11 Agosto 2022
O documento que a Conferência Episcopal Alemã enviou a Roma nos últimos dias como contribuição ao Sínodo dos Bispos de 2023 está dividido em duas partes: a primeira reflete sobre as experiências sinodais na Alemanha. A segunda parte contém um resumo das reações das dioceses alemãs sobre os dez pontos do "Vade-mécum para o Sínodo sobre a sinodalidade".
A reportagem é publicada por Agência SIR, 10-08-2022. A tradução é de Luisa Rabolini.
Assim, as primeiras páginas repercorrem a história sinodal da Alemanha católica, começando pelos sínodos de Würzburg (1971-1975) e Dresden (1973-1975) convocados para "implementar as decisões do Concílio Vaticano II". “As estruturas sinodais criadas” após esses dois processos “modelam a cultura da colaboração entre bispos, sacerdotes e leigos e permitem uma ampla participação”.
Depois veio o declínio do número de fiéis, de arrecadações, de sacerdotes e de colaboradores pastorais, mas sobretudo explodiu o escândalo dos abusos sexuais e abriu caminho a consciência de que "não se tratava de fracassos pessoais, mas de razões sistêmicas que favoreciam a abuso sexual na Igreja e sua cobertura”.
Daí a decisão dos bispos de iniciar em 2019, juntamente com o Comitê Central dos Católicos, o “Caminho Sinodal” para que “o Evangelho ainda possa ser anunciado de maneira credível”. Estão surgindo questões "que devem ser submetidas a debates com a Igreja universal". E é por isso que "os católicos na Alemanha olham com esperança para o Caminho Sinodal da Igreja universal", como uma oportunidade para integrar as experiências sinodais e dar a sua própria contribuição. A primeira parte termina fazendo referência às contribuições de cerca de metade das igrejas pertencem ao Ack (Conselho das Igrejas Cristãs) e que serão condensadas num relatório posterior.
Leia mais
- Alemanha: Conferência Episcopal, documento para o Sínodo. Participação modesta. Respostas aos dez pontos do Vade-mécum, escuta e compartilhamento, palavras recorrentes
- Alemanha: Conferência Episcopal, documento para o Sínodo. A missa perdeu seu significado para muitas pessoas. O tema do diálogo com a sociedade
- Alemanha. Debandada de fiéis na Igreja Católica devido a abuso sexual
- “Estamos num ponto morto”. O “fracasso sistêmico” da Igreja diante da “catástrofe dos abusos sexuais”. Íntegra da carta de renúncia do cardeal Marx
- Igreja alemã: o trauma dos abandonos
- O caminho sinodal mostra as profundas divisões na Alemanha e na Suíça
- A declaração do Vaticano. O Caminho Sinodal Alemão corre o risco de morrer
- “O Caminho Sinodal Alemão corre o risco de se chocar contra um muro”
- O Caminho Sinodal Alemão, Cardeal Kasper e o Vaticano
- O Caminho Sinodal Alemão ‘responde’ a Roma: “É nosso dever indicar claramente onde acreditamos que as mudanças são necessárias”
- Caminho Sinodal da Alemanha não pode modificar a doutrina
- O que dizem os documentos do Caminho Sinodal alemão?
- Caminho sinodal: a Igreja em escuta e seus canteiros de obras
FECHAR
Comunicar erro.
Comunique à redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:
Alemanha: Conferência Episcopal, documento para o Sínodo. “Os católicos alemães olham com esperança para o Caminho da Igreja universal” - Instituto Humanitas Unisinos - IHU