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Buda despertou debaixo de uma árvore. E tornou-se ecologista

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08 Fevereiro 2022

 

“A consagração da floresta descrita por Amalia Rossi e a ênfase posta por David R. Loy no tema arbóreo no Buda são uma expressão do crescente interesse pela abordagem budista para a questão ambiental”, escreve Marco Ventura, professor de Direito canônico e eclesiástico da Universidade de Siena, em artigo publicado por La Lettura, 30-01-2022. A tradução é de Luisa Rabolini.

 

Eis o artigo.

 

A veste do monge é enrolada e cortada com uma grande faca. As tiras laranja assim obtidas são distribuídas entre os participantes da cerimônia, que depois passam a atá-las à volta das árvores. Com esse gesto, culmina o rito de consagração das árvores, o buad pa, que se difundiu na Tailândia setentrional desde o final da década de 1980.

A floresta é consagrada como se consagram os noviços nas comunidades monásticas Therevadin. Pretende-se lembrar, como escreve Amalia Rossi, que as árvores “são sagradas, como a pessoa de um monge” e que devem ser protegidas as matas “ameaçadas pela rápida modernização e pela extração intensiva dos recursos naturais”.

Aqueles que conhecem a história do Buda não ficam surpresos. Nascido entre as árvores, o Desperto teve seu primeiro transe meditativo espontâneo enquanto estava sentado debaixo de uma árvore, iluminou-se sob uma árvore, ensinou muitas vezes debaixo de árvores e morreu entre duas árvores.

David R. Loy lembra a história passada pelo Vinaya, o código monástico, do espírito de uma árvore que apareceu para reclamar do monge que a cortou. Em resposta, "o Buda proibiu os membros da sangha de danificar árvores e arbustos", e também proibiu "cortar os galhos, colher as flores e arrancar as folhas verdes".

A consagração da floresta descrita por Amalia Rossi e a ênfase posta por David R. Loy no tema arbóreo no Buda são uma expressão do crescente interesse pela abordagem budista para a questão ambiental. Para o título de sua monografia publicada pela Meltemi, a antropóloga italiana escolheu o termo Eco-budismo. O análogo Ecodharma foi adotado pelo estudioso e escritor estadunidense para o título de seu livro de 2019, recém-publicado na Itália pela Ubiliber.

Profundamente diferentes um do outro, os dois livros se complementam ao oferecer um panorama vasto e profundo da ecologia budista.

O volume de Amália Rossi, 42, é interessante para todo leitor, mesmo que adote o estilo e a estrutura da pesquisa etnoantropológica. O livro de David R. Loy, 74, é destinado ao público em geral. É simples, claro, explica e repete os conceitos fundamentais, recorre a numerosos aforismos que chamam a atenção.

A pesquisa de doutorado e pós-doutorado da acadêmica italiana é pontual, detalhada, analítica, definida no tempo e no espaço pelas pesquisas etnográficas que realizou entre 2007 e 2015, na província de Nan, no norte da Tailândia, na fronteira com o Laos. David R. Loy resume em seu Ecodharma décadas de pesquisas, escritos e iniciativas que dizem respeito ao budismo como um todo, no plural, em suas diversas trajetórias históricas e geográficas.

Para a antropóloga, as "declinações eco-budistas do ambientalismo tailandês" merecem ser observadas para entender o encontro e o embate entre poderes e instituições locais e internacionais de um lado e, do outro, as "instâncias radicais" das comunidades étnicas de montanha, vítimas de projetos de desenvolvimento rural e de conservação ambiental.

 

Observar e interpretar

 

Monges da floresta e paisagens disputadas na Tailândia, como diz o subtítulo, significa medir-se com as ambiguidades e contradições de atores multifacetados, de vítimas e beneficiários de políticas ambientais estatais, de estratégias do business e das ONGs, das trajetórias de monges fiéis ao corpo monástico nacional e ao rei, e ao mesmo tempo próximos das comunidades locais.

Se em sua obra Rossi aborda o budismo de fora, toda interna é a abordagem de Loy, um praticante zen desde 1971, por vinte anos no Japão, desde 1988 ele próprio mestre. Hoje residindo no Colorado, não muito longe do centro Ecodharma que ajudou a fundar, o autor propõe ensinamentos budistas para enfrentar a crise ecológica, conforme indicado pelo subtítulo de seu livro.

Para Loy, isso significa destilar princípios úteis para a mudança de civilização necessária para a sobrevivência da espécie e do planeta, mas também questionar os próprios budistas, além do individualismo dos praticantes ocidentais e da aquiescência ao poder dos orientais, bem como o budismo do outro mundo, voltado para o nirvana, e o budismo deste mundo, voltado para o mero despertar pessoal.

Embora diferentes, os dois autores compartilham a urgência de uma palavra de verdade e de uma escolha de campo. É o que Rossi procurava no campo, no ritual da consagração das árvores: "Eu também me juntei a eles, amarrando uma tira de tecido laranja ao tronco de uma jovem árvore".

A antropóloga, em primeiro lugar, compartilhou a emoção da cerimônia: “Fiquei imersa numa troca ininterrupta de sorrisos e sussurros comprazidos, olhares que brilhavam pelo sentido de envolvimento moral inspirado pela cerimônia, que parecia indiscutivelmente boa, justa, linda”.

O confronto com os atores, além disso, trouxe à tona os contrastes. O xamã que participou da cerimônia junto com os monges budistas reivindicou seus poderes e seu papel: "Os espíritos, mais que o Buda, são os verdadeiros protetores da floresta". Por sua vez, por trás do consentimento de fachada, os camponeses locais mostraram-se inquietos: "Se plantarmos a floresta na terra que normalmente cultivamos, teremos que nos mudar para outro lugar e não poderemos mais viver aqui".

Ao entrelaçamento de interesses e fatores evidenciados por Amalia Rossi, David R. Loy responde com um desafio às tradições budistas. Para além da tradição Mahayana de onde provém, o bodhisattva é hoje cada vez mais interpretado como um Buda em formação que não se limita à sua própria iluminação, mas se dedica à libertação de cada alma viva em nome da interconexão e da interdependência do mundo.

Nesse sentido, para o autor estadunidense, o caminho do bodhisattva pode se tornar o caminho da "ecosattva", ou seja, de despertar para a unidade orgânica da biosfera como "comunidade de sujeitos". Como escreve Loy, "a crise ecológica está nos fazendo bater o nariz no ponto principal que ainda tentamos ignorar: gostemos ou não, no sentido mais fundamental, nós todos somos um só".

Em resposta a uma crise ecológica que no fundo é uma "crise espiritual", o caminho da ecosattva reconcilia meditação e ativismo, e coloca os princípios fundamentais do dharma, harmonia e da lei do universo a serviço da humanidade, no desafio de época que se prospecta.

Entre as muitas citações, a melhor síntese da proposta de Loy é então a do mestre vietnamita Thich Nhat Hanh, falecido aos 95 anos, no último dia 22 de janeiro (da qual a Garzanti está prestes a publicar, sobre o mesmo tema, Zen e a arte de salvar o planeta): “O Buda alcançou o despertar como indivíduo. Agora, para parar o curso da destruição, precisamos de uma iluminação coletiva”.

 

Leia mais 

 

  • Buda, Dante, e o segredo de Francisco
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