Lançamento da cartilha “Mulheres Do Cerrado: Construindo Resistências”, traz a voz e a mística das mulheres cerradeiras

Foto: Miguel Bruna | Unplash

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07 Julho 2021

 

Cartilha reúne os saberes tradicionais e textos sobre o enfrentamento ao sistema capitalista, racista e patriarcal a partir das vozes de mulheres do cerrado.

A reportagem é publicada por CIMI, 05-07-2021.

A cartilha “Mulheres do Cerrado: construindo resistências” é parte de um conjunto de materiais lançados como iniciativa da Articulação de Mulheres do Cerrado. Esses materiais reúnem saberes tradicionais, conteúdos formativos e místicos a partir das vozes de mulheres cerradeiras, que são múltiplas e plurais.

Nesta semana, entre os dias 29 de junho e 02 de julho, aconteceu a “Semana das Mulheres do Cerrado: Construindo Resistências”, evento virtual realizado pela Articulação das Mulheres do Cerrado com o apoio de Misereor e da Coordenadoria Ecumênica de Serviço (CESE). No dia 29 foi lançado o vídeo-manifesto da Articulação e nos dias 01 de julho aconteceu a roda de conversa virtual “Mulheres do Cerrado: Espaço de Cura” e hoje, 02 de julho, lançamento público da Cartilha.

A Articulação das Mulheres do Cerrado surge em junho de 2019, com a realização do I Encontro de Mulheres do Cerrado e desde então vem se consolidando como um espaço de auto-organização das mulheres no âmbito da Campanha em Defesa do Cerrado. Nesse curto período de existência muito já foi construído, alimentado e fortalecido.

Em novembro de 2020 foi realizado o II Encontro de Mulheres do Cerrado: construindo resistências. Com coragem e teimosia mais de 100 mulheres estiveram reunidas virtualmente, enfrentando os desafios impostos pela pandemia, entre eles o da exclusão digital.

Por assessoria de comunicação da Campanha Nacional em Defesa do Cerrado

Esta cartilha é um dos muitos produtos desse esforço coletivo de entender a realidade vivida, buscando transformá-la. Nela estão registradas, com força e beleza, muitas das falas das mulheres, e muitas das referências trazidas por elas, sobre o sistema capitalista, sobre o racismo e o etnocentrismo e sobre o patriarcado, mostrando como esses sistemas, operando ao mesmo tempo, atravessam nossos corpos e os territórios.

A partir desse material também é possível refletir como tudo isso se manifesta nesse momento de pandemia em que as mulheres são tão fortemente impactadas e como o sistema capitalista é responsável pelo surgimento das pandemias.

Mas, como não poderia deixar de ser, também estão grafadas nessas páginas algumas das muitas expressões de resistência das mulheres do cerrado que, mesmo em um período de tantos desmandos, tantos retrocessos promovidos pelo projeto genocida em curso, não esmorecem.

Assim, com a força das suas ancestrais, as mulheres do cerrado seguem enfrentando o sistema capitalista-racista-patriarcal a partir da vida cotidiana, da produção de conhecimento, das lutas travadas nos seus territórios. Seguem construindo resistências pois, como dito na carta do II Encontro: “Não existem territórios livres com corpos presos!”

 

 

 

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