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Deus, Maria e terra: o nacionalismo ucraniano é atávico

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05 Agosto 2022

 

"Esse nacionalismo antirrusso e antissemita, que foi esmagado pela URSS ao custo de provocar um imenso holocausto, preexiste, portanto, ao ambíguo encontro com o nacional-socialismo de Hitler, e prosperará até hoje misturando-se com a aspiração majoritária da Ucrânia contemporânea de assumir o modelo das democracias europeias", escreve Gad Lerner, jornalista, em artigo publicado por il Fatto Quotidiano, 03-08-2022. A tradução é de Luisa Rabolini. 

 

Eis o artigo. 

 

“'Então mãe? Por que escancaras os olhos? Atirei no seu ídolo', disse ele em russo, e acrescentou um palavrão escabroso”. Assim, o filho Maxim, que voltou bolchevique da Primeira Guerra Mundial, deixa atordoada a camponesa Maria depois de ter arrebentado com um tiro de pistola o ícone de Nossa Senhora a que ela era devota. Um filho que poderá chegar a expulsar os pais de casa porque eles se rebelam contra a coletivização forçada dos campos.

 

Para quem quer conhecer as raízes do nacionalismo ucraniano e o ódio pelos russos de onde se origina, recomendo a leitura de um romance épico, belíssimo e perturbador, capaz de explicar melhor do que um livro de história os trágicos acontecimentos na origem da guerra em andamento. Publicado em 1933 em Lviv, embora tenha ficado inédito por muito tempo, Maria. Cronica di una vita de Ulan Samchuk (Edizioni Clichy) não deixará indiferente quem quiser mergulhar na epopeia dessa mulher cheia de amor por sua terra e suas tradições, vítima do holodomor, a carestia que provocou milhões de mortes na Ucrânia entre 1932 e 1933. Traduzido para o italiano por Marina Semegen por impulso do um grande estudioso Carlo Ossola, Maria nos coloca diante de um evento humano coletivo decorrente da convulsão de um tecido social antigo de séculos, naquele que ainda permanece hoje o celeiro da Europa.

 

Era 1917 quando um suboficial subiu na cerca da igreja e gritou tovarishi (camaradas): “As pessoas se assustaram. Nunca tinham ouvido aquela palavra”. É claro que os oficiais do czar já haviam passado pela aldeia para recrutar homens para sua armada. Kornij, o grande amor de Maria, havia passado sete anos na marinha e ela, que no meio tempo se casara com o coxo e devoto Gnat, havia pedido dinheiro emprestado a um zhid, um judeu, para se divorciar. De volta ao contato com o campo, Kornij havia se regenerado, "voltou novamente a ser um homem", "voltou a falar sua língua materna". Tendo se tornado um pequeno proprietário, ele não suportará o "pisoteio das hordas revolucionárias". “Levanto-me com o sol, me esforço e algum bastardo quer governar a minha terra! Que meu estômago seque antes de dar a alguém os frutos do meu trabalho”. Ele não está interessado na política, mas isso não será suficiente para isentá-lo da acusação de ser seguidor do independentista Petljura.

 

“Querem que eu vá para a empresa coletiva, trabalhe lá com minhas velhas mãos e algum Jankel (de novo um judeu, ndr) me dê um pedaço de pão mole e cru feito de sobras? Não, não, obrigado!”. Ele morrerá de fome junto com sua esposa, filha e neta, após um terrível embate com seu segundo filho Maxim.

 

Esse nacionalismo antirrusso e antissemita, que foi esmagado pela URSS ao custo de provocar um imenso holocausto, preexiste, portanto, ao ambíguo encontro com o nacional-socialismo de Hitler, e prosperará até hoje misturando-se com a aspiração majoritária da Ucrânia contemporânea de assumir o modelo das democracias europeias.

 

Comoventes são as páginas de Maria que descrevem a labuta do trabalho no campo, o sentido de comunidade que deriva da fé religiosa, o amor que derrota as convenções, a eterna ameaça vinda de um distante poder imperial. Só podemos nos identificar com os contínuos altos e baixos da vida de Maria, na força sobre-humana com que ela enobrece sua condição humilde de mulher fundamentalmente sozinha diante das adversidades da vida. Embora o romance de Ulan Samchuk celebre uma visão tradicionalista da relação entre o homem e sua terra, entender o nacionalismo que ele exala nos ajudará a acertar as contas com as opostas propagandas da desnazificação e da descomunistização. E sobretudo nos ajudará a reconhecer aquele trauma histórico representado pelo holodomor, do qual a Ucrânia não pode se livrar em sua resistência ao imperialismo de Putin.

 

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