24 Janeiro 2022
O garoto de catorze anos Breiner David Cucuñame e Guillermo Chacame eram dois "guardiões da terra". Mas também do ar, da água e da cultura ancestral da sua comunidade.
O comentário é de Tonio Dell'Olio, presidente da Pro Civitate Christiana, publicado por Mosaico di Pace, 21-01-2022. A tradução é de Luisa Rabolini.
Eles moravam no Norte do Cauca na Colômbia, uma área que tive a graça de visitar. Os chamados guardiões carregam consigo o “bastão de comando” como símbolo do papel e do serviço que desempenham. A etnia Nasa, à qual pertenciam os dois jovens assassinados em 14 de janeiro, é precisamente aquela em que vivi durante quinze dias. Eles defendem suas terras dos ex-guerrilheiros das Farc, dos grupos paramilitares e do exército. Todos empenhados em colocar as mãos nas terras para serem transformadas em plantações intensivas de coca.
O tráfico de drogas nessas terras deixa apenas as migalhas, a destruição das próprias terras e a morte. Segundo o Indepaz, órgão independente de defesa dos direitos humanos, 170 defensores do meio ambiente foram assassinados em 2021 e, desde o início do ano, já são cinco. Se tivéssemos o poder de perguntar ao governo colombiano que política está adotando para proteger a vida dessas pessoas e dessas terras, ouviríamos atentamente a sua resposta.
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Colômbia. No norte do Cauca - Instituto Humanitas Unisinos - IHU