#Vaidade. Artigo de Gianfranco Ravasi

Foto: Unsplash

Mais Lidos

  • “Não podemos fazer nada”: IA permite colar em provas universitárias com uma facilidade sem precedente

    LER MAIS
  • São José de Nazaré, sua disponibilidade nos inspira! Comentário de Adroaldo Palaoro

    LER MAIS
  • Promoção da plena credibilidade do anúncio do evangelho depende da santidade pessoal e do engajamento moral, afirma religiosa togolesa

    Conversão, santidade e vivência dos conselhos evangélicos são antídotos para enfrentar o flagelo dos abusos na Igreja. Entrevista especial com Mary Lembo

    LER MAIS

Assine a Newsletter

Receba as notícias e atualizações do Instituto Humanitas Unisinos – IHU em primeira mão. Junte-se a nós!

Conheça nossa Política de Privacidade.

Revista ihu on-line

Natal. A poesia mística do Menino Deus no Brasil profundo

Edição: 558

Leia mais

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

28 Setembro 2021

 

O que torna insuportável a vaidade alheia é o fato de ofender a nossa.

 

O comentário é do cardeal italiano Gianfranco Ravasi, prefeito do Pontifício Conselho para a Cultura, em artigo publicado por Il Sole 24 Ore, 26-09-2021. A tradução é de Luisa Rabolini.

 

O zero, não querendo andar nu, vestiu-se de vaidade.

Um grande repertório de ideias temáticas são as Máximas do escritor moralista do século XVII François de La Rochefoucauld. É a partir dessa obra que propomos o primeiro lema.

Estamos sempre prontos a ironizar sobre a vaidade alheia e o fazemos mantendo bem desdobrado o leque do nosso pavonear-se. “Sim, eu teria motivos para me vangloriar do que faço”: é o sutil e inconfessado pensamento que está por trás e que naquele momento atravessa nossa mente e coração.

A segunda frase que citamos e que dá continuidade ao tema é retirada dos Miseráveis, a famosíssima obra prima de outro escritor francês, Victor Hugo.

A vanglória é o traje suntuoso de quem na verdade é um zero. Vazio, tolo, inconsistente, mas capaz de se fazer crer sólido, razoável, pacato, substancioso: esse é o retrato de muitos em um tempo marcado pela aparência, pelo visual, pelo arranjo exterior. Pior ainda quando a vaidade se transforma em soberba, arrogância, presunção desdenhosa, ostentação arrogante. O fanfarrão pode ser patético, mas o megalomaníaco pode ser perigoso e delirante. Em vez disso, se deveria ir em busca destes adjetivos um tanto obsoletos: modesto, simples, humilde, arredio, reservado, medido...

 

Leia mais