Nigéria, o alarme dos sacerdotes: somos uma espécie à beira da extinção

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15 Julho 2022

 

Do país africano o apelo dos religiosos para evitar reações e confiar na oração diante da violência que os atinge. Ajuda à Igreja que Sofre denuncia 18 sequestros de padres em 2022, três deles mortos.

 

A reportagem é publicada por Vatican News, 14-07-2022. A tradução é de Luisa Rabolini.

 

Evitar reações violentas e confiar na oração. Esse é o apelo lançado pelos bispos nigerianos diante de um aumento dramático de sequestros, assassinatos e violências no país. De acordo com o que foi apurado pela Ajuda à Igreja que Sofre, pelo menos 18 padres no país foram sequestrados desde o início de 2022, cinco deles na primeira semana de julho. A maioria dos abduzidos foi libertada mais tarde, exceto três que foram mortos.

 

Sacerdotes, uma espécie em extinção

 

"É realmente triste - lê-se num comunicado da Associação dos Sacerdotes Católicos Diocesanos da Nigéria enviada para Ajuda à Igreja que Sofre - que no decorrer de suas atividades pastorais habituais, os padres estejam se tornando uma espécie em extinção". De acordo com a Associação, várias vezes e em vários níveis, foi solicitada ajuda ao governo, no entanto, como também observado pela Conferência Episcopal da Nigéria, continua, "é claro para a nação que (o governo) fracassou em (seu) dever primário de proteger a vida dos cidadãos nigerianos”.

 

Carregamos conosco os livros sagrados, não as armas

 

Os sacerdotes rejeitam explicitamente qualquer resposta que envolva força ou violência, explicando que não são "terroristas ou companhia de guerra", questionando a utilidade da participação dos sacerdotes nos protestos de rua e apelando para aquela que, segundo eles, deveria ser a primeira arma de um homem de Deus: "O nosso caminho ministerial consiste no anúncio da Palavra de Deus e na celebração da Eucaristia como memória de Cristo e da sua missão na terra. Isso implica que carregamos conosco os livros sagrados e não as armas. Cristo nunca nos encorajou a pegar em armas contra ninguém ou a realizar ações de vingança".

 

Uma semana de oração e jejum pela segurança

 

Os sacerdotes colocam em evidência, portanto, o trabalho fundamental que a falta de segurança, para permanecerem "defensores da vida e da paz", convidando seus irmãos de ministério a unirem-se nestes dias a uma iniciativa extraordinária de oração e jejum, adoração eucarística e a recitação do rosário. Todas atividades que integram outros programas já em andamento pelas dioceses para conter o problema da insegurança na Nigéria.

 

Mapa da Nigéria. (Imagem: Wikimedia Commons)

 

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