ONU, em 2050, cinco bilhões de pessoas não terão acesso à água

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07 Outubro 2021

 

A Organização Mundial de Meteorológica adverte: o número de pessoas que sofrem por estresse hídrico irá aumentar dramaticamente, mas os esforços para o clima são insuficientes.

A reportagem é de Francesca Sabatinelli, publicada por Vatican News, 05-10-2021. A tradução é de Luisa Rabolini.

Em 2050, em menos de trinta anos, 5 bilhões de pessoas não terão acesso à água. A estimativa é da Organização Mundial de Meteorológica, agência das Nações Unidas que, em seu relatório sobre a situação da crise hídrica no mundo, lança um alarme dramático: desde 2000, declara, o acúmulo de água terrestre diminuiu vinte centímetros e, hoje, apenas 0,5% da água do planeta é utilizável e está disponível como água doce.

 

Atrasos nos Objetivos de Desenvolvimento

 

Em 2018, mais de 3,5 bilhões de pessoas tiveram acesso inadequado à água por pelo menos um mês durante o ano. Em 2020, o mesmo número de pessoas não dispunha de serviços higiênicos-sanitários seguros, 2,3 bilhões estavam sem serviços de saneamento básico e mais de dois bilhões ainda vivem em países sem acesso a água potável. “O mundo - especifica a OMM - está seriamente atrasado em relação ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável n. 6 das Nações Unidas para garantir a disponibilidade e a gestão sustentável da água e dos serviços higiênico-sanitários para todos”, portanto, é o alerta, as taxas atuais de progresso devem quadruplicar para atingir os Objetivos globais até 2030.

 

O aumento de inundações e secas

 

A OMM também observa que 107 países no mundo "estão no caminho equivocado no percurso para a gestão sustentável de seus recursos hídricos até 2030", explicando também que inundações e secas "estão aumentando devido às mudanças climáticas". Desde 2000, os desastres ligados a enchentes aumentaram 134% em relação às duas décadas anteriores, e a Ásia é o continente mais afetado, com o maior número de vítimas e perdas econômicas.

Um exemplo disso é o que aconteceu no ano passado em toda a área, do Japão à China, da Indonésia ao Neal, do Paquistão à Índia, quando milhões de pessoas foram deslocadas e centenas morreram. Sem esquecer que as inundações catastróficas também atingiram a Europa, aqui também com centenas de mortos e consideráveis danos. A seca, por outro lado, tem devastado a África, com o maior número de mortes ligadas à quantidade e à duração dos períodos aumentados, sempre a partir do ano 2000, em 29%.

 

Esforços financeiros insuficientes

 

Portanto, prevê-se que “o número de pessoas que sofrerão por estresse hídrico aumentará dramaticamente, tanto pelo aumento da população quanto pela diminuição da disponibilidade”. Diante disso, porém, “a gestão, o monitoramento, as previsões e o alerta precoce são fragmentados e inadequados, enquanto os esforços financeiros globais para o clima são insuficientes”.

 

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