Pernambuco e a usina nuclear. Igreja e parlamentares discutem os perigos da usina nuclear de Bolsonaro para o Estado

Mais Lidos

  • Mudanças climáticas: aprender a fazer as conexões. Artigo de Leonardo Boff

    LER MAIS
  • Com seca extrema, rio Amazonas deve baixar históricos 8 metros em setembro

    LER MAIS
  • “A política não é uma profissão, é o sentido que encontrei para a vida”. Entrevista com José Mujica

    LER MAIS

Newsletter IHU

Fique atualizado das Notícias do Dia, inscreva-se na newsletter do IHU


Revista ihu on-line

Zooliteratura. A virada animal e vegetal contra o antropocentrismo

Edição: 552

Leia mais

Modernismos. A fratura entre a modernidade artística e social no Brasil

Edição: 551

Leia mais

Metaverso. A experiência humana sob outros horizontes

Edição: 550

Leia mais

20 Agosto 2021

 

Lideranças da Igreja Católica se reúnem com parlamentares pernambucanos, nesta sexta-feira (20), para debater o projeto de instalação de uma usina nuclear e seus impactos ambientais e socioeconômicos, em Itacuruba, no sertão. O encontro será virtual, por meio da plataforma Google Meet, às 19h.

A reportagem foi publicada por blog Folha do Sertão, 18-08-2021.

A iniciativa é do arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido, em conjunto com o seu bispo auxiliar, dom Limacêdo Antonio da Silva, e com o bispo da Diocese de Floresta (PE), dom Gabriel Marchesi. Os religiosos convocaram e estarão presentes deputados estaduais, federais e senadores.

A criação da fonte atômica de energia foi sinalizada no Plano Nacional de Energia 2050, elaborado pelo Ministério de Minas e Energia (MME), do Governo Bolsonaro. Além de Itacuruba, outras oito localidades no Nordeste e Sudeste do país estão sendo estudadas para abrigar usinas.

De acordo com informações da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia e divulgadas pela imprensa, a Eletronuclear já concluiu estudos que indicam Itacuruba como a área ideal para a construção do empreendimento com seis reatores às margens do Rio São Francisco e que custaria R$ 30 bilhões.

Pelo menos desde o ano passado, a Igreja com apoio dos movimentos sociais, pesquisadores e artistas vêm provocando o debate alertando toda sociedade acerca dos riscos ambientais como a morte do Rio São Francisco e os possíveis vazamentos de radiação, por exemplo. A preocupação também gira em torno do impacto social e econômico sobre as comunidades tradicionais que vivem na região.

Apesar da intenção do Governo Federal, a legislação estadual impede a instalação de uma usina atômica em Pernambuco. De acordo com o Artigo 216 da Constituição Estadual, está proibida a instalação de usinas nucleares no Estado enquanto não se esgotarem toda a capacidade de produzir energia hidrelétrica e de outras fontes.

Recentemente, a Controladoria Geral da União (CGU) ingressou no Supremo Tribunal Federal (STF) para questionar a constitucionalidade do artigo que garante a segurança do meio ambiente e de todos que habitam no Estado.

A expectativa é de que durante a reunião com as autoridades religiosas, os deputados e senadores conheçam melhor os riscos que o empreendimento pode trazer ao estado e, dessa forma, possam se posicionar contrários à destruição de tantas vidas no sertão.

 

Leia mais

Comunicar erro

close

FECHAR

Comunicar erro.

Comunique à redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:

Pernambuco e a usina nuclear. Igreja e parlamentares discutem os perigos da usina nuclear de Bolsonaro para o Estado - Instituto Humanitas Unisinos - IHU