05 Agosto 2021
Parece que a posse de Ciro Nogueira na Casa Civil selou de vez a aliança do centrão com os militares.
Na nova divisão do trabalho, o centrão governa, os militares pegam boquinhas para si e para os parentes, bolsonaro distrai o público. E todos roubam.
É a nova política.
Só tem um erro: o centrão não governa; ninguém governa.
Agora é oficial: Bolsonaro investigado no inquérito das fake news por ataques às urnas eletrônicas. #ForaBolsonaro
Não existe meritocracia numa sociedade desigual
Via Sen Alessandro Vieira
RESUMO DA NOTÍCIA
IPCC relaciona mudanças climáticas com atividade humana, afastando tese de ciclo natural do planeta
Desde 2019, membros do governo questionavam o papel das atividades humanas no aquecimento global
IPCC venceu o prêmio Nobel da Paz por seu trabalho em promover uma melhor compreensão sobre os desafios do planeta
Informe do IPCC aumentará pressão internacional sobre presidente brasileiro e ação na Amazônia
AMAZÔNIA: CUIDADO, FRÁGIL
A Câmara dos Deputados aprovou o chamado "PL da Grilagem", que estimula a ocupação ilegal e predatória da Amazônia. Mantido o ritmo atual, a destruição atingirá em alguns anos um ponto de não retorno, com o aumento da temperatura regional e a subsequente a savanização da floresta. Será uma perda irreparável para o Brasil. Escrevi sobre isso há algum tempo:
"O Brasil não disputará com a China a primazia mundial na produção de manufaturados. Não disputará com os Estados Unidos e a União Europeia o predomínio nas tecnologias de ponta que já estão maduras e em seus desdobramentos. Mas, como veremos, poderá ser vanguarda no mundo se conseguir criar uma coisa nova, a economia da biodiversidade. Uma economia high-tec de novo tipo.
"Só nós temos essa possibilidade. E a estamos jogando fora. Em pleno século XXI, a Amazônia destruída será a confirmação do nosso fracasso como Nação. Preservada e integrada em um novo modelo de desenvolvimento, que estamos desafiados a inventar, será o ponto de partida para retomarmos o sonho de uma civilização brasileira."
O artigo completo -- "Amazônia: cuidado, frágil" - está no link. É um capítulo do meu livro "Ensaios brasileiros".
Abraços,
Cesar Benjamin
"I urge a battle for a Christianity with a more human face."
From the archives: a 1971 interview with the late Swiss Catholic theologian Hans Küng, one of the most important influences on the second Vatican council.
"Eu exorto uma batalha por um cristianismo com uma face mais humana."
Dos arquivos: uma entrevista de 1971 com o falecido teólogo católico suíço Hans Kung, uma das mais importantes influências no segundo Concílio Vaticano.
Cheguei a SP desde Porto Alegre semiclandestino em 1970, depois de, ainda moleque, iniciar a luta contra a ditadura militar. Fui então convidado pelo Francisco Weffort para ajudá-lo em sua tese de doutorado fazendo um levantamento de dados na Biblioteca Pública e no Cebrap. Era um grande intelectual, companheiro e amigo. Depois fui preso no próprio Cebrap e acabei indo para o exílio. Quando do meu retorno ao Brasil fizemos juntos as primeiras campanhas do Lula à Presidência. A foto que segue é desse tempo (início dos anos 90 em NY). Depois quando tucanou nos afastamos, mas ele sempre se manteve como intelectual e pessoa do bem.
‘Como ensinar’, uma extraordinária crônica de Rubem Alves
A uberização do trabalho
"Mudar a sociedade de modo a que as diferenças sejam revigorantes, sem nada ter a ver com propriedades/poder."
Bolsonaro está envolvido diretamente com os picaretas da vacina. O impeachment é uma necessidade para o Brasil! #ForaBolsonaro
Bolsonaro e Paulo Guedes, o Chicago boy da economia, conseguem, juntos, ultrapassar todas as maldades impostas pela reforma trabalhista do golpista Michel Temer. É absurdo!
1- Num momento de seu livro, Nêgo Bispo diz que o futebol é um esporte que se baseia na competitividade, em que as pessoas devem torcer a favor de um time contra o outro, e que a capoeira é um esporte sem competitividade nem exclusão, nem ganhador nem perdedor, pois ela simplesmente acolhe quem vem e todo mundo sempre ganha. A segunda é criação dos povos pindorâmicos, a primeira é do homem branco.
2- Fora momentos iniciais da infância, eu nunca gostei de nem de futebol nem de Olimpíada. Tenho lido por aqui que muitas pessoas, depois de 2013, deixaram de lado esses hábitos, enquanto outras, fiéis e zeladoras, continuam argumentando com unhas e dentes a tradição que movimenta bilhões e, apesar de pandemia, ou justamente por ela, voltam a se agarrar a seu amor quadrienal.
3- Há argumentos, para quem vê sob uma ótima parecida comigo, o quanto todo o aparato de órgãos multinacionais, medalhas, investimentos bilionários dos países mais ricos como China e EUA e toda uma competição baseada no ganhador e no perdedor, no primeiro, no segundo e no último lugar, tudo isso é absolutamente ridículo,
4- que valorizar a palhaçada toda com rios de dinheiro e espaço midiático é um daqueles desperdícios de tempo e energia que não deveríamos mais ter o luxo de fazer; que seria melhor arranjar um jeito tão pomposo e dispendioso como esse de valorizar atividades ecológicas, agregadoras, culturais ou verdadeiramente políticas.
5- Mas tem aqueles que argumentam com muita erudição e perspicácia verbal no quanto o esporte (branco, capitalista e competitivo) é cultura, conhecimento, lazer, beleza, estética, esplendor e magnificência.
6- Como eu nunca serei nada e não posso querer ser nada, além de não ter mais o mínimo saco para esse tipo de discussão inútil, talvez, colocando a palavra sábia do Nêgo Bispo, talvez quem sabe as pessoas pensem um pouco melhor, porventura, no quanto a cultura do esporte internacional é não só ridícula, bizarra, infantilizada, absurda, mas é, também, profundamente excludente, capitalista, inventa um primeiro e um segundo lugar para louvá-los e excluir o resto.
7- E como o Brasil sempre foi um país miserável em medalhas perto dos gigantes do capital, ele se aferra nas poucas duas ou três que ganha. Não há dúvida de que tais ganhadores, especialmente os que vieram de baixo, tem o mérito de mostrar a todos que podem, sem financiamento, vencer o mundo. Uau, fantástico. Enquanto isso, China, EUA e Japão nadam em medalhas e seu povo mal sabe todas as que ganham. Mas contabilizam, como um acionista da bolsa de valores. E gozam.
8- Mesmo assim, o princípio, o meio e o fim continuam errado. Está tudo errado. Mas a gente se acostuma com muita coisa errada e sempre aceita. A gente, com o tempo, defende e inventa motivos culturais, políticos, biológicos e neuroniais. A gente justifica de todas as formas possíveis o que poderia abandonar e melhorar.
9- Mas querido, não perca seu tempo comigo. Vai babar para o próximo jogo, a próxima semifinal. Não tente justificar o seu vício (todos temos alguns ou muitos, afinal), o seu lazer, o seu êxtase e a sua tristeza; o seu conhecimento e elucubração minuciosa em torno do salto tridimensional e do lance da bola e do gol. Goze.
10- Ou, se quiser, ok, desenhe seu argumento com belas citações gregas e baseado em teóricos atuais, como Gumbrecht e Wisnik, que eu também li. Isso, delicie-se com a raridade de assistir a um evento que deve mover mil sacrifícios, inclusive pandêmicos. Vai, querido, vai.
• 05/08/1984 – Memória da festa popular celebrada e ocorrida na Paroquia São Marcos Evangelista, no Parque São Rafael em missa presidida por Dom Luciano Pedro Mendes de Almeida em que Fernando Altemeyer Junior com toda a família Muller Delgado Altemeyer Murawski e o povo das 72 comunidades dos setores Sapopemba e São Mateus reuniram perto de cinco mil pessoas em pleno domingo e em seguida partilharam o bolo de oito metros feito pelas comunidades de base de toda a região Leste em regime de mutirão, com a coordenação de Irene Garbelini. A força da Igreja povo de Deus pelo sopro do Espírito Santo. Guardo do lado esquerdo do peito. São 37 anos. Muita gente já está ao lado de Deus na eternidade.