23 Dezembro 2021
No final de 1945, numa pequena cidade de Michigan, perto de onde o “polegar” da península inferior encontra “os dedos”, o aspirante pintor Wally Bronner, 18 anos, promovia uma exibição de decorações de Natal para mostrar seu talento a empresários locais.
Seus esforços eram de tanto sucesso que as pessoas do local insistiam em vir ver as decorações depois que o Natal acabava. Bronner lentamente construiria o que é hoje a mais loja de Natal em Frankenmuth, Michigan. Os 27 acres de lojas são dedicados a Cristo e “aos corações decorados com paz e amor”.
Em 1992, Bronner inaugurou a construção de uma réplica da capela na Áustria, onde a canção de natal “Silent Night” (Noite Feliz) foi cantada pela primeira vez na véspera de Natal em 1818. Bronner visitou a capela em 1976 e passou os 16 anos seguintes trabalhando para construir uma réplica em sua loja como forma de honrar a Deus por tudo o que recebeu em sua vida. Hoje a música toca na capela do Bronner's, e a loja exibe traduções em centenas de idiomas.
A reportagem é de Jim McDermott, publicada por America, 21-12-2021. A tradução é de Wagner Fernandes de Azevedo.
Como ouvimos ao longo desta temporada de “Hark!” - o novo podcast da revista America sobre as canções de natal que amamos - cada uma das canções que cantamos nesta temporada tem suas próprias histórias envolventes. Uma coisa que parece particular em “Noite Feliz” é quantas pessoas ela inspirou. Como o produtor de “Hark!”, Maggi Van Dorn, o jesuíta Ed Schmidt e o compositor Colin Britt comentam: acredita-se que “Noite Feliz” tenha inspirado uma trégua de Natal entre os soldados durante a Primeira Guerra Mundial; também foi usado para encorajar ambos os lados durante a Segunda Guerra Mundial. O tenor irlandês Ronan Tynan cantou para o ex-presidente dos Estados Unidos George H. W. Bush em seu leito de morte. Bush Pai, o Poppy, até cantou junto.
“Noite Feliz” é uma música que inspira a imaginação de muitas maneiras. No episódio, Maggi fala com uma cantora de coral de longa data, Rusty McDermott (que por acaso também é minha mãe). E é fascinante ouvir os detalhes que minha mãe aprendeu ao cantar a música; o cabelo encaracolado do menino Jesus, sua “boquinha em forma de botão de rosa”. É como se a música nos levasse naturalmente a uma compreensão muito física e totalmente realizada do que entendemos por encarnação. Em “Noite Feliz”, o Menino Jesus não é uma ideia ou um princípio teológico; ele é um recém-nascido nos braços de sua mãe que nós, os cantores, estamos tentando ajudar a dormir.
Ouça o episódio de “Hark!” sobre Noite Feliz (Silent Night) pode escutado abaixo, incluindo apresentações do Grupo de Arte Litúrgica do Boston College – e de minha mãe! Quem sabe a música pode inspirar você também.
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“Noite Feliz”: uma canção invocada em ambas Guerras Mundiais e cantada na morte de um ex-presidente estadunidense - Instituto Humanitas Unisinos - IHU