Renda continua caindo nas metrópoles brasileiras e atinge menor nível em quase 10 anos

Foto: Unsplash

Mais Lidos

  • O economista Branko Milanovic é um dos críticos mais incisivos da desigualdade global. Ele conversou com Jacobin sobre como o declínio da globalização neoliberal está exacerbando suas tendências mais destrutivas

    “Quando o neoliberalismo entra em colapso, destrói mais ainda”. Entrevista com Branko Milanovic

    LER MAIS
  • Abin aponta Terceiro Comando Puro, facção com símbolos evangélicos, como terceira força do crime no país

    LER MAIS
  • A farsa democrática. Artigo de Frei Betto

    LER MAIS

Assine a Newsletter

Receba as notícias e atualizações do Instituto Humanitas Unisinos – IHU em primeira mão. Junte-se a nós!

Conheça nossa Política de Privacidade.

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

08 Outubro 2021

 

A média de renda continua caindo nas metrópoles brasileiras e alcançou o segundo pior nível desde o início da série histórica, em 2012. "A cada trimestre, a situação nas metrópoles brasileiras vai se tornando ainda mais dramática. O segmento mais pobre da população vem sobrevivendo com renda muito mais baixa que no período pré-pandemia", relatou o professor André Salata (PUCRS), um dos coordenadores do “Boletim Desigualdade nas Metrópoles”, junto com o professor Marcelo Ribeiro (IPPUR/UFRJ)

A informação está no Boletim Desigualdade nas Metrópoles, publicado por Observatório das Metrópoles, 07-10-2021.

Segundo Salata, a queda do último trimestre está mais ligada ao que aconteceu aos mais ricos, cuja renda caiu um pouco. O estudo mostra que apesar das famílias mais pobres terem sofrido perdas proporcionalmente maiores em sua renda, em todos os estratos a renda média do segundo trimestre de 2021 ainda é significativamente menor que aquela do período anterior à pandemia – entre os mais ricos, a renda média do período era 8,3% menor do que a encontrada no primeiro trimestre de 2020. Entre as famílias que compõem a camada de renda intermediária, a perda foi de 5,1%. Já entre os mais pobres, a perda foi de 22,1% do rendimento médio.

Uma das consequências dessa queda de renda entre os mais pobres é que no segundo trimestre de 2021, mais de 23 milhões de moradores das metrópoles brasileiras (28,1%) viviam em domicílios cuja renda média per capita era de até ¼ do salário-mínimo (R$ 261,25). Apesar da leve redução em relação ao trimestre anterior, quando essa taxa era de 29,4%, vê-se que está muito longe do cenário anterior à pandemia, quando essa cifra era de 24,5%. Em termos absolutos, quando se compara a situação atual (segundo trimestre de 2021) com a de antes da pandemia (primeiro trimestre de 2020) ainda existe um saldo adicional de 3,2 milhões de pessoas abaixo da linha de ¼ de salário-mínimo no conjunto das metrópoles, o que corresponde a um pouco menos que a população de uma Região Metropolitana, como Salvador ou Curitiba, ou pouco mais que a população do Distrito Federal.

 

Confira na íntegra o "Boletim Desigualdade nas Metrópoles nº 05": 

 

 

 

Leia mais