Padres “esquecidos” por seus bispos

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24 Agosto 2021

 

"Alguns bispos não me ligam pessoalmente (viva a fraternidade episcopal!) nem mesmo quando procuram com urgência um lugar para suas 'ovelhas negras'", escreve Gérard Daucourt, bispo emérito de Nanterre, em artigo publicado por Settimana News, 21-08-2021. A tradução é de Luisa Rabolini.

 

Eis o artigo.

 

Gérard Daucourt, nascido na Suíça em 1941, bispo emérito de Nanterre, desempenhou diversos cargos na Conferência Episcopal Francesa e em alguns órgãos da Santa Sé. Ele é o brilhante autor de vários livros. Um deles, com o título emblemático “Padres em pedaços”, está sendo impresso na EDB. Atualmente, em uma estrutura chamada "Pequena Betânia", ele atende padres "em pedaços", ou seja, necessitados de uma reconstrução humana e espiritual. Ele escreveu estas linhas que publicamos abaixo, para Francesco Strazzari.

Obrigado, caro Francesco, por sua mensagem.

O artigo de Dom Vinício é muito interessante (cf. SettimnaNews: Persone omosessuali: dall’infamia al rispetto). Continue abrindo novas perspectivas.

Li também a "disputa" entre a Polônia e a Alemanha proposta pelo Padre Lorenzo (cf. SettimanaNews: " Polonia-Germania: sull’omoeresia"). Eu não sabia nada sobre isso. Settimana News é realmente cada vez mais interessante.

Espero encontrá-lo em boa forma, mesmo que se considere um "enterrado vivo". Eu também não posso mais sair devido às condições pessoais de alguns hóspedes.

Atualmente, temos alguns com forte atração pelo álcool. Mas a vida continua a passar serenamente na "Pequena Betânia".

Alguns bispos oferecem-nos sua visita aos presbíteros que nos confiaram. Outros nem pedem notícias. Eles encontraram uma acomodação para as ovelhas de seu rebanho que se comportaram mal. Tenho a impressão de que, para eles, não existem ovelhas perdidas como as mencionadas no Evangelho, mas apenas "ovelhas negras" que devem ser afastadas rapidamente.

Entre os hóspedes, temos um padre que voltou de quatro anos de prisão. Durante sua detenção, nem seu bispo nem seu vigário-geral se dignaram a escrever ou visitá-lo. Outro padre vive conosco há mais de seis meses e seu bispo ainda não o contatou.

Alguns bispos não me ligam pessoalmente (viva a fraternidade episcopal!) nem mesmo quando procuram com urgência um lugar para suas "ovelhas negras". Eles montam um dossiê burocrático através de seu vigário geral. Tudo isso é triste e muitas vezes decepcionante, mas isso não impede que a graça atue. Pequenos milagres costumam acontecer aqui.

 

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