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Ucrânia e a estratégia do Papa Francisco contra a guerra. Artigo de Francesco Sisci

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24 Mai 2022

 

“A Igreja não precisa tomar partido para promover a paz. O Papa o faz sem objetivos políticos para si mesmo ou para a Santa Sé e sem objetivos religiosos. Ele não quer converter os muçulmanos ao cristianismo, nem quer converter os ortodoxos à fé católica”, escreve o sinólogo italiano Francesco Sisci, em artigo publicado por Settimana News, 23-05-2022. A tradução é de Wagner Fernandes de Azevedo.

 

Eis o artigo.

 

Uma das principais contribuições do Papa Francisco nos seus anos de pontificado tem sido evitar, prevenir e cortar pela raiz qualquer tentativa de uso da religião para propósitos políticos, especialmente justificar a guerra.

 

Ele tem feito isso essencialmente não alinhando a Igreja Católica a favor de uma ou outra causa política. Ele, em vez disso, decide falar também para os fiéis de outras religiões.

 

Assim foi no Oriente Médio, onde os cristãos estão sob ataque de grupos terroristas compostos por certos setores dos muçulmanos. Também foi assim na Ucrânia, onde os ucranianos e ortodoxos são estão teoricamente em lados opostos.

 

A tentativa de líderes políticos de usar a religião para seus fins, é claro, dividiria o mundo e criaria enormes tensões para todos, mas especialmente para o Ocidente, já que a Europa e os EUA desistiram da ideia de guerra religiosa por séculos. O ponto é religioso para o Papa, mas tem importantes implicações políticas para todos.

 

Quando o Papa fala aos muçulmanos comuns ou aos ortodoxos russos, ele tira o combustível dos inimigos da paz e tenta encontrar soluções pacíficas para os conflitos existentes. Em termos puramente políticos, o Papa está se movendo para um espaço que no final da Segunda Guerra Mundial deveria ser o das Nações Unidas, de encontrar mediação e diálogo entre diferentes partes no respeito mútuo, independentemente de quem esteja certo ou errado.

 

Isso não significa que um país não tenha o direito de se defender em caso de agressão, mas a Igreja não precisa tomar partido para promover a paz.

 

O Papa o faz sem objetivos políticos para si mesmo ou para a Santa Sé e sem objetivos religiosos. Ele não quer converter os muçulmanos ao cristianismo, nem quer converter os ortodoxos à fé católica.

 

Objetivamente, porém, neste sentido, precisamente porque faz o bem pelo bem, ajuda a sua fé sem prejudicar os outros. Ele leva o barco para o meio do mar e não joga redes ou anzóis, mas espera os peixes pularem a bordo, se pularem. Se eles não pularem no barco, porém, essa navegação já atingiu seu objetivo: tentar acalmar as águas.

 

Com esta ação, o Papa está marginalizando os extremistas islâmicos no Oriente Médio em termos políticos. Ele está assim ajudando a integração política e econômica entre Israel e alguns de seus vizinhos islâmicos. Na Ucrânia e na Rússia, ele está lançando as sementes para um novo relacionamento cultural e político além dos propósitos religiosos.

 

De fato, a questão é que a invasão russa da Ucrânia alienou a maioria dos ucranianos da Rússia. Essa maioria, cerca de 60%, era da fé ortodoxa russa. Os Ortodoxos Russos Ucranianos também são importantes para a Igreja Ortodoxa Russa porque Kiev é o berço cultural da Ortodoxia Russa. Além disso, muitos padres ucranianos vão trabalhar na Rússia. Em outras palavras, o clero da Ortodoxia Russa é composto por uma parte não insignificante de ucranianos que se mudaram para a Rússia.

 

A invasão do presidente russo Vladimir Putin tem, portanto, o efeito prático de ter dilacerado a unidade da Igreja Ortodoxa Russa, que incluía precisamente a Ucrânia como parte da Rússia. A Igreja Ortodoxa Russa é um dos pilares do consenso político interno de Putin, então ter minado essa realidade enfraquece significativamente o próprio Putin dentro da Rússia.

 

Além disso, hoje aqueles que eram ortodoxos russos na Ucrânia estão mudando de afiliação, e centenas de paróquias, de fato, agora se referem a líderes religiosos ortodoxos ucranianos e não são mais russos.

 

De um modo geral, existem, de fato, três religiões na Ucrânia: católicos de rito latino e grego, ortodoxos que respondem ao Patriarca de Constantinopla e têm autocefalia, e então a maioria, 60% antes do conflito, eram ortodoxos russos reconhecendo o Patriarca de Moscou.

 

Este último grupo se afastou do Patriarca de Moscou e está migrando para a lealdade ao Patriarca de Kiev. Isso tem implicações para os fiéis na Ucrânia e especialmente para os fiéis ortodoxos russos na Rússia. Putin não conseguiu transformar a invasão da Ucrânia em uma guerra santa contra os nazistas também porque não podia colocar os russos ortodoxos na Rússia contra os fiéis da mesma Igreja na Ucrânia.

 

Pelo contrário, que os ortodoxos russos da Ucrânia tenham se afastado da lealdade ao Patriarca de Moscou abala os próprios fundamentos da Igreja Ortodoxa Russa com seu objetivo de universalidade e ser a Terceira Roma e mina uma das bases do poder e consenso de Putin na Rússia.

 

Este fracasso isola o Patriarca de Moscou do resto da Ortodoxia, minando assim sua ambição de liderar a ortodoxia global. Também lança as bases para uma possível reunificação da ortodoxia russa com Roma.

 

Isso foi feito sem declarar guerra, mas com obstinação e contra toda a oposição, buscando a paz. É uma revolução política fundamental; demonstra o uso estratégico da paz e do diálogo para perseguir objetivos políticos de paz e não de conflito. Todo país interessado na paz deve, portanto, olhar atentamente para esta ação.

 

As lições para a China podem ser muitas aqui. Isso prova que o Papa é uma força de paz, independente das pressões do Ocidente e do Oriente. Pequim não precisa de “amigos” que a seguem timidamente em troca de suborno. Precisa de parceiros confiáveis que digam a verdade e ofereçam uma perspectiva diferente.

 

Além disso, prova que agora é difícil e complicado usar a religião para objetivos políticos. Pode facilmente sair pela culatra. Alguns políticos americanos tentaram fazê-lo, mas, como os ortodoxos russos, acabaram dividindo suas igrejas.

 

O ativismo político de alguns católicos em Hong Kong está dividindo a Igreja na cidade. Pode acontecer com cristãos na China, sujeitos a doutrinação política muito intensa para “sinicizar”. Pequim faz isso porque teme que o cristianismo possa ser um canal de subversão na China. Mas a religião é volátil; pode facilmente sair pela culatra, pois as pessoas religiosas não têm medo de nada além de perder sua fé.

 

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