica e o Papa Francisco, acusando-o de querer usar os bispos da Nicarágua para promover um golpe de Estado. Depois, definiu os bispos do país de terroristas e golpistas.
A polícia continua promovendo atividades persecutórias das celebrações religiosas realizadas nas paróquias do país, impedindo a realização de procissões e a recepção da Eucaristia durante a missa.
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Nicarágua: um processo contra a Igreja - Instituto Humanitas Unisinos - IHU