EUA: uma nação menos cristã

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18 Dezembro 2021

 

Uma pesquisa realizada pelo Pew Research Center registrou uma queda considerável entre os adultos estadunidenses que se consideram cristãos: atualmente 63% dos entrevistados, com um declínio de mais de 10% em comparação com uma década atrás. Isso corresponde a um crescimento daqueles que não têm nenhuma filiação religiosa ou se consideram ateus: 29% contra 19% em 2011.

O comentário é do teólogo e padre italiano Marcello Neri, professor da Universidade de Flensburg, na Alemanha, publicado por Settimana News, 17-12-2021. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

As respostas às perguntas sobre a oração e a importância da religião na própria vida também são sintomáticas: 45% afirmaram que rezam diariamente (em 2011, eram 58%); e 41% consideram a religião muito importante na própria vida (em 2007, eram 56%).

A maior queda se encontra entre os protestantes (evangélicos e não evangélicos), que hoje são 40%, enquanto em 2011 eram 50% da população. Os católicos permanecem estáveis em cerca de 21%, como há 10 anos.

As outras fés religiosas permanecem substancialmente estáveis, com 6% das pessoas professando uma fé não cristã: 1% judeus; 1% muçulmanos; 1% budistas; 1% hindus; 2% que se identificam com um amplo e variado espectro de crenças religiosas.

O aumento da taxa de secularidade entre os cidadãos estadunidenses parece ser constante nos últimos 20 anos. Mas a pergunta interessante diz respeito às regiões que experimentam uma forte queda, especialmente entre os protestantes.

“Trata-se também de uma reação ao ambiente político do país. Muitas pessoas se afastam da religião porque acham que ela é uma expressão da política conservadora ou uma parte do Partido Republicano. Isso vale especialmente para os estadunidenses brancos. Quanto mais a religião se enreda na visão política, mais as pessoas que não a compartilham dizem que essa religião não é para elas” (D. Campbell).

O fato é que, embora em declínio nos números, o cristianismo (especialmente o evangélico) é capaz de uma agenda capaz de incidir na política do país. Algo que ainda não ocorre para aquele percentual crescente de não filiados, não crentes e ateus. Embora o liberalismo ético e antropológico do Partido Democrata nas últimas décadas talvez seja o melhor espelho disso.

 

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